ABIDJAN - A maior fabricante de chocolate do mundo, Barry Callebaut, confirmou nesta segunda-feira que cancelou uma reunião anual de gerentes que iria acontecer na Costa do Marfim por preocupação com a propagação do ebola.
A pior epidemia do ebola na história já matou cerca de mil pessoas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Na vizinha Costa do Marfim, potência econômica da região e principal produtora de cacau do mundo, ainda não há casos suspeitos registrados.
A empresa tem investido em capacidade de moagem de cacau no país e em infraestrutura no porto de cacau de San Pedro.
- Nós cancelamos a reunião pelos problemas com o ebola, já que determinadas pessoas não estavam confortáveis em vir trabalhar na região - disse uma fonte da empresa, que pediu para não ser identificada.
A reunião deveria acontecer em outubro, e foi a primeira vez que a empresa com sede na Suíça organizou sua conferência global em um país africano. Raphael Wermuth, um porta-voz da Barry Callebaut, disse que a reunião anual, com a participação de 150-200 executivos, será transferida para Davos, na Suíca, pela incerteza acerca do ebola. Wermuth complementou, ainda, que o negócio vai continuar como de costume na região.
Quarentena
O exército liberiano colocou a terceira província da Libéria em quarentena pelo surto de ebola, anunciou nesta segunda-feira a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
- A província de Lofa, no norte, foi colocada em quarentena. Então a partir de agora ninguém está autorizado a entrar ou sair dali. Queremos proteger a população que ainda não está afetada pela epidemia - declarou Sirleaf em uma mensagem à nação transmitida pela rádio.
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