segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Renata Campos,Viúva do presidenciável faz 47 anos nesta segunda-feira (18) e se reúne com PSB sobre possibilidade de assumir lugar de vice

O PSB confirma na quarta-feira o nome de Marina Silva na chapa presidencial e o de quem estará ao seu lado como vice. A preferência dos pernambucanos é de que seja a viúva, Renata Campos. Hoje, ela comandará uma reunião para se pronunciar sobre a possibilidade
O dia seguinte ao enterro de Eduardo Campos seria de festa para Renata, que completa, nesta segunda-feira (18), 47 anos – os dois foram um casal durante mais de 34 destes. 
"Ele foi o primeiro namorado dela e ela, a primeira namorada dele", conta Marcos Arraes, tio de Campos e padrinho do casamento dos dois.  
Filha do médico Cyro de Andrade Lima e de Rejane de Andrade Lima, Renata estudou economia e entrou, via concurso, para o Tribunal de Contas de Pernambuco. Quando Campos assumiu o governo, em 2007, afastou-se do cargo, e aproveitou a condição de de primeira-dama – inclusive os holofotes que o guarda-roupa do cargo ganham – para promover a cultura local.
Normalmente vista trajando acessórios regionais, Renata teve papel ativo na formulação do Programa Artesanato de Pernambuco (Pape) e na criação da Fenearte, considerada a maior feira de artesanato da América Latina pelo governo do Estado.
Vocacionada à maternidade
Renata acompanhou o marido sempre que pôde: esteve presente em praticamente todos os eventos públicos do qual Campos participou enquanto governador e candidato. Nunca, porém, desgrudou-se dos filhos. Se nesta eleição ela aparece com Miguel, nascido em janeiro, na campanha de 2006 ela seguia o marido pelo interior de Pernambuco amamentando José, que deu à luz dois anos antes.
"Nunca você vai ver uma foto dela com o caçula e uma babá junto. Ela nunca teve babá. Sempre cuidou ela mesma das crianças, sempre", diz Arraes, o padrinho do casal."É ela que vai trocar fralda, dar banho."
Interlocutores que viajaram com o casal nos últimos meses dizem que a primeira impressão que se tem de Renata é de uma mulher vocacionada para a maternidade. Sempre em contato com os quatro filhos mais velhos, não desgruda do mais novo, Miguel, portador de síndrome de Down.
Miguelzinho, como é tratado por Renata, parece uma extensão de seu corpo. Na viagem de segunda-feira (11) para o Rio de Janeiro – a última que fez com o marido –, ela dizia que o bebê era mesmo como parte de si. Em uma conversa descontraída com Campos, Marina e alguns membros da campanha, ela foi categórica ao dizer que nasceu para ser mãe e que lhe dava uma certa tristeza saber que Miguelzinho seria seu último filho.
Renata também não descuidou de Campos, que começou a namorar aos 13 anos – ele tinha 15. Considerada o porto seguro do ex-governador, sabia dividir os conselhos políticos com o papel de esposa. Jamais misturava as coisas. Campos também era dedicado. Há poucos dias, abandonou uma reunião de campanha quando soube que Renata passara mal em razão de uma crise de pressão alta.
Presente na primeira gravação do programa eleitoral, na mansão de Campos, um interlocutor se recorda da maratona que foi aquele dia. A equipe chegou às 9h para iniciar as gravações, que se estenderam até as 23h. Sob a coordenação de Renata, a cozinha serviu café, almoço, lanche da tarde, janta e ceia.
Com Miguelzinho no colo, ela se revezava entre as orientações aos empregados e os detalhes da gravação. Amamentava ali mesmo, durante algumas reuniões. Muito atenta a tudo, preferia dar conselhos ao marido reservadamente. Jamais se aproveitava do fato de ser a mulher do candidato para expressar suas opiniões sobre os rumos da gravação ou da campanha.

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