segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Greve: Relação enviada pela APPI contém até professor falecido


A APPI colocou na relação dos servidores que devem atender à população durante a greve oito dirigentes sindicais, o nome de um professor já falecido, de outro aposentado, de quatro que estão em licença sem vencimentos, de três que estão em licença-maternidade e de 26 que não constam na folha, além de algumas repetições e de todos os comissionados, que já estão trabalhando.
Pressionada pela Justiça, que determinou a colocação para trabalhar de 50% dos funcionários das áreas da Educação e da Saúde e de 30% dos demais setores da Prefeitura, a Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus – APPI- Sindicato finalmente enviou a relação dos nomes dos servidores à Secretaria de Administração. Mas, ao examinar a lista, a Secretaria de Educação do município, Marlúcia Rocha, descobriu que a direção da entidade optou por um processo de mistificação e de não atendimento real à determinação judicial.
Isto porque que, entre os relacionados para serem postos à disposição estão os nomes de oito dirigentes sindicais, inclusive da própria presidente, Enilda Mendonça - que não dão aulas nem trabalham em nenhuma outra função da pasta -, de todos os comissionados, inclusive da própria secretária de Educação, que sequer são servidores municipais. Além disso, na relação, constam os nomes de um professor já falecido, de outro aposentado, de quatro que estão em licença sem vencimentos, de três que estão em licença-maternidade e de 26 que não constam na folha, além de algumas repetições.
A secretária de Educação considera que o comportamento da entidade sindical burla a determinação judicial, uma vez que com a relação enviada, o atendimento ao que ordenou a desembargadora Silvia Zariff, em decisão liminar, é apenas formal, do número fixado. “Na realidade, os serviços da Educação continuarão prejudicados porque a determinação judicial não é obedecida”, observou a secretária, lamentando que os sindicalistas tenham optado por este caminho, que mantém os prejuízos para os pais e os estudantes, em vez de enviar uma relação com os nomes dos professores efetivos que estão em greve e que deveriam retornar aos seus postos para ministrar as aulas que os alunos precisam.

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