terça-feira, 13 de março de 2012

Ilhéus ja conta com o Projeto Família Acolhedora

Ilhéus já conta com o projeto Família Acolhedora, um serviço oferecido pela Secretaria da Assistência Social e Trabalho (Sast) de Ilhéus, que tem a finalidade de organizar o acolhimento de crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias de origem devido a alguma medida de proteção. O objetivo da Família Acolhedora é permanecer por tempo determinado com essas crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco pessoal, para que as mesmas possam ter uma convivência familiar comunitária.

O projeto de acolhimento faz parte do Serviço de Alta Complexidade da Proteção Especial da Assistência Social. Em Ilhéus, o serviço de acolhimento conta com a Casa Lar e o Abrigo Renascer. A princípio, o projeto prevê o atendimento de crianças de zero a seis anos, até que esteja implantado em sua totalidade. As famílias que tenham interesse podem se cadastrar na Secretaria de Assistência Social e, após o cadastramento, passam por uma entrevista com psicólogo e assistente social da instituição. Todo o processo também é analisado pela Vara da Infância e da Juventude.
As famílias participantes do programa recebem uma bolsa auxilio para ajudar no custeio com desses jovens e as crianças podem passar no máximo dois anos com essas famílias acolhedoras até que a situação com as famílias de origem se regularize. Explica a psicóloga do projeto, Mirna Almeida, que com o encerramento do prazo do acolhimento a criança não precisa se desligar completamente desta família, podendo ainda manter contato.
Para ser uma família acolhedora é necessário preencher requisitos como residir em Ilhéus; ter idade entre 25 e 55 anos; estar em boas condições de saúde física e mental; não possuir antecedentes criminais; possuir situação financeira estável; possuir uma convivência familiar estável e livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes; disponibilização afetiva; aceitação de todo o grupo familiar em relação à proposta de acolhimento, e por fim não ter interesse em adoção.
De acordo com a assistente social responsável pelo projeto, Fátima Inez, a família acolhedora não deve ter interesse em adoção, pois essas crianças têm a possibilidade de voltar para a sua família de origem. Para que isso aconteça, é realizado um trabalho em rede, no sentido de que os laços familiares sejam refeitos e essa família possa se relacionar normalmente. Ela salienta, ainda, que o trabalho em rede, unindo Saúde, Educação, Assistência Social, Ministério Público e todos os órgãos responsáveis é de grande valia na realização deste trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário