Apesar da urgência constitucional, o governo corre o risco de não conseguir aprovar o projeto que endurece a lei contra manifestantes violentos a tempo para a Copa. Além da pauta trancada por outras propostas polêmicas, o Planalto enfrenta a resistência de movimentos sociais, do MST às centrais sindicais. Depois das cenas de violência e depredação que se repetiram em diferentes cidades, é no mínimo razoável coibir a presença de mascarados. Manifestações fazem parte da democracia, desde que de cara limpa. Mas não está aí o problema. Os movimentos temem ser enquadrados por depredação do patrimônio, o que já ocorreu no passado, na invasão de prédios públicos. No final deste mês, as centrais prometem ir às ruas carregando antigas bandeiras, como redução da jornada do trabalho e fim do fator previdenciário. Os discursos, no entanto, vão bater pesado contra a lei das manifestações.
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