sábado, 6 de junho de 2015

"voltar à monarquia é um caminho óbvio", diz príncipe dom Beltrand de Orleans e Bragança

Segundo na linha de sucessão, se um dia o Brasil voltasse à monarquia, o príncipe dom Bertrand de Orleans e Bragança, 74, diz ser "difícil saber quem manda" no país, que vive "um período caótico". O trineto de dom Pedro 2º faz neste sábado (6) uma palestra com o tema "A nação brasileira em uma encruzilhada de sua história" durante o 25º Encontro Monárquico, no Rio. Ele falou à coluna do Mônica Bergamo, na Folha de SP.

Folha - Haveria hoje um rei ou rainha no Brasil, falando de maneira metafórica?

Dom Bertrand - Sinceramente, ninguém. O Brasil está um caos. Está difícil saber quem manda. No próprio governo, tem ministros brigando, tem presidente que passa pito em ministro. É um período completamente caótico.
Mas há uma proposta de reforma política.
O governo propôs conselhos populares. Sou radicalmente contra, passa por cima do Congresso. Vamos cair no caos soviético, do qual a Rússia ainda está tentando sair. Tudo isso está muito indefinido. Há uma esquizofrenia nacional, um Congresso disputando poder com o Executivo.
Como será a palestra?
Mostro que hoje não se encontra um brasileiro que diga de boca cheia que a República deu certo. Todos se perguntam qual é a solução. O Brasil só foi feliz no reinado de dom Pedro 2º. Foi um período áureo... Um dia perguntaram a Sócrates: "O que devemos fazer para sermos felizes?". Ele respondeu: "Façam aquilo que faziam quando eram felizes". Essa resposta indica um caminho, um caminho óbvio.

A monarquia é a solução?

Sim. Ela mantém a estabilidade. Hoje cada governo muda os planos, a diplomacia, tenta influenciar as Forças Armadas. O segundo mandato da presidente [Dilma Rousseff] está mudando tudo, a política econômica. Não há garantia para os brasileiros, os empresários.

A economia é o que está pior?

O aspecto econômico é consequência de uma crise, que é mais moral e religiosa. Perdeu-se o temor a Deus. Haja vista os escândalos todos, mensalão, petrolão. Numa nação que respeitasse os dez mandamentos da lei de Deus, haveria ladrões, assassinos, dissolução da família? Não.

Não dá para resolver os problemas mantendo-se a República?

Já são cento e poucos anos, e o que deu? Golpe de Estado, revoluções, estado de sítio... O Brasil precisa se convencer de que a monarquia é o regime mais natural. Fazer eleições a cada quatro anos muda tudo de cima abaixo.

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