sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Músicos discutem sobre a fiscalização de festas em Ilhéus

Na última terça-feira (05), o vereador Tarcísio Paixão trouxe músicos de Ilhéus à sessão ordinária da Câmara de Vereadores a fim de discutir a forma como a fiscalização dos equipamentos de som e festas realizadas no município é feita. Segundo os músicos, o índice de apreensão desses tipos de equipamentos tem sido alto e é necessário que alguma providência seja tomada.
Ratinho Menezes, músico e produtor musical em Ilhéus, revela grande preocupação ao falar sobre o assunto “nós precisamos entrar em um consenso urgente! Os músicos estão saindo prejudicados e os órgãos responsáveis não abrem nenhum tipo de diálogo, não tem parceria. Vai chegar uma hora em que os músicos não vão mais poder tocar em Ilhéus. A fiscalização está sendo feita muito arbitrariamente, sem dar chance de negociação ou defesa, e caso a gente abra a boca, eles consideram desacato à autoridade. Então, ficamos de mãos atadas” desabafa o artista.
O cantor Nado, A Voz também se posicionou e se mostrou apreensivo ao falar da sua experiência com os processos de fiscalização que têm ocorrido na cidade. “Não queremos ir de encontro à lei, mas esta medida está nos impedindo de trabalhar. Música não é baderna, farra, é trabalho e acho que falta um pouco de bom senso por parte dos órgãos competentes na hora de fiscalizar os nossos eventos”, explica o músico e complementa “para conseguir executar um evento completamente dentro da lei hoje em dia, é preciso uma autorização que só é concedida na Polícia Federal, isso precisa ser melhor regulamentado. Além disso, as denúncias feitas contra as festas, não são devidamente apuradas. Os responsáveis chegam sem o aparelho para medir os decibéis, apreendem o som, acabam com a festa e não investigam de onde partiu a denúncia, se há fundamento para a apreensão acontecer. Aí fica complicado: ficha o artista, gera mais um processo na Justiça e não resolve o problema. O diálogo seria o melhor caminho para todo mundo”, conclui Nado.
Ainda durante a sessão, o vereador Tarcísio Paixão solicitou que seja encaminhado um ofício, convidando o Superintendente do Meio Ambiente, o promotor Paulo Sampaio (representante do Ministério Público), o Comandante da CIPPA e o Comandante das 68ª, 69ª e 70ª Companhias Independentes a fim de discutir e esclarecer a questão.

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