segunda-feira, 4 de março de 2013

Importação de cacau agrava crise socioeconômica e ambiental no sul da Bahia

A sociedade civil organizada do sul da Bahia está mobilizada para protestar contra a desnecessária importação de cacau no Brasil. Integram o movimento sindicatos, federações, cooperativas, assentamentos, Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), ONGs ambientalistas, prefeituras e câmaras de vereadores dos municípios que fazem parte da região cacaueira.
A importação é considerada descabida, pois o Brasil já alcançou autossuficiência na produção, atendendo as necessidades do parque moageiro instalado. Além disso, a operação traz riscos permanente da introdução de pragas e doenças exóticas na região, representando assim um perigo para toda a agropecuária nacional.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, foram importados mais de 54 mil toneladas provocando a derrubada dos preços do cacau no mercado interno, causando a não remuneração e desestímulo a atividade, com consequente desmatamento de remanescentes de mata atlântica e substituição do sistema agroflorestal cacau-cabruca por pastagens, cujo compromisso de conservação foi assumido pelo Ministério da Agricultura durante a Rio +20. Desemprego e aumento da miséria na região com o segundo maior índice de pobreza absoluta do estado da Bahia, violência (Itabuna registra o maior índice de violência para jovens do Brasil), na contra mão das políticas públicas dos governos federal e estadual.

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