quarta-feira, 15 de março de 2017

O que está por trás dos protestos desta quarta-feira (15)

Além da reforma da Previdência, manifestações de rua incluem demandas específicas de várias categorias, pressão pela saída de Temer e visibilidade para Lula
O protesto nacional convocado para esta quarta-feira por sindicatos de trabalhadores, partidos políticos de oposição ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), entidades estudantis e movimentos organizados de sem-teto e sem-terra, entre outros, têm como mote geral a luta contra a reforma da Previdência.
Mas não é só isso que estará em jogo nas manifestações previstas para todo o país, que inclui protestos de rua e greves de 24 horas de algumas categorias – veja o que mais move os manifestantes.
1. CONTRA AS REFORMAS
Além da reforma da Previdência, sindicatos e outras entidades de classe também se mobilizam contra as reformas trabalhista e do ensino médio e a ampliação da terceirização do mercado de trabalho. O lema que resume o movimento é “Nenhum direito a menos”.
2. MELHORES SALÁRIOS
Várias categorias de trabalhadores podem parar também por reivindicações mais específicas, como reajuste salarial e plano de cargos e salários, no caso dos professores, e contra mudanças no enquadramento jurídico da profissão, como os agentes penitenciários
3. PRESSÃO SOBRE TEMER
O lema “Fora, Temer”, que já mostrou sua força durante o Carnaval deste ano, deve dar o tom das palavras de ordem nos protestos. Organizadas principalmente pelos sindicatos, partidos e movimentos de esquerda, as manifestações devem voltar a tentar colar a pecha de “golpista” no presidente e a reivindicar eleições diretas.
4. PALANQUE PARA LULA
Já ensaiada desde o início da semana, com participação em ato de trabalhadores rurais em Brasília na segunda-feira e no tom do depoimento dado à Justiça Federal nesta terça, a volta de Lula ao jogo político deve ganhar impulso durante os protestos. Ele deverá ir ao palanque montado na avenida Paulista, próximo ao Masp, no final da tarde.
5. TOMADA DE POSIÇÃO
Diante da iminência de votações importantes no Congresso, as principais centrais sindicais querem marcar suas posições. A CUT, principal organizadora do ato, quer se consolidar como crítica ao governo, mas até a Força Sindical, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff (PT), irá às ruas nesta quarta-feira contra as propostas de Temer.

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