sábado, 19 de maio de 2018

José Nazal: “Deixei a Seplandes por ver coisas que eu considero erradas”

“sobretudo, governar sozinho ou com um ou dois” afirma


O vice-prefeito José Nazal que pediu exoneração da secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Seplandes), no final do mês passado e expôs uma crise interna e visível, porém desmentida constante pelos personagens envolvidos.
Mesmo diante dos fatos, Nazal, Por uma questão de ética pessoal, preferiu só falar depois de publicado o Decreto de Exoneração, o que ocorreu sexta-feira passada. Procurado o vice-prefeito não se recusou e concedeu a entrevista.
DI - O senhor pediu para ser exonerado da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável. Porque?
José Nazal - Eu diria alguns motivos, mas se puder dizer um só eu diria que é o foco do governo que saiu dos interesses do povo de Ilhéus.
 
É preciso fazer uma retrospectiva da História. No dia 30 de abril eu protocolei no gabinete o pedido formal de exoneração e uma carta pessoal ao Prefeito Mario Alexandre, que estava fora da cidade, expondo todos os meus pontos de vista, uma critica inclusive como autocrítica, não estou me colocando melhor do que ninguém. 
Comecei lembrando que no período de pré-campanha eu fui convidado algumas vezes para fazer uma aliança com ele (Mário Alexandre) e sempre rechacei porque havia um bolo muito grande partidos e eu estava discutindo com um numero menor de partidos. Eu achava que uma envolvendo um grande numero de partidos de diferentes ideologias e princípios até ganharia (a eleição), mas não governava atendendo as demandas que o município precisa.
Na véspera das convenções, no inicio de agosto, eu sentei com Mario (Alexandre), num sábado (de 30 de julho), eu acompanhado por Gusmão e ele com Renilson e depois chegou Marcos (irmão de Mário), conversamos e Mário perguntou qual era a minha proposta se agente fizesse uma aliança eu sendo o vice. Respondi que a minha proposta era governar por Ilhéus para Ilhéus. Saindo da linha eu gritava. Foi o termo que usei.
No dia seguinte nos encontramos mais uma vez para fechar a aliança com outras pessoas que pudessem nos acompanhar. Grupo com os quais eu tinha uma relação mais próxima e que não foi possível, Mario me disse: que tinha dormido aquela noite, há mais de 15 dias não estava dormindo. Todo mundo que queria fazer aliança com ele pedia para dividir o governo no meio, queria 50% dos cargos. “Mas você (referindo a Nazal) não me pediu nada. Eu lembrei isso a ele quando conversamos.
Todas as indicações que fiz foram de critério técnico e não político. É claro que é preciso alinhar a política a competência técnica. 
Na convenção do PSD, ao lado do senador Otto Alencar, eu repeti no meu discurso que a aliança foi feita por Ilhéus e fora disso eu gritaria, não aceitaria. Atualmente, no governo, eu estou vendo interesses sendo levados como prioridade, que não são interesses de Ilhéus. No governo tem pessoas que não têm compromisso com a cidade. Não são daqui e depois vão embora. A gente vê a história se repetindo, isso já aconteceu noutros governos.
Por ver alguns interesses não serem atendidos com relação a cidade, por ver por ver coisas que eu considero erradas, sobretudo você governar sozinho ou com um ou dois só. Eu entendo governo com uma coisa plural no qual se vê a discussão ser estabelecidas, quando você ouve opiniões de todas as formas as quais proporcionem possibilidades de acertar mais nas decisões.
Tem mais de oito meses que o governo não faz uma reunião de secretários. Hoje tem uma, para apresentar os novos secretários, fui convidado e avisei que não iria. Como o governo vem governando sozinho até agora com uma eminência parda ao lado, eu não vou.
DI - Quem é a eminência parda?
José Nazal - O prefeito é quem sabe.
