quinta-feira, 4 de junho de 2015

Coreia do Sul fecha escolas por medo de vírus MERS. Mais de 20 países foram afetados por este vírus, contra o qual não existe vacina ou tratamento.

Virús MERS deixa população da Coreia do Sul em estado de alerta (Lee Jin-man/AP)
(VEJA) Mais de 700 escolas, creches e universidades permaneceram fechadas nesta quinta-feira na Coreia do Sul, enquanto as autoridades tentam controlar o pânico provocado pelo coronavírus MERS, que já infectou 35 pessoas e matou duas. É o maior surto de Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, por sua sigla em inglês) fora da Arábia Saudita. O primeiro caso da doença foi detectado no dia 20 de maio. O paciente era um homem, de 68 anos, que passou dez dias na Arábia Saudita, foco da doença. 
No total,1.660 pessoas foram expostas - direta ou indiretamente - ao vírus estão atualmente em quarentena ou sob observação. A maioria dos casos foram relatados na Arábia Saudita, onde mais de 400 pessoas morreram desde 2012.a
Em Seul, a crescente preocupação entre os cidadãos tem se refletido em uma maior utilização de máscaras em ônibus e metrôs. As autoridades sul-coreanas são acusadas de reagir tardiamente para identificar casos potenciais após a descoberta do primeiro infectado.
Neste contexto, a Organização de Turismo da Coreia (KTO) informou nesta quinta-feira que cerca de 7.000 turistas, principalmente da China e Taiwan, cancelaram suas viagens para a Coreia do Sul. "Um cancelamento maciço dessa escala é muito incomum. Muitos turistas mencionaram o surto de MERS como a principal razão", afirmou um porta-voz da KTO à AFP.
Em uma reunião de emergência realizada na quarta-feira com as autoridades de saúde, a presidente Park Geun-Hye pediu "mais esforços" para conter a propagação do vírus e atenuar o medo entre a população.
O governo da Coreia do Sul informou que pretende instalar câmeras de imagem térmica em sua zona industrial de Kaesong, atendendo a um pedido da Coreia do Norte, para evitar a propagação do vírus para o norte. Kaesong abrange 10 quilômetros na fronteira entre as duas Coreias. Todos os dias, cerca de 500 sul-coreanos viajam para lá para trabalhar em fábricas que também empregam cerca de 53.000 trabalhadores norte-coreanos.
Tanto o coronavírus MERS quanto a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) causam uma infecção dos pulmões, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Ao contrário do SARS, o coronavírus provoca falha renal e não tem qualquer tratamento preventivo. Mais de 20 países foram afetados por este vírus, contra o qual não existe vacina ou tratamento.

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