segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Bahia perde para Fortaleza centro de conexões da Gol e Air France

A capital do Ceará receberá voos de/para Paris e
 Amsterdã a partir de maio de 2018Agência Reuters
Mesmo oferecendo isenção de impostos estaduais e municipais, Salvador acabou perdendo, para Fortaleza, o disputado hub da Gol e sua parceira europeia, Air France-KLM. Trata-se de um centro de conexões de voos que as companhias vão instalar, pela primeira vez, no Norte e Nordeste. O investimento era também disputado pela capital pernambucana, mas a companhia anunciou nesta segunda-feira, 25, a escolha de Fortaleza.
A capital do Ceará receberá voos de/para Paris e Amsterdã a partir de maio de 2018. Serão três voos diretos semanais partindo de Fortaleza para Amsterdã, da KLM, e dois voos diretos também semanais para Paris, da Air France.

O secretário de Turismo da Bahia, José Alves, que estava empenhado na atração do investimento para o estado, soube da escolha pelo Ceará na última sexta-feira. “Temos agora que torcer para que tudo dê certo, pois afinal é uma operação que beneficia o Nordeste, mas ainda continuo tendo minhas dúvidas se o Ceará terá a mesma força comercial que a Bahia”, disse.
Segundo o secretário, em termos de incentivos fiscais, a Bahia ofereceu para a Gol/Air France-KLM as mesmas condições que Fortaleza, além de apoio na divulgação de voos e a garantia de melhoria da infraestrutura do aeroporto pela empresa francesa Vinci, atual concessionária. “Os benefícios ainda válidos para qualquer empresa que deseje implantar centro de conexões em Salvador” , ressaltou.
De acordo com José Alves, a Gol e a Air France alegaram duas razões técnicas para não terem escolhido a Bahia: o fato do aeroporto de Fortaleza já estar todo pronto, com obras 100% concluídas, além disso o trecho para voos internacionais entre Paris e a capital cearense só exige da companhia dois pilotos para o percurso. A hora a mais, saindo de Salvador, já implicaria, pelos limites da aviação, em mais um piloto, o que, considerando o total dos voos e frequência, representaria mais 12 profissionais, com um custo a mais de cerca de R$ 1 milhão para a companhia.

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