Eu sei que o meu compromisso é com Ilhéus. Nos tínhamos todas as ferramentas para fazer um governo como a população que e precisa. Não posso ver o que estar errado e eu continuar fazendo errado. Tem contratos que eu não concordo, a maneira de adotar certas decisões. Por exemplo: houve uma licitação, que foi suspensa, que apresentava valores mais do dobro ao praticado na praça. Não existe justificativa para que se diga que aquilo estava certo. Na época o preço (do cimento) era r$ 23, e estava cotado por 50 reais. Se na cotação o preço estivesse 25, 30 reais a justificativa seria a demora no pagamento, atrasos etc., porém, ali estava mais do dobro.
DI - Com relação à Saúde?
José Nazal - É impensável admitir a falta de copinho para fazer exame de escarro na área de atendimento à tuberculose. Inadmissível pensar que falta insulina para atender aos diabéticos. É impensável admitir que venha um cara de fora para “botar os dentistas para trabalhar”. Dizendo que os dentistas daqui não trabalham e chegue pisando, passando por cima dos colegas. Nem eu nem o próprio Mário Alexandre trata ninguém mal. Eu perguntei se não tratamos as pessoas mal e porque que um cara, em nome da gente, trata todo mundo mal? E sem fazer o que se propôs a fazer.
No bairro Ilhéus II uma senhora me diz “tive que comprar, do meu bolso, por R$ 5,80 centavos uma bobina de papel para a marcação funcionar, porque a máquina não tinha bobina. É inadmissível que uma pessoa tenha me procurado para informar que tem uma filha que é atendida pelo sistema de TFD (Tratamento Fora de Domicílio), um programa com dinheiro do Governo Federal, ou seja, você não precisa pedir favor a prefeito, vereador deputado, a ninguém para ser atendido, bastar ter a documentação do SUS em dia. 
Essa pessoa, mãe de uma afilhada de batismo minha, foi pegar a passagem numa sexta, porque iria viajar, para Salvador com a filha, na segunda-feira e ao chegar ao guichê da Águia Branca não pode retirar a passagem porque a Prefeitura estava devendo. Isso foi em abril, a Prefeitura estava devendo quatro meses. Não foi por falta de dinheiro. Esse dinheiro não é do município, é rubricado, do Governo Federal, existe uma conta exclusiva. Por um erro ou incompetência não pagou. Não da para admitir uma coisa dessas!
Eu convidei Mario, algumas vezes e ele nunca aceitou o meu convite, para sairmos só nos dois. Eu ou ele dirigindo, sem segurança, sem jornalista, fotografo, sem avisar nada a ninguém. Neste dia entraríamos em postos de saúde, escolas, repartições, unidades administrativas, em locais do interior próximo. Isso de forma incerta para ver como está funcionando a administração. Ele nunca topou. Eu não engulo essas coisas. Eu não tenho dificuldade para dizer sim nem não.
DI - Você deixou a Secretaria com alguns projetos...
José Nazal – Eu tenho 41 anos de vida pública. Entrei na Prefeitura para ser oficial de gabinete no dia 1 de fevereiro de 1987 - minha carteira estava assinada mandei da baixa, dez anos depois, senão eu continuaria servidor público até hoje – então, nesses 41 anos eu não conheço quem entrou na prefeitura para trazer alguma coisa em favor do município. Todos anunciam que é em favor do município, mas quando você vai olhar sempre está beneficiando um grupo, uma pessoa.Às vezes tem um bem coletivo e esse merece o apoio.
Algumas coisas estão sendo feitas, espero que continuem. Existia uma queixa grande, que a Seplandes travava tudo. Travando o que estava errado. Se está errado porque eu tenho que liberar. Se falta uma certidão, se o projeto está incompleto, não tem a licença ambiental porque eu tenho que liberar. Andar correto é dever de todos.
DI - Durante a campanha vocês anunciaram que este seria um governo da seriedade e do cuidado. Mas parece que nem uma coisa nem outra?
José Nazal – Por mais que alguém reclame, eu tive em algo incomum. A manifestação do Ministério Público. A 11ª promotoria acompanhou o que a gente fez na tentativa de fazer com que a lei fosse cumprida, naquilo que é competência daquela promotoria. Fizemos a ação de limpeza no centro para retirar os outdoors. Não inventamos nada, cumprimos a lei. Não está a contento ainda. 
