segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os caminhos para atender melhor às vitimas do trauma foram discutidos por estudantes e professores

XV Congresso Brasileiro de Ligas do Trauma e o V Encontro Nacional de Enfermagem do Trauma, em Ilhéus, foi bem avaliado pelos participantes
Não só gazes e talas, mas o conhecimento é o fundamental nas pessoas que vão atuar numa cena de um acidente com múltiplas ou graves vítimas. As vítimas, nessa perspectiva, têm o seu futuro pré-determinado por aqueles que, chegando ao local do acidente, prestarão os primeiros atendimentos e chamarão a emergência. Dessa forma, esses conhecimentos básicos não devem ser propriedade exclusiva de acadêmicos, porém, de todas as pessoas. 
Essas são questões pensadas pelas Ligas Acadêmicas de Trauma visando tanto o ensino acadêmico como a prática e a extensão à sociedade, com o objetivo de formar profissionais aptos tanto a atender a população como, também, multiplicar conhecimento com a mesma. Atualmente o trauma é a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida (1 a 44 anos), superado apenas pelo câncer e aterosclerose quando consideradas todas as faixas etárias. Anualmente, milhares de pessoas morrem ou tornam-se inválidas devido a eventos traumáticos, acarretando um custo social e financeiro elevado, além do sofrimento humano inerente. 
No Brasil, com exceção de poucos grandes centros, é incipiente a política de combate ao trauma e o seu reconhecimento como uma doença social. Daí o eforço para a conscientização da magnitude do problema. Nesse sentido, em um país como o Brasil, no qual a violência urbana e os acidentes de trânsito matam mais do que as doenças coronarianas, é fundamental incentivar a transmissão de aprendizado sobre primeiros socorros para a população e atendimento especializado entre os acadêmicos da área de saúde.
Esses e outros aspectos foram discutidos no XV Congresso Brasileiro de Ligas do Trauma (COLT) e o V Encontro Nacional de Enfermagem do Trauma (ENET) realizado de 14 a 17 de agosto, no Hotel Praia do Sol, em Ilhéus. Os eventos promovidos Liga Acadêmica do Trauma e Emergência da Universidade Estadual de Santa Cruz (LATE-UESC) em Ilhéus, Bahia, com o apoio do Comitê Brasileiro das Ligas do Trauma (CoBraLT) e da Sociedade Brasileira de Atendimento Integral ao Politraumatizado (SBAIT).
O XV CoLT contou com a participação de palestrantes internacionais, nacionais e convidados locais. Dentre eles os professores Raul Coimbra, chefe do serviço de Trauma da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA); Sandro Rizoli, chefe do Serviço de Trauma da Universidade de Toronto (Canadá); Dario Birolini, professor da USP-SP, referência nacional em trauma no país; Gustavo Fraga, professor da Unicamp-SP, recém-eleito presidente da SBAIT; Sizenando Starling, do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Outros 18 palestrantes de todas as regiões do país participaram do evento como a reitora da UESC e doutora em Saúde Pública, Adélia Pinheiro; Agnete Troelsen Pereira; Carlos Vitório; Cláudio Rocha; Edna Barbosa da Silva (SP), Emmanuel Conrado Sousa; Fabrício Bastos; Graciele; Lilian Behring; Mércia Margotto; Ricardo Breigeiron e outros. 
Para a estudante Cyntia Castanha, do Centro Universitário São Camilo, que juntamente com Bianca Pacheco, apresentou o trabalho Biomecânica do Trauma em Acidentes com Motociclistas: Abordagem inicial, "o evento atendeu às suas expectativas". Vindos de Porto Alegre (RS) Eduardo Zanin e sua colega Alexandra Todescatto conheceram a Bahia e elogiaram a programação do X COlt. Para Graciele Oroski "estão de parabéns todos os organizadores. Garantiram sobremaneira a integração e multidisciplinaridade. Regresso com a certeza que estamos no caminho certo para melhor atender ao trauma e a todos que nele estao envolvidos."

Nenhum comentário:

Postar um comentário