segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Comissão palestina afirma que Israel foi responsável pela morte de Arafat

O líder palestino Yasser Arafat (Foto: Getty Images)

Testes feitos por laboratório suíço indicaram concentrações de polônio radiativo no corpo de Arafat, sugerindo o envenenamento do líder palestino
A comissão oficial palestina que investiga as causas da morte do histórico líder Yasser Arafat disse nesta sexta-feira, 8, que Israel está por trás de sua morte.
Na quarta-feira, 6, foram divulgados os resultados de testes feitos após a exumação do corpo de Arafat. Nele, foram encontradas altas concentrações de Polônio – 210, sugerindo que o líder palestino teria sido envenenado. O corpo de Arafat foi exumado em julho do ano passado, após o laboratório Institut de Radiophysique, na Suíça, encontrar traços de polônio em objetos pessoais e de higiene de Arafat, como roupas e escovas de dente.

"Os relatórios de Rússia e Suíça confirmam as conclusões da investigação em curso (...) Arafat não morreu de causas naturais nem por doença. O polônio foi o causador", afirmou Taufik Tirawi, chefe da comissão encarregada do caso, em entrevista coletiva hoje em Ramala, Palestina.
Tirawi, membro do Comitê Executivo do movimento Fatah, também apontou Israel como responsável pelo assassinato, mas disse que serão necessárias investigações para determinar como isso ocorreu: "Nós, como palestinos, achamos que o único e fundamental acusado pela morte de Yasser Arafat é Israel (...) no entanto a instrumentalização é um grande mistério", afirmou.
Yasser Arafat foi o fundador do movimento Fatah, e liderou a Organização de Libertação da Palestina (OLP), que defendia a criação de um Estado Palestino autônomo. Ganhou o prêmio Nobel da paz em 1994, em conjunto com o ex-primeiro-ministro de Israel Shimon Peres. Arafat morreu em 2004, aos 75 anos.

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