Esta sendo encaminhado um projeto para fazer um levantamento arbóreo da cidade, uma espécie de plano diretor para o planejamento de arborização da cidade, neste sentido está pronto e deverá ser assinado um convenio com a UFSBA. 
Estávamos realizado um trabalho de recuperação de recursos praticamente perdidos, de compensação ambiental da Fiol e da Petrobrás para fazer o plano de manejo do Parque Boa Esperança, fazer a delimitação e fechamento da área, construção de guarita e área de conforto para o guarda-parque, um espaço para convivência para, a partir do plano de manejo, receber visitas guiadas e acompanhadas. A cidade precisa saber a riqueza que tem. Tivemos o cuidado de arrumar as questões ambientais principalmente com relação as festas.
DI - Com relação ao Fundo Municipal de meio ambiente?
José Nazal - O Fundo Municipal de Meio Ambiente, deixamos com mais e 150 mil reais em caixa. Até a gestão passada, todo dinheiro oriundo dos custos das licenças ambientais caia no caixa comum da Prefeitura e desaparecia. Agora vai todo para o Fundo do Meio Ambiente. Estávamos trabalhando um projeto de Pagamento de Serviços Ambientais para, com esses recursos, tentar recuperar a bacia do Iguape, que é um problema muito sério que o município enfrenta. Esses problemas não se discutia. Precisamos rever Plano Diretor. O Plano de Saneamento que não foi cumprido na data e Governo Federal deu mais dois anos de prazo. Já se passaram cinco meses e nada foi feito e eu estava cobrando isso desde o primeiro dia de governo.
DI - Quais as condições de trabalho, atualmente?
José Nazal – As pessoas têm condições zero de trabalho. O ambiente de trabalho das pessoas (da Prefeitura) é uma ambiente insalubre inclusive. Sem cadeira. Uma pessoa chegou a um setor e doou seis cadeiras de presente. Não foi a troco de favores. Deu porque quis dá. Computador descente, a Prefeita tem apenas um com Software oficial, os outros todos não são. Essas coisas precisam ser encaradas. Mas, há uma grande omissão por parte da sociedade.
DI - Porque você diz que a sociedade é omissa?
José Nazal - Falta a participação em tudo. Conselhos, eventos, conferencias etc. Vai ter uma audiência publica agora, no dia 30, que o governo vai fazer sobre o Aeroporto Jorge Amado, em Salvador. Está errado fazer em Salvador, mas ninguém reclamou, só eu. Porque em Salvador se o interesse é aqui? Quem vai daqui para Salvador? Que fosse feita uma em Salvador, mas também aqui. Mas quem reclamou disso? Depois aparece uma empresa qualquer para administrar o aeroporto, aí todo mundo começa a gritar. Mas foi questionado antes?
DI -Mas o chamamento, a divulgação de audiências desse porte não deveria está sendo divulgado pelo Governo Municipal?
José Nazal - O aeroporto é um problema sério em Ilhéus. A gente pensa no aeroporto a questão do Polo de Informática que foi prejudicado, dos vôos que foram retirados, a pista que foi diminuída. Hoje a passagem aérea em Ilhéus é das mais caras do Brasil. O aeroporto tem uma normativa que impede a cidade de construir. Está emperrando a construção civil na cidade e ninguém faz nada. É uma gincana da Infraero com o Comando da Aeronáutica (COMAER). Agora enviaram uma carta com 175 pontos que tem que ser eliminados. Se você tira os 175 eles arranjam mais 200. Isso é uma decisão de força política.
DI - Não caberia ao Governo do Estado defender os interesses da Bahia?
José Nazal - Espero que agora, já que o Estado da Bahia vai assumir o aeroporto, se preocupe com isso. Em minha opinião o ideal seria ter o aeroporto no Sítio Joia do Atlântico que era o projeto pensado em 1994 cuja a área foi decretada de utilidade pública e depois revogado o decreto. Esse é o sítio ideal, ainda dá tempo. Tem uma invasão no local que está começando. O sítio Ceplac/Uesc, que foi proposto, com base numa nota técnica da Infraero, não tem condições.
