quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pesquisador da Ceplac diz que graviola é uma realidade como alternativa econômica regional

A fruticultura, especificamente a graviola, é uma realidade como alternativa no sul da Bahia, aumentando a renda dos agricultores, que antes só tinha o cacau como aporte econômico. A afirmação é do pesquisador da CEPLAC, Gilberto Fraife Filho, membro da Comissão Organizadora do I Simpósio Baiano da Graviola, que acontecerá em Ipiaú, nesta quinta-feira, dia 26. Engenheiro agrônomo, mestre em Fruticultura Tropical-Produção e Manejo, ele diz que são as melhores possíveis às expectativas para a realização do encontro, no qual agricultores e empresários terão a oportunidade de discutir o principal gargalo, que é a estruturação da comercialização da cadeia produtiva da graviola. Nesta entrevista, Fraife fala sobre o trabalho de apoio a fruticultura no Vale do Rio de Contas, desenvolvido pela CEPLAC, por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural, com a realização de cursos de capacitação de cultivos; pesquisas na área de manejo da graviola, orientação e recomendação de tecnologias de produção, visando aumento de produtividade e qualidade dos frutos.
Como o senhor vê a realização do I Simpósio Baiano da Graviola?
Gilberto Fraife Filho – Esse simpósio baiano acontece num grande momento da fruticultura do Estado, congregando agricultores, empresários e autoridades. O simpósio tem o objetivo de colocar em discussão os principais problemas da cadeia produtiva da graviola. É um encontro dos mais importantes, porque busca o fortalecimento e a organização de toda a cadeia produtiva dessa fruteira, que já assume um papel de grande importância econômica na região do Sul da Bahia.
Qual é o estágio atual da fruticultura regional?
Gilberto Fraife Filho – O sul da Bahia é uma região que possui cerca de 1.200 hectares só de graviola e mais de cinco mil hectares ocupadas com outras fruteiras, a exemplo do cupuaçu, banana, acerola e maracujá. A fruticultura, mais especificamente a graviola, já é uma realidade como alternativa econômica regional, aumentando a renda dos produtores que antes só tinha o cacau como aporte econômico.
Quais as expectativas em relação ao simpósio?
Gilberto Fraife Filho – As expectativas são as melhores possíveis. O Simpósio da Graviola irá reunir técnicos,  pesquisadores, empresários, produtores e lideranças políticas e surge como uma excelente oportunidade na busca de soluções que afligem a cadeia produtiva. É uma grande oportunidade para agricultores e empresários do setor, que terão a oportunidade de discutir o principal gargalo, que é a estruturação da comercialização da cadeia produtiva da graviola.

Quais os resultados do trabalho realizado pela CEPLAC em apoio à fruticultura no Vale do Rio de Contas, em especial ao cultivo da graviola?
Gilberto Fraife Filho – A CEPLAC vem fortemente apoiando a fruticultura regional, através de Assistência Técnica e Extensão Rural, em convênios com Sindicatos Rurais do Vale do Rio de Contas; com o Senar, por meio de cursos de capacitação no cultivo de fruteiras e em especial a graviola. A CEPLAC também vem realizando pesquisas na área de Manejo da Graviola, indicação de variedades comerciais e adaptadas à região, orientação e recomendação de tecnologias de produção, visando aumento de produtividade e qualidade dos frutos.
Como o senhor vê o futuro da graviola na Bahia, principalmente no Vale do Rio de Contas?
Gilberto Fraife Filho – As perspectivas para o cultivo da graviola são boas e os produtores estão aceitando a diversificação de cultivos como uma maneira de fortalecer a cacauicultura, ao contrário do que ocorria em tempos atrás, onde os produtores só acreditavam na economia do cacau. A minha expectativa para o futuro é bastante otimista. Entretanto, urge a necessidade de um maior estímulo, um fortalecimento significativo à cadeia produtiva, sobretudo  no item comercialização. É preciso que se realize um trabalho profissional de marketing, divulgando a graviola como fruta saborosa e de  de alto valor nutricional, como alimento funcional na prevenção da saúde e na cura de algumas doenças, conforme dados encontrados na Literatura cientifica. Precisamos também discutir colocar um plano de aumento do consumo e, principalmente, discutir a ampliação de novos mercados consumidores.

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