Incentivar a criação de galinha caipira de forma planejada e monitorada, visando qualidade alimentar e o aumento da renda dos agricultores familiares. Essa é uma das linhas de trabalho da equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), do escritório de Valença da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
Instalação de aviário, cuidados com os pintos, vacinação, alimentação, higienização, entre outras técnicas de manejo, são demonstradas na prática para os agricultores familiares que criam galinha caipira. Com essa ação, a equipe pretende elevar os índices de fertilidade e produtividade das aves, gerando maior rentabilidade para as famílias.
Nos meses de maio e junho deste ano também foram ministrados em algumas comunidades do município de Valença, cursos sobre a criação de galinha caipira, com a finalidade de orientar os agricultores a planejarem e administrarem a produção de galinhas em suas propriedades. Sistemas de criação, manejo de poedeiras, seleção das matrizes e lucratividade foram alguns dos temas abordados nos cursos ministrados pela médica veterinária da EBDA, Maiana Machado.
“A população tem procurado uma alimentação mais natural e saudável, proveniente de produtos livres de agrotóxicos e hormônios. Diante desta nova opção de mercado estamos estimulando os agricultores a trabalhar com mais essa atividade, que não causa dano à saúde da população, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”, afirma a veterinária.
Baixo custo - sistema de criação de galinha caipira é simples e não exige altos custos. Para instalação do aviário é possível utilizar recursos disponíveis, em muitos casos, na própria propriedade como bambu, madeira e palhagem. Outro item importante e de fácil preparação é a ração oferecida às aves, que pode ser feita com restos de frutas, verduras, algumas raízes e folhagens, também encontradas na unidade familiar. Outro item a ser considerado é o sistema de criação, que tem seu período de reprodução estabelecido em quatro meses.
A comercialização dessas aves tem dado excelentes resultados aos produtores. O agricultor familiar que possui uma Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) já pode vender as galinhas para as prefeituras municipais, por meio do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), cuja finalidade é inserir 30% de alimentos da agricultura familiar na merenda escolar. Hoje, uma galinha caipira é vendida para ao Pnae por R$ 13, o quilo, garantindo um aumento significativo na renda das famílias. Outra forma de comercialização é a venda direta ao consumidor, o que pode ser feita em feiras livres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário