quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Palestra de Miriam Arroyo foi um dos destaques do segundo dia do III Encontro Baiano de Museus

Um dos momentos mais esperados pelos participantes do III Encontro Baiano de Museus neste segundo dia de atividade foram as palestras “Museu, território e inclusão sociocultural” e “Museus, territórios e Desenvolvimento comunitário” da mexicana Miriam Arroyo. O encontro é realizado pela primeira vez em Ilhéus, que até esta sexta-feira (23) recebe grandes nomes da museologia, além de estudantes e professores universitários de diversos municípios da Bahia. Com formação em educação e psicologia e membro do Comitê de Educação e Ação Cultural e do Comitê de Museologia, Miriam Arroyo é referência internacional na área museológica.
Defender a necessidade da construção de uma consciência cidadã e discutir a importância do sujeito na construção de conhecimentos foram alguns dos pontos abordados durante o primeiro encontro. “A população deve estar apta para atuar na vigilância do cumprimento de seus direitos, atuando como agentes de transformação social.
Desta forma, salientou Arroyo “o novo conceito das novas experiências dos museus nas comunidades deve estar orientado no sentido de atuar como colaborador, ajudando a comunidade, onde está inserido, a ter poder de decisão para construir suas próprias mudanças e melhorias”. Todos os participantes receberam fones receptores para a palestra, que foi auxiliada por um tradutor.
Miriam coordenou o Proyecto Experimental de La Casa Del Museo, do Museu Nacional de Antropologia, do Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), do México em 1974. Durante sete anos, Arroyo trabalhou em bairros populares da Cidade do México, sendo responsável pela criação do Programa Nacional de Museus Comunitários. Foi diretora de Museologia da Coordenação Nacional de Museus do Inah, é membro fundador do Movimento Internacional para uma Nova Museologia (Minom) e desde 1977 pertence ao Conselho Internacional de Museus (Icom).
O segundo dia de encontro foi marcado ainda pelas palestras “Inclusão Sociocultural em Museus”, proferida pela coordenadora do Programa de Inclusão Sociocultural da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Gabriela Aidar, proferida nos dois turnos; “A acessibilidade Comunicacional para Pessoas com Deficiência no ambiente Museológico”, ministrada pelo professor-doutor do Departamento de Psicologia e Orientações Educacionais da Universidade Federal de Pernambuco, também proferida nos dois turnos. A palestra “A política museológica da diretoria de Museus”, da diretora de Museus do Instituto de Patrimônio Artístico e Histórico da Bahia, Maria Célia Moura Santos, também esteve na programação do dia.
Na Fundação Cultural, que abriga acervo de 18 instituições museais e memoriais de Ilhéus, Itabuna, Itajuípe, Una e Barro Preto, a programação também foi intensa. Paralelo ao III Encontro Baiano de Museus, Ilhéus realiza a 5ª Primavera de Museus e até esta sexta-feira (23) recebe alunos e professores das redes pública e privada do município para visitação. O objetivo da ação, segundo o presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maurício Corso é proporcionar uma aproximação maior entre os estudantes e o acervo dessas instituições. “Os museus guardam nossa história e os jovens devem conhecê-la, entendendo que a importância desses locais é fundamental para a construção de um futuro melhor para todos”.
Como parte da programação cultural do III Encontro Baiano dos Museus, nesta sexta-feira (23) será realizada a apresentação do Bumba Meu Boi de Urucutuca e logo após do grupo Sambadila, a partir das 19h, no largo cultural em frente ao Teatro Municipal. No primeiro andar do TMI o público pode conferir a exposição “Museus da Bahia: Identidade e Territórios”, que apresenta o perfil dos sete espaços museais administrados pela Diretoria de Museus do IPAC e das 203 instituições museais mapeadas no Estado da Bahia. O TMI abriga ainda a exposição “Jardim das Flores”, da artista plástica Jane Hilda.

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