A
Companhia das Docas do Estado da Bahia escolheu o ambiente do maior evento de
logística da América Latina (18ª Intermodal South America a - Feira
Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior) em São Paulo,
para detalhar os projetos a serem desenvolvidos na Baía de Todos-os-Santos nos
próximos anos para o conhecimento de 5. 550 expositores de 22 países e uma
média de 45.000 visitantes.
Para
exibir o crescimento do setor no Estado, relatará a movimentação de 32 milhões de
toneladas de cargas nestes portos em 2011 e o programa de expansão que inclui o
porto de Ilhéus(foto) no sul do Estado e todos os investimentos programados pelos
administradores privados.
Além
dos portos administrados pela Codeba, a Baía de Todos-os-Santos abriga mais cinco
terminais portuários, controlados por empresas privadas (Petrobras, Dias
Branco, Dow Química, Ford e Gerdau) estando todos com projetos de melhorias e
ampliações a médio prazo.
José
Rebouças, presidente da Codeba, explica que o Porto de Salvador já concluiu a
obra da dragagem de aprofundamento para 15 m, com um custo de R$ 55 milhões,
tendo sido investidos R$ 160 milhões em novos equipamentos para seu terminal de
contêineres, permitindo crescer a movimentação de 250.000 TEU’s para 530.000
TEU’s/ano. Entre os adquiridos estão três novos portêineres com capacidade Super
Post Panamax, guindastes de carga e descarga, e seis RTG’s, que são pontes de
rolagem que fazem a movimentação dos contêineres sobre o pátio. Além disso,
está prevista a ampliação do quebra-mar Norte em 405 metros. Destaca ainda a
construção da nova Estação Marítima de Navios de Cruzeiros, com investimentos de
R$ 36 milhões, que ficará pronta em maio de 2013. O total de investimentos
públicos e privados é de R$ 430 milhões.
No
porto de Candeias-Aratu, responsável por 61% da receita da Codeba, foi
concluída em 2010 a derrocagem de aprofundamento para 15 metros, obra de R$ 60
milhões, e tem projeto de R$ 400 milhões para construir um novo terminal de granéis
sólidos, com foco em minérios de ferro e manganês, dos quais R$ 150 milhões são
investimentos públicos. Haverá ainda a ampliação da área de tancageem de
líquidos e a construção de dois novos berços de atracação, com aportes de R$ 100
milhões por empresas privadas investidoras do porto, além de R$ 35 milhões
aplicados na descontaminação geral, construção de área de resíduos e estação de
tratamento de efluentes, entre outras melhorias. Recursos públicos e privados
totalizarão R$ 1, 2 bilhões.
A
Codeba administra ainda o Porto de Ilhéus, que movimentou 310.000 toneladas de cargas
em 2011 e que passará por obras de ampliação, recebendo R$ 200 milhões de
recursos para a construção de nova plataforma de acostagem e aterro, melhoria
da acessibilidade, dragagem de aprofundamento e compensação ambiental para as
praias do Norte.
MOVIMENTAÇÃO
DE CARGAS EM 2011: Aratu-Candeias - 5,2 milhões
de toneladas de produtos petroquímicos, concentrado de cobre, fertilizantes e minério;
Salvador - 3,7 milhões de toneladas de contêineres, carga geral e trigo;
Terminal da Petrobras: 20 milhões de toneladas de derivados de petróleo;
Terminal Dias Branco: 2,7 milhões de toneladas de soja e trigo; Terminal da Dow
Química: 7.550 mil toneladas de produtos petroquímicos; Terminal da Ford:
130.000 veículos e o Terminal da Gerdau:
300.000 toneladas de produtos ferrosos.
PAC
ATRASADO
Mais
de 60% das obras de coleta de esgotos paralisadas
Levantamento
em 114 contratos realizado pelo Instituto Trata Brasil até dezembro de 2011,
nas cidades acima de 500.000 habitantes, encontrou obras ainda paralisadas,
atrasadas ou não iniciadas, embora o Programa de Aceleração do Crescimento
tenha liberado
50%
dos recursos previstos. Os empreendimentos deveriam começar os trabalhos há 5
anos.
No
relatório denominado “De Olho no PAC 2011”, onde são analisados investimentos orçados
em R$ 4,4 bilhões, são apontados como principais entraves do setor de
saneamento
e
esgotamento sanitário a má qualidade dos projetos apresentados, problemas nas
licitações, falta de licenças ambientais, entre outros.
Todos
os dados e informações colhidas pelo Instituto são oficiais e foram fornecidas
pelo Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de
Desenvolvimento Social e Econômico, consultas ao Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e em relatórios oficiais do
próprio PAC, podendo ser acessados no site www.tratabrasil.org.br.
Em
termos do andamento físico das obras, destaque para a região Sudeste que mesmo possuindo
a maior quantidade de obras (46) foi novamente a que apresentou o maior avanço
na execução - de 50% em 2010 para 71% em 2011. Outro destaque foi a forte evolução
média nas obras da região Sul: de 16% em 2010 para 52% em 2011.
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