quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Terminal Pesqueiro de R$ 10 milhões terá consultoria em gestão empresarial

O projeto vai beneficiar 10mil pescadores, no sul da Bahia, e além de elaborar o modelo gestor, o Sebrae capacitará trabalhadores.

Elaborar o estudo de viabilidade econômico-financeira e desenvolver o modelo de gestão que será implantado pelo Conselho Gestor do Terminal Público Pesqueiro de Ilhéus, previsto para inaugurar ainda este ano, com investimento de 10 milhões de reais, será a missão da unidade regional do Sebrae, com sede no município, que vai disponibilizar uma equipe de técnicos para se debruçar sobre o projeto. Com recursos dos governos federal e estadual, o terminal integra o projeto da Bahia Pesca que tem por objetivo dinamizar a economia de Ilhéus, atraindo para a cidade, embarcações que navegam em todo o litoral sul da Bahia.

A proposta é buscar a ajuda especializada do Sebrae para tornar o negócio economicamente viável e, também, oferecer cursos de capacitação para trabalhadores que irão atuar no terminal, que terá uma unidade de beneficiamento com câmaras, túneis de espera, congelamento e estocagem de iscas e refrigerados, salas de higienização, expedição com pátios de caminhões e casas de máquinas.
“Contrataremos um consultor para que execute esta ação, respeitando as características e cultura regionais”, garante o gerente regional do Sebrae, Renato Lisboa que, ao lado do técnico José Carlos Oliveira, visitou as instalações do terminal pesqueiro que, além de moderno, tem tudo para ser um modelo eficiente de gestão na Bahia.
O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, estima que existam no estado mais de 1,8 mil embarcações de pesca motorizada. O objetivo do terminal é melhorar a qualidade e a produtividade do pescado local, aprimorar as condições de trabalho e reduzir o custo do peixe para os moradores da cidade e região.
A Bahia é o terceiro maior produtor de pescados do Brasil, com cerca de 80 mil toneladas por ano. Porém, toda produção daqui não é beneficiada no estado. Não há desembarque industrial de pescados porque o estado não dispõe de infra-estrutura portuária para esta finalidade. “O preço quem paga é o consumidor. Com o terminal pesqueiro, essa anomalia será abolida. Ganham o pescador e o consumidor”, ressalta Albagli.
Somente a Colônia de Pescadores Z-34, instalada no bairro litorâneo do Malhado, em Ilhéus, possui cadastrados 3.280 pescadores e marisqueiros que vivem da atividade pesqueira. Juntos, eles capturam, em média, 2,5 toneladas de pescado todos os dias. Somando-se a este número a produção da outra Colônia existente na cidade, a Z-19, na baía do Pontal, estima-se que esta produção diária chegue a 3 toneladas. “Convidamos o Sebrae a colaborar na missão de agregar a chegada do terminal público às iniciativas já colocadas em prática pelas colônias. A intenção é somar”, revela o chefe do escritório local da Bahia Pesca, John Ribeiro.
Para o assessor de Assuntos Institucionais da Bahia Pesca, Manoel Barbosa, o fundamental é que o Sebrae - mesmo buscando como modelo do seu projeto outras experiências bem sucedidas pelo Brasil - possa adequar o funcionamento do terminal de Ilhéus à realidade regional. “Através deste diagnóstico também poderemos propor para o setor novas políticas públicas ao governo”, entusiasma-se o assessor Administrativo da Colônia Z-34, Gérson Teixeira.
Contato para marcação: Renato Lisboa (73) 9981- 8070 (73) 3634-4068

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