quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Maria Luiza Heine diz que o General Osório deve ser administrado pela Prefeitura

A historiadora e ex-presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine, mostra-se preocupada com a transferência do prédio do General Osório para o grupo Teatro Popular de Ilhéus, conforme notícia divulgada pela imprensa na última sexta-feira, 5. Ela disse no seu blog “Ilhéus com Amor” (ilheuscomamor.wordpress.com) estar perplexa com a notícia.
“Gostaria de saber a opinião do Ministério Público, mas acho que este prédio tem uma importância muito grande, vai fazer cem anos e não deve sair da administração municipal”, posiciona-se a historiadora, questionando o silêncio das pessoas que defendem a recuperação do General Osório.
Lembrando que nestes cem anos o prédio nunca foi administrado pela iniciativa privada, Maria Luiza Heine ressalta também sua admiração pelo Teatro Popular de Ilhéus, considerando que a Prefeitura deve dar todo o apoio necessário ao grupo, mas defendendo que o patrimônio histórico seja administrado pelo governo municipal.
Histórico do prédio – A historiadora ressalta que o prédio onde funcionam atualmente a Biblioteca Adonias Filho e o Arquivo João Mangabeira foi inaugurado em 31 de dezembro de 1915, como a primeira escola pública municipal de Ilhéus, e depois passou a se chamar Grupo Escolar General Osório. No ano de 2002, o então prefeito Jabes Ribeiro realizou uma reforma e instalou ali a Biblioteca Municipal e o Arquivo Público.
A Biblioteca recebe estudantes das escolas públicas e pessoas diversas. Com acesso à Internet e oferta de filmes gratuitos e exposições permanentes sobre os eventos ligados aos estudantes, a Biblioteca é um importante equipamento para a educação e cultura da cidade. O arquivo atende historiadores, funcionários públicos e pessoas interessadas nos documentos que antes eram completamente inacessíveis.
Maria Luiz Heine chama a atenção também para o tamanho da área do General Osório, que considera pequena para abrigar o que já está lá e mais o TPI. “Não vejo nenhuma compatibilidade destas atividades com a de um teatro, que também requer espaço e tem uma dinâmica conflitante com o silêncio necessário a uma biblioteca e às atividades de pesquisa do arquivo”.

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