quinta-feira, 6 de julho de 2017

Trocar CREDIBAHIA por Banco do Povo de Itabuna é Insciência

Como se explica, ou melhor, como o prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre, pode explicar a estapafúrdia iniciativa, do seu secretário de Indústria e Comércio Paulo Sérgio Santos, em trazer para Ilhéus o Instituição Comunitária de Crédito Itabuna Solidária (também denominada Banco do Povo de Itabuna) para concorrer diretamente com a Secretaria de Assistência Social, onde está vinculado o CREDIBAHIA?
Sim, porque o município de Ilhéus e, exatamente na Secretaria Assistência Social, tem o CREDIBAHIA – Programa de Microcrédito do Estado da Bahia, que conta com a participação da Desenbahia – Agencia de Fomento, da Secretaria do Trabalho e Ação Social (SETRAS), Secretaria do Planejamento, (SEPLAN), Secretaria da Fazenda (SEFAZ), Secretaria da Indústria, Comércio e
Mineração (SICM), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (SEBRAE/BA) e também das prefeituras municipais onde o programa for implantado, que é o caso de Ilhéus.
A notícia, “Microempreendedores de Ilhéus terão recursos do Banco do Povo, de Itabuna, a partir deste mês”, distribuída pela Secretaria de Comunicação, em 4 de julho, deixou no ar um cheiro com sabor meio azedo. Afinal o CREDIBAHIA, ao longo do tempo e, por estar vinculado a Secretaria de Assistência Social, realizou mais de 1.200 micronegócios cerca de 3.800 operações que beneficiam famílias de baixa renda. O volume de recursos que o CREDIBAHIA aplicou dentro do município de Ilhéus, beiram R$ 8 milhões. Tudo com o aval da Agencia de Fomento Desenbahia.
O texto, distribuído pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Ilhéus afirma: “Na linha de valorização do pequeno negócio no município, incrementada pela atual gestão, o secretário municipal de Indústria e Comércio (Sedic), Paulo Sérgio Santos, destaca a atuação do Banco do Povo e a parceria com a Prefeitura, através do fundo rotativo de crédito. A parceria entre a Prefeitura e a instituição, reflete o compromisso desta gestão em enxergar o crescimento também do feirante, do sacoleiro, do ambulante.” Fica claro que o ilustre secretario não tem conhecimento da maquina pública do município e do seu modus operandis, ou é inapto para a função.
Quanto ao Banco do Povo, pretendido pelo Prefeito Mário Alexandre e por seu governo, é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, que foi inventada em 1988, pela antão prefeita de São Paulo, Luiza Erundina e importada para Bahia pelos prefeitos Luis Caetano, de Camacarí e pelo petista itabunese Geraldo Simões.
Não é possível entender o que pensa, ou porque pensa assim, um gestor de quem se espera uma visão pragmática para os munícipes pagadores de impostos. Os feirantes, sacoleiros etc, etc referidos na matéria pelo secretario, sempre contaram com o guarda-chuva do CREDIBAHIA, nunca estiveram desamparados e os números mostram isso e podem ser certificados ou revisados pela secretária de Assistência Social, Soane Galvão, que por coincidência é esposa do prefeito. Portanto é uma decisão que leva a um retrocesso absurdo, a uma insciência.

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