sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Diário da CNBB

REFLEXÃO 
Vemos o surgimento de diferentes formas de misticismo e as diferentes religiões estão se multiplicando por todos os lados. Para nos defender, afirmamos que existem falsos profetas que ficam enganando o povo para ganhar dinheiro e fazer da religião meio de vida. À luz do Evangelho de hoje, podemos analisar este fato. As pessoas falam muitas coisas a respeito de Jesus, embora muitas vezes porque desconhecendo verdade, e esse desconhecimento se dá porque não evangelizamos como devemos e também porque conhecemos a nossa fé de modo superficial, mas não admitimos a nossa ignorância e manifestamos nossa opinião como verdade de fé, basta ver o acúmulo de bobagens que cristãos de meia tigela veiculam na Internet, em sites que afirmam ser católicos , mas que na verdade são caóticos e escondem Jesus. 
NOTÍCIAS 
O balanço das atividades da reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) foi apresentado durante entrevista coletiva na sede da CNBB, em Brasília (DF), na tarde desta quinta-feira, 27 de setembro. Na mesma ocasião, a Conferência divulgou a sua mensagem para as eleições municipais, e também fez o lançamento da Campanha Missionária 2012. Participaram da coletiva o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno; o secretário-geral, dom Leonardo Steiner; o presidente da Comissão Episcopal para a Animação Missionária, dom Sergio Braschi; e o presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Camilo Pauletti. Dom Damasceno destacou que durante o Consep foram apresentadas bonitas experiências da Igreja no Brasil. Recordou a participação do Cardeal Cláudio Hummes, presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, apresentando os desafios da Igreja naquela região, bem como as viagens realizadas ao Haiti e ao Timor Leste por representantes do episcopado brasileiro. “Nestes dois países, a Igreja do Brasil tem colaborado de forma importante, tanto no envio de missionários, como na reconstrução de igrejas, manutenção de escolas e formação de novos presbíteros”, lembra o cardeal.O Consep também prosseguiu com a análise dos dados do Mapa das Religiões no Brasil, que a partir dos dados do Censo 2010 aponta a queda do número de católicos no país. “Desta vez focamos as iniciativas pastorais para que possamos responder a esta realidade”, relatou dom Damasceno. Os bispos também aprovaram na reunião a proposta de alteração da data de realização da 5ª Semana Social Brasileira para outubro de 2013, bem como o novo cronograma de elaboração das Campanhas da Fraternidade.Na coletiva, dom Leonardo fez a leitura da mensagem da CNBB para as eleições municipais. “É fruto de uma reflexão, pois as eleições municipais são sempre mais tensas. Enviamos agora o texto aos bispos e pedimos que ele seja conhecido por todas as nossas comunidades”, recordou o secretário-geral. “O voto é livre e responsável. A Igreja deve ajudar nisso, mas jamais coagindo o cidadão”, reforçou dom Damasceno. A mensagem dos bispos chama a atenção para lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010). “São instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos”, diz a mensagem. Foram apresentados também os subsídios da Campanha Missionária 2012, que tem como lema Brasil missionário, partilha a sua fé. “Há desafios internos em nosso país, mas também fora daqui. É preciso ir além fronteiras”, destacou padre Camilo. 

Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 27 de setembro, a presidência da CNBB apresentou a sua mensagem para as eleições municipais 2012. O texto foi aprovado durante a última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), realizado esta semana na sede da entidade, em Brasília (DF). 
A seguir, a íntegra da nota. 
Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo 
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo. 
A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política. 
Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75). 
A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem. 
A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção. 
O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática. 
As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política? 
A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social. 
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria! 
Brasília, 27 de setembro de 2012 
Cardeal Raymundo Damasceno AssisArcebispo de AparecidaPresidente da CNBB 
Dom José Belisário da SilvaArcebispo de São LuísVice-presidente da CNBB 
Dom Leonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de BrasíliaSecretário Geral da CNBB

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