quarta-feira, 6 de abril de 2016

Instituto Trata Brasil divulga ranking do saneamento básico nas 100 maiores cidades brasileiras



Em tempos de surtos de epidemias causadas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, chykunguya e zika vírus), tendo a falta de saneamento básico apontada por especialistas como uma das razões para a proliferação, os indicadores de saneamento básico no Brasil continuam alarmantes. De acordo com os últimos dados publicados pelo Ministério das Cidades no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2014, o país ainda tem mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso aos serviços de água tratada, metade da população sem coleta de esgotos e apenas 40% dos esgotos do país são tratados. Nesse ano, a falta de saneamento básico não está sendo lembrada apenas pelas doenças do Aedes Aegypti, mas também pela Campanha da Fraternidade Ecumênica, que está discutindo os problemas de água e esgotos por todo o país.
Com o objetivo de manter sua missão de acompanhar a situação do saneamento e mobilizar a sociedade por avanços mais efetivos, o Instituto Trata Brasil publicou a mais nova versão do “Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades”. Feito em parceria com a consultoria GO Associados, especializada em saneamento básico, o estudo mostra a lentidão dos avanços, mesmo nas maiores cidades brasileiras.
O estudo demonstra que metade dos investimentos de saneamento básico no país está nas 100 maiores cidades, mas situação melhora pouco. Em 2014, os 100 maiores municípios investiram quase R$ 6 bilhões dos R$ 12 bilhões gastos no país e as 20 melhores cidades investiram o dobro das 20 piores em saneamento.

Situação demora a melhorar
“A preocupação é que os avanços em saneamento básico não só estão muito lentos no país, como cada vez mais concentrados onde a situação já está melhor. Estamos separando o Brasil em 'ilhas' de estados e cidades que caminham para a universalização da água e esgotos, enquanto que uma grande parte do Brasil simplesmente não avança. Continuamos à mercê das doenças”, alerta Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil.
Atenta a esta realidade, a Pastoral da Criança também convida à ação. “A sociedade precisa se manifestar mais, e se mobilizar. Precisamos saber com quem podemos realmente contar para mudar a situação. A adesão à temática do saneamento poderá ser um dos maiores resultados da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016. A Pastoral da Criança desenvolve ações para que todas as famílias tenham seus direitos atendidos e acesso a serviços públicos de qualidade. Ciente do seu compromisso, em colaboração com tradições religiosas e instituições, a Pastoral da Criança apoiou desde o início a escolha deste tema da campanha. Como gesto concreto, convidou seus milhares de líderes voluntários para a observarem em seus ambientes, nossa 'casa comum', o que precisa ser feito para melhorar”, afirma o gestor de relações institucionais da entidade, Clóvis Boufleur.
Com informações do Instituto Trata Brasil

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