segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ilhéus terá Comitê para o Controle da Tuberculose

Grupo terá como objetivo trabalhar a conscientização, prevenção, tratamento e controle da doença
Um dos 315 municípios baianos prioritários para o Ministério da Saúde no controle da tuberculose, Ilhéus vai implantar um Comitê Municipal para encaminhar ações que visam a conscientização, prevenção, tratamento e controle da doença. Representantes da coordenação estadual e municipal do Programa de Controle da Tuberculose e o comitê baiano para o controle da tuberculose estiveram reunidos, esta semana, na cidade, com o objetivo de discutir a situação da doença e juntar parcerias para o seu enfrentamento.
Atualmente, as ações do programa são centralizadas no Centro de Atendimento Especializado (Cae III), que funciona na sede da Fundação Sesp, localizada na avenida Canavieiras, centro, onde diagnostica, acompanha e trata dos casos registrados. E nos últimos anos ocorreu uma redução. De acordo com Jane Benjamim Moraes dos Santos, da Coordenação Municipal dos Programas Tuberculose e Hanseníase, embora a incidência da doença seja acima da média, nos últimos anos ocorreu uma redução na notificação dos casos.
A coordenadora lembrou que o Ministério da Saúde recomenda uma proporção de 85% de cura e a proporção de abandono de 5% para o controle da tuberculose. “Ilhéus melhorou muito no último ano. Porém, é necessário todo esforço da atual gestão e das parcerias da sociedade civil para o enfrentamento no município. A tuberculose é um problema de todos nós. Todos juntos contra a tuberculose”, enfatizou.
A reunião, que aconteceu no auditório da Unimed, contou com a presença do secretário de Saúde, Antonio Ocké, da equipe de Vigilância à Saúde, e representantes do Programa de DST/Aids, da Atenção Básica, do Setor de Média e Alta Complexidades, Conselho Municipal de Saúde, Lions Clube, Abrigo São Vicente de Paulo, presídio Ariston Cardoso, Ministério Público da Bahia, Vara da Infância e Adolescência, PSF Indígena, Uesc, Faculdade Madre Thaís, FTC, Polícia Militar, Centro de Referência de Assistência Social do Teotônio Vilela, Nepsi, dentre outros.
Prevenção - Jane Benjamim Moraes dos Santos afirmou que a melhor maneira para prevenir a tuberculose é através da quebra da cadeia epidemiológica, “ou seja, tendo diagnóstico rápido e tratamento adequado até a cura para evitar a contaminação a outras pessoas. Além disso, também é importante examinar as pessoas que mantém contato mais próximo (familiares) com o paciente”.
Segundo ela, a tuberculose é doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. É curável e seu é tratamento é gratuito. “Anualmente, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de 1 milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. Os sintomas são tosse com ou sem catarro por mais de três semanas, febre baixa, geralmente à tarde, falta de apetite, perda de peso, fraqueza, além de suor noturno”, acrescentou.
A técnica destacou que a grande maioria dos pacientes após 15 dias de tratamento já não contamina mais. “Ela é transmitida de pessoa a pessoa, pelo ar, quando o doente fala, tosse ou espirra. Somente a pessoa com tuberculose pulmonar transmite a doença. Todos podem adoecer de tuberculose. Porém, ela está mais associada à desnutrição e às más condições sociais em que a pessoa vive ou trabalha”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário