sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Artesãos de bairro ganham espaço para vendas no Centro de Ilhéus

Criativos do bairro Hernani Sá oferecem produtos artesanais a preços mais baratos para quem quer presentear neste final de ano.
Com o Projeto de Economia Criativa em Ilhéus, a artesã Maria Cristina Soledade aprendeu a gerir o negócio
Durante a maior parte do ano, a artesã Maria Cristina Soledade expõe e vende as bonecas de pano e os objetos infantis que produz na praça principal do Hernani Sá, bairro localizado na zona sul do município e onde reside. Ela integra o Projeto de Economia Criativa da comunidade, que conta com o apoio do Sebrae. As feirinhas realizadas nos finais de semana reforçam o caixa da microempreendedora individual (MEI) que encontrou na arte uma forma de ganhar dinheiro.
Desde o final de novembro, Maria Cristina ganhou um motivo a mais para apostar nos bons negócios: os empreendedores criativos do bairro agora ocupam provisoriamente uma área no comércio local do Centro. No Calçadão da Marquês de Paranaguá, mais de 20 artesãos expõem produtos para atrair o consumidor de final do ano. Neste período, além do morador da cidade, os criativos ganham o olhar e os elogios de turistas que visitam a cidade. “Aumentei as vendas em cerca de 30%. Estou fazendo bons negócios”, garante a artesã, que trabalha há 10 anos, dois deles formalizada como MEI. A ideia, segundo ela, é aproveitar a oportunidade do período natalino, quando o consumidor vai às ruas com o olhar mais aguçado sobre os produtos nas vitrines. “Com a crise, a maior parte dos clientes tem procurado lembrancinhas a preços mais convidativos. Um produto que ganhe a simpatia e caiba no bolso de quem compra. E é esse perfil de produtos que oferecemos”, ressalta a artesã.
Para a gestora do Projeto de Economia Criativa do Sebrae, Cláudia Iglesias, os criativos de Ilhéus estão conseguindo sentir a diferença e despertar este novo olhar, depois que passaram por um processo de construção de gestão de negócios, com o apoio da entidade. “Hoje eles já conseguem andar com as próprias pernas”, assegura Iglesias. Mas, até então, tiveram que passar por cursos de planejamento, plano de negócio, formação de preço, apresentação e design e, até, de formatação de novos produtos.
Com s qualificações, os empreendedores passaram a viabilizar ações independentes com o suporte do Sebrae. Hoje, eles já têm o calendário de participação em eventos durante todo o ano de 2016, de acordo com Cláudia Iglesias.
Os criativos do bairro Hernani Sá estão organizados há, pelo menos, dois anos. A proposta é fortalecer o hábito de movimentar a praça principal do bairro nos finais de semana.

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