terça-feira, 4 de julho de 2017

A nova droga usada entre os jovens:'Champanhe rosa’

O princípio ativo da droga feita em laboratório é o MDMA, popularmente conhecido no Brasil como "MD" ou "Michael Douglas". (iStock/Getty Images) 
No último fim de semana, em Manchester, na Inglaterra, uma pessoa morreu e outras dez ficaram em estado grave devido ao uso de um novo tipo de ecstasy, que tem tomado conta das noites na Europa. De acordo com informações daBBC Brasil, o “champanhe rosa“, diferente do formato popular em comprimidos coloridos, é vendido em forma de cristais, o que pode tornar difícil medir a quantidade consumida, com risco maior de overdose.
Champanhe rosa
As autoridades abriram uma investigação sobre o uso da droga. Segundo a Polícia de Manchester, a nova versão é “particularmente mais forte”, com efeitos mais potentes que a original, o que também pode ter influenciado sua popularidade repentina.
O princípio ativo da droga feita em laboratório é o MDMA(metilenodioximetanfetamina), popularmente conhecido no Brasil como “MD” ou “Michael Douglas”. De acordo com relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), em 2016, pelo menos 20 milhões de pessoas já consumiram alguma variedade da substância. Além disso, as anfetaminas e o ecstasy alcançaram o segundo lugar em número de usuários no mundo todo, atrás apenas da maconha.
O porte do ecstasy, independente de seu formato, é proibido na maioria dos países, inclusive no Brasil. Na Europa, o Reino Unido e a República Tcheca são os países com as maiores taxas de consumo de MDMA.
Como age o MDMA
A droga age como um desinibidor, liberando substâncias neurotransmissoras responsáveis pelo prazer. O usuário fica em estado de agitação, extroversão e felicidade durante horas. Porém, depois desse pico de euforia, surgem efeitos negativos mais fortes, como alucinações, exaustão física e mental, sensação de vazio e lentidão de raciocínio.
“Quando o MDMA é absorvido pela corrente sanguínea, ele atinge o cérebro, causando a liberação de diversos compostos químicos. O cérebro libera principalmente serotonina, mas também noradrenalina e dopamina. Isso é o que dá a sensação de prazer”, disse Adam Winstock, psiquiatra fundador da organização Global Drug Survey, que realiza pesquisas sobre o uso de drogas pelo mundo, à BBC.
Riscos
No entanto, os efeitos podem ser adversos e muitas pessoas não conseguem superá-los sozinhas, precisando de assistência médica. Em excesso, o uso pode acarretar em desidratação, músculos rígidos, respiração acelerada, inconsciência, espasmos, convulsões e até mesmo a morte. “Se você toma ecstasy demais, estes mesmos componentes químicos liberados pelo cérebro podem fazer com que seu coração comece a bater rápido demais e acabar com a euforia e a energia. Você começa a se sentir ansioso, nervoso e agitado.”, disse Winstock.

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