DI -O Senhor fala sobre esse descarrilhamento do governo, mas continua representando esse governo. Pelo menos as fotos distribuídas pela Secretaria de Comunicação demonstram isso. Por quê?
José Nazal - Não.
Vice prefeito eu sou. Eu continuo vice prefeito de Ilhéus. É uma outorga que me foi data pelo povo. Se eu morrer ou se a justiça entender que fiz algumas coisa errada e cassa o mandato eletivo. Fora isso vou continuar até quando Deus permitir. Fui convidado para um evento na Justiça Federal pela Promotoria da Infância. Fui chamado para mesa como Vice prefeito, porque sou Vice. O representante do Prefeito estava presente, mas por deferência abriu mão da representatividade. Na audiência da Embasa eu fui convidado pelo vereador Makrize, como vice prefeito, isso foi dito por mim no inicio da audiência. Fui chamado para fazer uma palestra no Rotary há cerca de 40 dias, expliquei que não sou mais Secretario, me disseram que a palestra era pelo Vice Prefeito. Não represento o Prefeito, tenho minha representatividade institucional.

Diário de Ilhéus - Quando o senhor se anuncia vice prefeito, não está assumindo a sua participação, co-responsabilidade no governo que segundo o senhor, não está correspondendo aos anseios da sociedade. Um, exemplo é o Posto de saúde Sarah, foi derrubado no inicio deste governo e continua no chão?
José Nazal - Tem outras coisas. A Escola da Tibina está sem telhado desde o governo passado. A Secretaria de Educação mandou uma lista para recuperação de escolas municipais e a escola da Tibina era a prioridade número 1. Não sei quem nem porque, resolveu não obedecer a lista e a obra nãofoi feita. Em Banco do Pedro o posto de saúde foi inaugurado no dia 16 de dezembro de 2016. Um dos últimos atos do governo de Jabes Ribeiro. Está sem água, sem energia elétrica e sem funcionar até hoje. Carobeira tem um posto médico na mesma situação. Foi divulgada uma matéria pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura dizendo que há cinco anos, desde o governo de Newton Lima, não vai médico em Banco Central. A agente de saúde de lá garante que até dezembro de 2012 funcionou. Quem coordenava esse posto era Orlins. Em Castelo Novo, um agente de saúde me mostrou que passaram quatro anos de Jabes e mais um ano de deste governo e não vem um médico nem uma enfermeira. Essa situação se repete por toda cidade.
DI - O senhor lançou uma candidatura que representava o novo para Ilhéus, mas não se concretizou com a aliança com Mario Alexandre. Esse é um governo que atualmente não consegue fazer o básico, a limpeza das ruas, fazer um posto de saúde funcionar, não há ordem no transito, no sistema de transporte urbano. O que o senhor pretende para o seu futuro político?
José Nazal - Eu não vou deixar de fazer política. Essa é a primeira vez que sair candidato a cargo do executivo. Fui candidato a vereador em 1988, pelo PMN, fiquei na segunda suplência. Vou continuar andando pela cidade. Ouvindo as pessoas, estudando a cidade. Pretendo ouvir as pessoas, visitar o interior. Eu não vou ao interior só em dia de festa. Tenho ido constantemente.
DI - – Qual a sua maior preocupação agora?
José Nazal - Uma coisa está me preocupando muito. Estamos tendo uma questão com o IBGE que a cada ano reduz o numero de habitantes de Ilhéus. Eu não aceito. Tenho tido fortes embates com os técnicos do IBGE. Estamos vendo a cidade crescer. Eu faço voos constantes sobre toda área territorial do município, conheço relativamente bem. Não posso aceitar isso. Estou fazendo uma revisão, com o IBGE. Preparação para o próximo censo que no próximo ano fecha a base territorial e eu estou acompanhando. Vou fazer com atenção, porque agora vou ter mais tempo. Com estão as estradas vicinais?
