segunda-feira, 30 de abril de 2012

Codeba anuncia R$ 2 bilhões para os portos de Salvador, Aratu e Ilhéus

 Os recursos virão do setor público e de projetos da iniciativa privada
A Companhia das Docas do Estado da Bahia escolheu o ambiente do maior evento de logística da América Latina (18ª Intermodal South America a - Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior) em São Paulo, para detalhar os projetos a serem desenvolvidos na Baía de Todos-os-Santos nos próximos anos para o conhecimento de 5. 550 expositores de 22 países e uma média de 45.000 visitantes.
Para exibir o crescimento do setor no Estado, relatará a movimentação de 32 milhões de toneladas de cargas nestes portos em 2011 e o programa de expansão que inclui o porto de Ilhéus(foto) no sul do Estado e todos os investimentos programados pelos administradores privados.
Além dos portos administrados pela Codeba, a Baía de Todos-os-Santos abriga mais cinco terminais portuários, controlados por empresas privadas (Petrobras, Dias Branco, Dow Química, Ford e Gerdau) estando todos com projetos de melhorias e ampliações a médio prazo.
José Rebouças, presidente da Codeba, explica que o Porto de Salvador já concluiu a obra da dragagem de aprofundamento para 15 m, com um custo de R$ 55 milhões, tendo sido investidos R$ 160 milhões em novos equipamentos para seu terminal de contêineres, permitindo crescer a movimentação de 250.000 TEU’s para 530.000 TEU’s/ano. Entre os adquiridos estão três novos portêineres com capacidade Super Post Panamax, guindastes de carga e descarga, e seis RTG’s, que são pontes de rolagem que fazem a movimentação dos contêineres sobre o pátio. Além disso, está prevista a ampliação do quebra-mar Norte em 405 metros. Destaca ainda a construção da nova Estação Marítima de Navios de Cruzeiros, com investimentos de R$ 36 milhões, que ficará pronta em maio de 2013. O total de investimentos públicos e privados é de R$ 430 milhões.
No porto de Candeias-Aratu, responsável por 61% da receita da Codeba, foi concluída em 2010 a derrocagem de aprofundamento para 15 metros, obra de R$ 60 milhões, e tem projeto de R$ 400 milhões para construir um novo terminal de granéis sólidos, com foco em minérios de ferro e manganês, dos quais R$ 150 milhões são investimentos públicos. Haverá ainda a ampliação da área de tancageem de líquidos e a construção de dois novos berços de atracação, com aportes de R$ 100 milhões por empresas privadas investidoras do porto, além de R$ 35 milhões aplicados na descontaminação geral, construção de área de resíduos e estação de tratamento de efluentes, entre outras melhorias. Recursos públicos e privados totalizarão R$ 1, 2 bilhões.
A Codeba administra ainda o Porto de Ilhéus, que movimentou 310.000 toneladas de cargas em 2011 e que passará por obras de ampliação, recebendo R$ 200 milhões de recursos para a construção de nova plataforma de acostagem e aterro, melhoria da acessibilidade, dragagem de aprofundamento e compensação ambiental para as praias do Norte.
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS EM 2011:  Aratu-Candeias - 5,2 milhões de toneladas de produtos petroquímicos, concentrado de cobre, fertilizantes e minério; Salvador - 3,7 milhões de toneladas de contêineres, carga geral e trigo; Terminal da Petrobras: 20 milhões de toneladas de derivados de petróleo; Terminal Dias Branco: 2,7 milhões de toneladas de soja e trigo; Terminal da Dow Química: 7.550 mil toneladas de produtos petroquímicos; Terminal da Ford: 130.000 veículos e o Terminal da  Gerdau: 300.000 toneladas de produtos ferrosos.
PAC ATRASADO
Mais de 60% das obras de coleta de esgotos paralisadas
Levantamento em 114 contratos realizado pelo Instituto Trata Brasil até dezembro de 2011, nas cidades acima de 500.000 habitantes, encontrou obras ainda paralisadas, atrasadas ou não iniciadas, embora o Programa de Aceleração do Crescimento tenha liberado
50% dos recursos previstos. Os empreendimentos deveriam começar os trabalhos há 5 anos.
No relatório denominado “De Olho no PAC 2011”, onde são analisados investimentos orçados em R$ 4,4 bilhões, são apontados como principais entraves do setor de saneamento
e esgotamento sanitário a má qualidade dos projetos apresentados, problemas nas licitações, falta de licenças ambientais, entre outros.
Todos os dados e informações colhidas pelo Instituto são oficiais e foram fornecidas pelo Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico, consultas ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e em relatórios oficiais do próprio PAC, podendo ser acessados no site www.tratabrasil.org.br.
Em termos do andamento físico das obras, destaque para a região Sudeste que mesmo possuindo a maior quantidade de obras (46) foi novamente a que apresentou o maior avanço na execução - de 50% em 2010 para 71% em 2011. Outro destaque foi a forte evolução média nas obras da região Sul: de 16% em 2010 para 52% em 2011.

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