Cenário: Filipe Domingues - Dois mercados se destacaram ontem entre as commodities agrícolas,com oscilações expressivas: o cacau e o açúcar, negociados na Bolsa de Nova York. Os preços do cacau despencaram, diante da perspectiva de oferta maior do que os analistas e investidores esperavam. Tanto Gana quanto Costa do Marfim estão sinalizando produção mais ampla - juntos, os dois países respondem por mais de 50% da produção global. Os contratos do cacau para entrega em maio caíram 4,02% e fecharam a US$ 2.221 por tonelada. Apesar das perdas, alguns executivos acreditam que os preços devem voltar a subir nos próximos meses, pois a oferta global ainda deve ser menor do que o consumo.
Já as cotações do açúcar dispararam, com o anúncio da União Europeia de que precisará importar mais para atender à demanda local. O bloco, que controla as importações para evitar instabilidade nos preços e proteger a indústria local, deve liberar novas compras no exterior. Um grupo da indústria de alimentos pediu a entrada de 1,6 milhão de toneladas. E os fabricantes de alimentos e bebidas são os mais afetados pela oferta restrita, pois respondem por 70% do consumo anual de açúcar na Europa. Com procura maior, os preços internacionais do produto tendem a subir. Ontem, o contrato com vencimento em maio saltou 4,34% e fechou a 25,50 centavos de dólar por libra-peso.
Em Chicago, a soja teve alta de 1,39%, puxada pela demanda para exportação, inclusive para a China, e influenciou o trigo e o milho, que avançaram 3,26% e 1,56%, respectivamente.
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