quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Depois de 161 dias preso, Jamil Ocké volta hoje a liberdade

Jamil deixa nesta quarta-feira(30), o presídio Ariston Cardoso
A justiça concedeu liminar, na tarde de terça-feira(29), que liberta o ex-vereador e Secretário de Desenvolvimento Social de Ilhéus, Jamil Ocké. Ontem (29), Jamil completou 161 dias preso no presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus. Ele foi detido em 21 de março deste ano, durante a deflagração da Operação Citrus, que investiga um esquema de corrupção envolvendo o empresário Enoch Andrade e a extinta Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS 
A liminar foi expedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia por intermédio da Primeira Câmara Criminal – Segunda Turma mandou soltar ex-vereador Jamil Ocké, preso em decorrência da operação Citrus. A segunda turma seguiu por unanimidade os termos do voto do relator, o desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto, que deu parcialmente a decisão a favor de Jamil. O curioso é que o mesmo desembargador tinha indeferido a medida liminar no dia 21/07.
Segundo alguns advogados ouvidos por Jamersson Araujo, do Blog Agravo, a soltura de Jamil era questão de tempo depois que a o presidente da Câmara de Ilhéus, Lukas Paixa extinguiu o mandato do mesmo, e consequentemente retirou o seu poder de interferir e atrapalhar as investigações.
Continuam presos em decorrência da Operação Citrus, o empresário Enoch Andrade Silva e o ex-secretário de Desenvolvimento Social de Ilhéus, Kácio Clay Silva. Segundo apurado em investigação realizada pelo promotor de Justiça de Ilhéus, Frank Ferrari, e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o grupo criminoso operava há cerca de dez anos celebrando contratos com o Município de Ilhéus para o fornecimento de bens diversos, utilizando as rubricas genéricas de “gêneros alimentícios” e “materiais de expedientes/escritório”.
Somente as empresas de Enoch Andrade teriam recebido da Secretaria de Desenvolvimento Social, no período de 2013 a 2016, mais de R$ 5 milhões em esquema que contava com a participação de agentes públicos da secretaria. O MP apura, ainda, se houve fraudes em outras licitações realizadas pelo Município de Ilhéus neste mesmo período, que estão calculadas em mais de R$ 20 milhões.

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