quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Confiança do Empresariado Baiano cai em agosto

A Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano vem identificando pessimismo considerável da classe empresarial do estado nos últimos meses. O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), recuou em agosto.
O ICEB marcou -479 pontos neste mês, ante o registro de -473 em julho – recuo de 6 pontos de um mês ao outro. A expectativa geral do empresariado baiano permanece, assim, desde outubro último, na zona de Pessimismo.
A pontuação do ICEB, em agosto, indica novo recorde negativo da confiança do empresariado baiano – sem sinais de recuperação da confiança, após sete meses seguidos de queda. Avaliando os registros desse Indicador no ano, os meses de maio, junho, julho e agosto confinam os quatro piores.
A queda da confiança neste mês, no entanto, não foi disseminada setorialmente. No caso, os setores de Agropecuária, de Serviços e de Comércio recuaram e o de Indústria apresentou melhora da confiança. Em agosto, Agropecuária, Indústria e Comércio situaram-se na região de Pessimismo dentro da escala de otimismo. O setor de Serviços seguiu na zona de Grande Pessimismo.
A Agropecuária, com -304 pontos em agosto, registrou a pior a marca da série – mantendo-se, entretanto, como o menos pessimista dentre os segmentos. A Indústria, após dois meses de queda, freou o comportamento de deterioração e registrou -437 pontos. Com expectativas severamente deterioradas, Serviços continua o setor mais pessimista em agosto – registrando -527 pontos, segundo menor valor desde janeiro. O setor de Comércio, com o maior recuo entre os setores, registrou -464 pontos em agosto e aprofundou, pelo quarto mês seguido, o nível de pessimismo – fincando, neste mês, o valor mais negativo no intervalo de janeiro a agosto.
No mês de agosto, a expectativa referente ao cenário econômico retrocedeu, enquanto a relacionada à performance das empresas melhorou – o que ampliou a distância entre os referidos Indicadores, além de manter a confiança, quanto às variáveis econômicas, a mais pessimista.
O Indicador de agosto, para as variáveis econômicas, registrou o menor valor desde janeiro deste ano. Com -576 pontos, decréscimo de 45 pontos em relação ao mês antecedente (-531 pontos), as expectativas quanto ao cenário econômico mantiveram-se na zona de GrandePessimismo no mês. A piora da percepção, nesse recorte, ocorreu em todos os setores investigados.
O Indicador para desempenho das empresas marcou -430 pontos em agosto, melhora de 14 pontos frente ao registro do mês anterior (-444 pontos) – permanecendo, portanto, na faixa de Pessimismo. De janeiro para cá, a pontuação, em agosto, foi a terceira pior. O avanço da confiança, em relação a este quesito, de um mês a outro, ocorreu em dois dos segmentos analisados: o setor de Indústria e o setor de Serviços, a saber.
Em agosto, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. PIB Nacional e Crédito foram as variáveis com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativos, Exportação e Câmbio foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas. A respeito de tais variáveis, constatou-se, na sondagem de agosto, que 54,1% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB Nacional; 50,6% apostam que o Crédito estará pouco atrativo no futuro; 46,2% dos representantes patronais esperam estabilidade futura no quesito Exportação; e 36,0% apontaram o Câmbio como desfavorável nos próximos trinta dias.

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