quinta-feira, 21 de junho de 2012

Itabuna é referência em tratamento de doença falciforme

Itabuna tem registrados 877 portadores de doença falciforme, e todos são cadastrados e assistidos pelo Centro de Referência em Doença Falciforme (CRDF). A unidade foi implantada em 2009 pelo prefeito Capitão Azevedo, e é a única especializada na Bahia para atendimento gratuito a esse tipo de paciente. 
“É sem dúvida um grande avanço na saúde pública no município, e até uma ousadia pelo investimento que foi feito tanto na sede própria e exclusiva, quanto nos equipamentos e, principalmente, na capacitação da equipe de profissionais multidisciplinares que atua no centro”, destacou o diretor da Divisão de Média e Alta Complexidade, Tiago Domingos dos Santos. 
Segundo ele, a cada 650 pessoas que nascem na Bahia, uma apresenta a doença falciforme, o que levou o prefeito Azevedo a implantar o CRDF, que funciona na rua Miguel Calmon, 95, centro da cidade. “Depois da implantação do centro, houve uma sensível diminuição no número de internamentos hospitalares em Itabuna, o que significa que foi uma das maiores ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida de nossa comunidade”, enfatiza o diretor. 

Santos explicou que a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em afrodescendentes, mas que também pode se manifestar em pessoas de outras etnias. Segundo o diretor, a enfermidade é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos e tem sintomas como dores articulares, fadiga intensa, palidez e atraso no crescimento. 
Atendimento extensivo 
“Graças à implantação do CRDF, que contou com o apoio do Ministério da Saúde, Itabuna tem condições hoje de diagnosticar (por meio do exame laboratorial eletroforese de hemoglobina) e prestar assistência aos pacientes. 
O diferencial, ainda segundo Santos, é que o centro não atende apenas pacientes de Itabuna, mas também dos municípios que compõem a micro e a macro região, a exemplo de Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Itabela, Feira de Santana e Valença. O centro é mantido com recursos próprios do município, mas o diretor informa que há uma promessa do Governo do Estado em ajudar, a partir do próximo mês, na manutenção da unidade. 
“Temos uma missão importante no acolhimento e na assistência dos portadores dessa doença em nosso município, e um corpo de profissionais altamente preparados e compromissados com a questão, por isso todo apoio é bem vindo e necessário”, frisa o diretor . 
Coordenado pela onco-hematologista pediátrica Tereza Cristina Cardoso, o centro contra ainda com dois médicos hematologistas, oncologista pediátrico, pneumologista, enfermeira com especialização em hematologia, fisioterapeuta, educador físico, psicopedagogo, farmacêutico, bioquímico, neuropediatra, técnico em enfermagem e pessoal de apoio. 

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