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A Caixa Econômica Federal fez um convênio com a Associação de Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) - as profissionais foram reconhecidas como autônomas e agora poderão receber pelos programas que fazem com cartão de débito e crédito. Os programas poderão ser até parcelados, segundo informações do UOL.
Cida Vieira, presidente da Aprosmig, elogiou a iniciativa da Caixa. "Foi o primeiro banco a reconhecer a nossa profissão, sem preconceito", explica. Segundo ela, cerca de 20 mulheres já se cadastraram e devem ser beneficiadas por um programa da Caixa voltado para microempreendedores. Além de terem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), elas terão benefícios que incluem cheque especial, capital de giro e cartão de crédito com anuidade gratuita por um ano.
Vieira acredita que a novidade irá ajudar garotas que atualmente são exploradas por intermediários, já que agora elas poderão cobrar mais facilmente o valor direto do cliente. "Vai quebrar também a exploração de alguns locais, que cobram 20% da garota. Vamos também eliminar isso", diz.
Outra vantagem é a segurança dos próprios clientes, que agora não precisarão mais sair de casa, ou do hotel, com dinheiro para o programa. A privacidade não deve ser problema, segundo Cida, já que na fatura do cartão aparecerá somente que o valor foi gasto em prestação de serviço, sem detalhamento.
A presidente já até pensou em um slogan para divulgar a novidade: "goze agora e pague depois".
A assessoria da Caixa informou que, com o convênio, as prostitutas e travestis que fazem programas remunerados, terão o mesmo tratamento de outras categorias de autônomos. Além da possibilidade de receber por meio de cartão, as prostitutas terão também cobertura de previdência social, aposentadoria por idade e invalidez, auxílio doença, salário maternidade, pensão por morte, auxílio reclusão, custo zero para formalização, imposto zero para o governo federal e talões de cheque, cheque especial e dinheiro para capital de giro
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