A situação das estradas rurais é hororosa. Não dá para admitir Ilhéus ter uma extensão territorial como tem 1584 Kms de território, mais de 1200 km de estradas vicinais e ter uma patrulha para atender. Isso é ipossivel. O equipamento está em Japu começou a fazer a estrada, antes de concluir tiram e mandam para outro lugar. Tem um pessoal na borda de Uruçuca, que é Rio do Braço e Banco do Pedro estão querendo que a Prefeitura de Uruçuca vai fazer a estrada. Eu estou dando a teste para que isso não aconteça. Quem tem que fazer é Ilhéus
DI - A Prefeitura de Uruçuca tem avançado muito no território de Ilhéus, por omissão e incompetência da Prefeitura de Ilhéus, não acha?
José Nazal - A Prefeitura de Uruçuca construiu uma escola dentro de Banco Central, em Lajedão, isso há poucos dias. Falei com o Prefeito, mas até ontem não havia sido tomada nenhuma providência. A prefeitura de Ilhéus precisa trocar os professores ou derrubar a escola e construir outra. Como pode admitir isso? Quando for feita a revisão territorial Ilhéus volta a perder.
DI - Essa é a questão do limite com Itabuna, no Macro e Atacadão. A prefeitura não está dando nenhuma atenção...
José Nazal – Alí a situação muda porque quando ocorreu aquela disputa territorial, não havia gente morando no local, era interesse apenas economico. Agora existem condomínios e o Cidadelle passou a ser um bairro. Quem mora ali é de Ilhéus? quantos moradores de Ilhéus moram alí? Trabalham em Itabuna, a um km de onde moram, em Ilhéus. A Universidade Federal do Sul da Bahia está sendo construída dentro de Ilhéus. Isso é um mote para depois quererem que essas áreas sejam transferidas para Itabuna. Enquanto que for vivo vou brigar.
DI -- O que o governo atual está fazendo para enfrentar essa situação. Para despertar o sentimento de pertencimento nas pessoas que moram em Ilhéus?
Jose Nazal - Nada.
Nem o governo tem esse sentimento. 
Você sabe quantos alunos a gente perde para Uruçuca? Você sabe quantos eleitores a gente perde para Uruçuca? Você tem noção? Nem a Prefeitura de Ilhéus tem noção. Cada aluno cadastrado no censo de Uruçuca são recursos que vão para Uruçuca, deixa de vir para Ilhéus e a pessoa mora em Ilhéus. Tem uma escola de Uruçuca dentro de Castelo Novo, na fazenda Hawai. Tem uma escola de Uruçuna na Cepel, Tem uma escola de Uruçuca na fazenda Theodolinda. Estou reclamando isso desde o primeiro dia do governo ninguém dá atenção.
DI - Diante do que o senhor nos apresenta, o senhor vai continuar ou vai romper definitivamente com o governo?
José Nazal - Eu não vou me meter no governo. Eu não fui ouvido. Eu disse a Mario e aos secretários que tem o comando do governo, que eu não posso aceitar decisões que sejam tomadas sem me ouvirem e sem eu concordar. Se for uma decisão urgente e necessária, acertada, claro que terá o meu apoio. Não sendo porque vou apoiar? 
Então eu não vou me meter no governo. Para mim rompimento não é xingamento, inimizade essa não é a minha linha. Não estou disputando poder com ninguém. Apenas eu sou o vice prefeito. 
Desejo que o povo de Ilhéus ajude. Reconheço que sozinho o governo não pode fazer muito. Tem coisa que precisa ajuda
Tem uma coisa que eu vou lhe dizer, eu disse ao Prefeito. Ele está despachando mais em sua casa do que na Prefeitura, no gabinete. O gabinete é o lugar para despachar. É preciso atender as pessoas e não deve mudar o gabinete para sua casa. O gabinete é publico. Até para dizer não. Não deve correr para não dizer não.

Um comentário:

  1. É uma pena, José Nazal. Meu voto foi para você. Não conhecia Mário Alexandre, mas conhecia a sua luta por Ilhéus, Nazal. A sua seriedade conquistou meu voto. Achei que, como aceitou ser seu vice, o futuro prefeito também era um homem sério. Infelizmemte, mais um voto perdido.

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