terça-feira, 18 de junho de 2013

Dilma ficou “impressionada” com dimensão das manifestações




Manifestantes subiram a rampa do Congresso e invadiram a área em BrasíliaFoto: Gustavo Gantois / Terra(Diogo Alcântara de Brasília) 

A presidente Dilma Rousseff ficou “impressionada” com a onda de protestos que tomou conta de 12 capitais brasileiras na noite da última segunda-feira, afirmou ao Terra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ontem, pouco antes de manifestantes subirem no teto do Congresso Nacional, Dilma havia demonstrado naturalidade com o movimento dizendo que “manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia”. 
Carvalho é um dos principais interlocutores políticos do governo e é responsável pela articulação com movimentos sociais. Ele disse que pessoalmente acompanhou pela televisão os protestos e revelou que a presidente não apenas acompanhou as imagens, mas também ficou monitorando os atos por meio de auxiliares. 
O ministro sugeriu que em um contato com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o momento em que os manifestantes ameaçaram invadir o prédio principal do Congresso Nacional foi o ponto mais sensível do protesto de segunda. “Esse é o limite. Não se entra no Congresso Nacional (...). Esse tem de ser o limite e cabe a quem está em posição de governo zelar pela lei e pela ordem”, afirmou o ministro em depoimento à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, onde dá explicações sobre uma suposta investigação paralela sobre o caso Rosemary Noronha.
A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou a segurança do Parlamento, que usualmente é guardado pela Polícia Legislativa. A atuação policial em Brasília e em São Paulo foi elogiada pelo ministro. “O processo foi exemplar, adequado. Ficamos até a meia-noite assistindo”, disse. 
Além da ocupação do Congresso, chamou a atenção do governo o volume de pessoas nas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na capital fluminense, havia estimativa de 100 mil pessoas nas ruas. 
Um dos desafios que o Planalto afirma estar encontrando frente à nova onda de manifestações é a nova modalidade de organização, sem direção ou estrutura hierárquica. O governo alega dificuldade em encontrar interlocutor para dialogar com esses movimentos. 
Gilberto Carvalho ponderou ainda que “há uma base social de descontentamento que se expressa neste momento”. “Precisamos entender a complexidade do que está ocorrendo”, afirmou o ministro.



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