Paulo Azi critica falta de planejamento do governo Wagner |
Apesar de minoritária, a oposição ao governo Jaques Wagner na
Assembleia Legislativa não está tendo muito trabalho este ano para
atacar a administração petista. Ela própria se desgasta em meio a
barbeiragens políticas e vacilos administrativos, em tal proporção que
faz do governo praticamente um oposicionista de si mesmo.
Os problemas são de toda ordem, começando pela dificuldade no
relacionamento com o movimento sindical, o que não se deveria esperar de
um governador que saiu exatamente dessa base. A falta de diálogo
durante a greve da Polícia Militar se acentuou com a paralisação dos
professores, que acusam o governador de faltar com a palavra, por não
querer cumprir um acordo por ele assinado. Mais de 1,5 milhão de
estudantes sofrem por isso.
Na questão do semi-árido, que enfrenta uma das maiores – senão a
maior – secas de sua história, a falta de gestão é evidente, como aponta
o líder da minoria na AL, deputado Paulo Azi (DEM). “O único programa
de combate à seca realizado pelo governo Wagner foi a construção de
cisternas, mas a verdade é que não existe uma obra de estrutura hídrica
no Estado”, afirma o parlamentar. E complementa: “o governo ainda
determinou um aumento abusivo da tarifa da Embasa, em 13%, o dobro da
inflação do ano passado”.
É difícil entender o que era o tão divulgado e festejado programa
Água para Todos, quando se tem mais da metade dos municípios baianos
sofrendo os horrores da seca, alguns se transformando em cidades
fantasmas.
O líder da oposição cita números que demonstram a falta de
planejamento do governo. Em 2011, o orçamento tinha R$ 106 milhões em
recursos para o combate à seca; para 2012, mesmo se podendo prever a
estiagem, a verba despencou para R$ 56 milhões.
Basta chegar ali, no vizinho Pernambuco, para se notar uma realidade
bem diferente, e infinitamente melhor, que a triste situação da Bahia,
que nem com a ajuda de todos os santos está conseguindo superar tantas
mazelas
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