terça-feira, 12 de junho de 2012

Professores estaduais vão continuar em greve

 Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (12), os professores estaduais decidiram, mais uma vez por unanimidade, manter a greve. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, apresentou a contraproposta do comando de greve, que mantém a reivindicação de reajuste salarial de 22% e pede a revogação da Lei 12.578.
Segundo explicou a diretora da APLB Marilene Betros, a entidade aceita o parcelamento do valor, desde que seja pago até o final do ano. “Queremos também que o reajuste contemple todos os segmentos da categoria, como pensionistas e aposentados. A Lei 12.578 transforma os salários em subsídios, retirando vantagens históricas da categoria”, protestou.
Além da contraproposta, também foi apresentado um calendário de atividades do movimento grevista até o início da próxima semana. De acordo com a programação, ainda esta manhã um grupo de docentes seguirá em passeata até a Secretaria de Educação do Estado, também localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Pela tarde, está prevista uma reunião na Assembleia (AL-BA).

Na quarta (13), o sindicato promete participar da festa de Santo Antônio que acontece na sede do Legislativo Baiano. O calendário ainda incluiu um grande ato no Iguatemi às 9h desta quinta (14) e uma "feira da resistência" na Praça da Piedade na sexta (15), onde os professores comercializarão produtos para arrecadar dinheiro. No mesmo dia, o grupo pretende realizar um forró de protesto na AL-BA.
O comando grevista volta a se reunir na próxima segunda (18) e outra assembleia-geral da categoria ocorrerá no dia seguinte. “Se houver antes disso uma proposta do governo, faremos uma assembleia extraordinária”, declarou Rui Oliveira. “O inimigo não está aqui. O inimigo está lá e nós temos que ter unidade para lutar contra ele”, completou o dirigente, ao se referir à confusão ocorrida na assembleia.
Um princípio de briga aconteceu na assembleia com empurra-empurra e confusão. Apontado como suposto causador do tumulto, um homem foi retirado do local onde é realizada a assembleia. Em entrevista ao site Bahia Notícias, ele se identificou como Jaime Ribeiro e disse ser professor da Escola Parque. “Eu e um colega criamos o grupo Educadores do Estado da Bahia e fazemos oposição à direção da APLB. Eles estão defendendo um acordo que não nos beneficia. Não estão respeitando a base a agem de forma antidemocrática”, acusou Ribeiro, que afirmou não ter causado a briga. Segundo ele, a tensão foi provocada por uma matéria do jornal A Tarde que revelava a insatisfação de membros da categoria com o direcionamento da greve. Presente à assembleia, a professora Francisca Oliveira fez coro às críticas contra o comando grevista. “Temos dificuldade em lançar qualquer tipo de proposta aqui na assembleia. Eles estão manipulando para aprovar a proposta deles sem ter chance de ouvir outras”, acusou. A tendência é que a paralisação continue, já que um calendário de greve foi apresentado e recebido com aplausos pela maior parte dos docentes.

Um comentário:

  1. Eis uma tirinha que fale sobre greve de professores.
    http://rosearaujocartum.blogspot.com.br/2012/06/iscola-o-crime_16.html

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