quarta-feira, 27 de junho de 2012

Professores da Ufba, UFRB e Ifba decidem aderir à greve nacional

Greve nacional dos professores das universidades federais começou no dia 17 de maio
(do Correio) - Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Instituto Federal da Bahia (Ifba) aceitaram, por unanimidade, aderir à greve nacional pela reestruturação da carreira docente e em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta terça-feira (26), no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, no Canela, com a presença de 306 professores - a posição unânime foi pela greve. Como não houve voto contra a paralisação, e nenhuma abstenção, não será necessário realizar referendo para validar a greve, de acordo com a assessoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior da Bahia (Apub).

Os docentes reivindicam, dentre outros pontos, equiparação salarial, exclusivamente pelo piso e pelo teto, com a carreira de pesquisador do Ministério de Ciência e Tecnologia, cuja tabela salarial deverá ser atualizada para 1º de janeiro de 2013, e ampliação das universidades e dos institutos.
Greve parcial
Parte dos professores da Ufba já estava em greve desde o dia 29 de maio, apesar do referendo promovido pela Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) ter decidido, no início de junho, pela não paralisação das atividades. Com a decisão desta terça-feira, a paralisação agora é unificada nas instituições federais da Bahia.
Em nota, o comando de greve da Ufba comemorou a decisão. "Finalmente, a diretoria do sindicato cedeu aos anseios da categoria dos docentes e reconheceu que a categoria está em greve desde o dia 29 de maio e legitimamente representada pelo comando de greve, no qual ela retoma o seu assento e para o qual disponibiliza toda a estrutura da sede do sindicato". 
Na UFRB, grande parte dos professores estão parados desde o dia 21 de maio. A deliberação da greve foi decidida em assembleia realizada pela Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) no dia 17, no município de Cruz das Almas.
Os estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) também estão sem aula desde o dia 15. De acordo com o presidente do Sindicato dos Docentes da Univasf (Sindunivasf), Fernando Souto, a universidade segue o movimento nacional de paralisação convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Greve nacional
A greve nacional dos professores das universidades federais começou no dia 17 de maio. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considera a greve injusta e diz que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo.
"Não há na pauta das entidades docentes nenhum tema referente a este ano de 2012. Como é a carreira para 2013, o prazo que nós temos para negociar é até o final de agosto”, diz o ministro.
Servidores parados
Em assembleia realizada no último dia 15 na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Reconcâvo Baiano (UFRB) e da Ufba confirmaram o indicativo feito na última segunda-feira (11) e iniciaram a greve por tempo indeterminado.
Mesmo com a decisão da última segunda, os servidores tiveram que aguardar o prazo legal de 72 horas para dar início ao movimento, que afeta todos os campi das duas instituições federais em todo o interior da Bahia.
No Ifba, os servidores decidiram parar por tempo indeterminado em assembleia no dia 12 de junho. Segundo informações de Valfredo Silva, secretário do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-BA), a categoria reivindica um reajuste de 22,08% dos salários a partir dos índices da inflação e a reavaliação dos valores da alimentação e outros benefícios.

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