quinta-feira, 24 de julho de 2014

Pesquisa surpreende sucessão baiana



por Samuel Celestino - Surpreendeu, e muito, a pesquisa do Ibope que a TV Bahia deu conhecimento no início da noite desta quarta-feira (23) sobre a sucessão baiana. A primeira surpresa é que não difere em praticamente nada da outra pesquisa – assim como está registrada no Tribunal Regional Eleitoral – divulgada pouco tempo depois que a oposição resolveu a pendência que envolvia a definição entre Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, sobre quem seria o candidato ao governo e quem ficaria como a candidatura ao Senado. Quando esta pesquisa se tornou pública, Souto surgiu na primeira posição, com 42% das intenções de votos; Lídice da Mata apareceu em segundo, com 11% e, em terceiro ficou Rui Costa, com apenas 9%. Os petistas entenderam que se tratava do início de um processo de campanha, que iria ter desdobramento e mudanças antes do programa eleitoral em rádio e tevê. Pode ser que isso seja possível, mas é fato que a pesquisa do Ibope, três meses depois da primeira, não aponta para mudanças antes do dia 20 de agosto, quando se inicia o horário eleitoral. Pior. Esperava-se, e era voz corrente nos bastidores políticos, que houvesse uma reviravolta no processo dando conta de que Rui Costa estava apenas poucos pontos atrás de Souto e havia ultrapassado, deixando à distância, a candidata Lídice. O que o “BA TV” deu conhecimento foi uma inesperada queda de Rui para 8%, abaixo do percentual de três meses atrás, Lídice permanecendo com seus 11% à frente e Paulo Souto, de igual modo, mantendo o mesmo percentual anterior, expresso em 42%. Isto em uma pesquisa realizada em 59 municípios baianos, com variável de 3% para cima ou para baixo. O curioso é que, em relação ao governo Wagner, a pesquisa não o deixa mal: fica no meio termo. O PT, segundo Lula afirmou (foi publicado na coluna Painel da Folha de S.Paulo) está a demonstrar que experimenta uma “fadiga de matéria” que, para o próprio ex-presidente, era esperado para 2018 e não para as eleições de 2014. Referia-se, sem citar nome, à rejeição que atormenta a campanha da presidente Dilma Rousseff, sobretudo em São Paulo. Esta rejeição poderá ser um fator determinante para uma decisão em segundo turno. Ora, se Lula diz que o partido que ele fundou experimenta “fadiga de matéria” ela pode (ou não?) já estar disseminada. Assim posto, quem poderá ou quem se atreve a desmenti-lo?

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