sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Reitor sugere Cartão Cultural pelo Governo do Estado, para estudantes e professores

O  reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, destacou a importância da 7ª Festa Literária de Ilhéus (FLI) ao citar o evento como essencial para a valorização da literatura e da cultura local, além de estimular a educação e o envolvimento social. 
Durante a abertura Alessandro Fernandes, frisou o papel da Uesc, da Academia de Letras de Ilhéus e da Fundação Pedro Calmon, na criação da Festa Literária de Ilhéus, enaltecendo a adesão de outras instituições. Afirmou que o evento é relevante para toda a região, ressaltando o legado de Jorge Amado e o papel da literatura na formação social e cultural, especialmente em um contexto que deve valorizar os povos originários e suas contribuições para a história do país.
Diante de autoridades, estudantes, autores e produtores culturais, o reitor, ressaltou o papel da Uesc, da Academia de Letras de Ilhéus e da Fundação Pedro Calmon, na criação da Festa Literária de Ilhéus, enaltecendo a adesão de outras instituições. O professor Alessandro Fernandes, citando o ex-secretário nacional do livro, o baiano Waly Salomão, sugeriu a criação do Cartão Cultural pelo Governo do Estado, para estudantes e professores. O cartão seria destinado a aquisição de livros e acesso a salas de cinema e teatro e outros nichos de difusão cultural.
A 7ª Festa Literária de Ilhéus (FLI) acontece até sexta-feira, 15 de novembro, com um novo formato, no Centro de Convenções de Ilhéus, aberta ao público, convergindo diversas atividades e linguagens artísticas, e personalidades da cultura de renome regional e nacional. A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) participa do evento, desde a primeira edição, através da Editus (Editora da Uesc), com a promoção de autores, professores ou não, no âmbito regional. 
Este ano, as professoras Rita Argollo, diretora da Editus, e Dinalva Melo, estão à frente da curadoria do Espaço Jorge Amado, e a professora Camila Gusmão é a curadora do Espaço Juventudes. Além delas, um elenco de autores e professores estará presente em lançamentos de livros, diálogos, debates e outras ações durante a programação da FLI, cujo tema é “A Princesinha do Sul no Mundo da Literatura.”

PLANSERV: No limite, diz Jerônimo

( Do Correio )Pressionado por mais uma crise assistencial no funcionamento do Planserv, o governador Jerônimo Rodrigues soltou frases ao vento para não ficar encurralado diante da ausência de soluções do seu governo. “Estou chegando no meu limite”, disse o petista, apontando sinais de cansaço em lidar com o tema. Ele ainda confessou que pediu à Secretaria de Administração uma “decisão drástica” sobre o problema crônico. Além de mostrar pouca familiaridade técnica com a gestão do plano, Jerônimo ignorou que parte da crise estabelecida vem do fato de os governos petistas terem cortado pela metade a contribuição patronal que cabe ao estado para a manutenção do Planserv. A transferência de 5% caiu para 2,5%.
Outro aspecto que pesa diretamente para a falência do Planserv vem das gambiarras administrativas que foram feitas ao longo dos últimos anos, permitindo incluir na assistência de saúde os funcionários de empresas públicas. Assim, fica para elas a transferência patronal, o que alivia a carga direta do estado. Mas isso só ocorre enquanto o trabalhador está na ativa, depois disso a empresa para de pagar e a única contribuição que cai na conta do Planserv é a do servidor.

Uesc presente na 7ª Festa Literária de Ilhéus

A professora Rita Argollo lembra a história do evento, que começou em 2013, quando a Uesc criou a Feira Universitária de Livros, que acontecia no Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, com oficinas, a biblioteca móvel da Fundação Pedro Calmon (Bibex), Proler, rodas de conversa, entre outras ações. Cerca de dois anos depois, a Academia de Letras criou o Festival Literário de Ilhéus (Flios), também em parceria com a Editus.
“Em determinado momento, a gente percebeu que estava dividindo forças realizando dois eventos e que era importante levar a Feira do Livro da Uesc para a praça pública, bem como o festival literário. Então, juntamos os dois eventos e nasceu a Festa Literária de Ilhéus, agora em sua sétima edição. Desde o ano passado, a gente começou a entender que a FLI já tinha crescido o suficiente para se sustentar”, explicou Rita Argollo.
Este ano, a Uesc autorizou o uso da marca do evento, que contou com a captação de recursos feita através da empresa Sarça Comunicação. “A opção da produtora foi mudar de espaço. Então, está sendo feita essa experiência no Centro de Convenções. Outra novidade é que convidamos o Projeto Ciranda na Praça para cuidar da praça de alimentação e da exposição do artesanato. Assim, a gente espera que o evento alcance ainda maior sucesso”, acrescentou a diretora da Editus.
A Editora da Uesc vai estar na Festa Literária com uma feira de livros em um estande conjunto com outras editoras universitárias, como tem ocorrido nas diversas feiras literárias Bahia e Brasil a fora. Lá também estarão a Eduefs, Eduneb, Edições Uesb e Edufba.

Uesc realiza I Mostra de Saúde e Bem-estar 50+

A Enfermagem cuidando da comunidade do Salobrinho
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) realizou no dia 22 de outubro o Projeto de Extensão Laboratório de Saúde do Idoso/NEPEMENF, do Departamento de Ciências da Saúde (DCSAU). A ação na Escola Municipal Prof. Jardelina Azevedo Leal, Salobrinho, Ilhéus, no período matutino com o objetivo de promover educação para o autocuidado e oferecer serviços de saúde e bem-estar para pessoas com idade igual ou superior a 50 anos.
Foram oferecidos aferição da pressão arterial, medida da glicemia capilar, avaliação dos pés de pessoas com diabetes, orientação sobre cuidados com a prevenção de lesões nos pés de pessoas com diabetes, prevenção de quedas no domicílio, prevenção da polifarmácia, estilo de vida saudável e bem-estar mental. Além de sorteio e lanches.
A ação contou com a parceria de gestores da Escola, da Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus, de Profissionais da Unidade de Saúde da Família do Salobrinho, do Projeto de Extensão Caravana Itinerante pela Segurança do Paciente, da Rede de Cuidado em Diabetes Mellitus e do Núcleo de Estudos do Envelhecimento, além da participação dos discentes e docentes das disciplinas Enfermagem na Atenção à Saúde do Idoso, Estágio Obrigatório em Serviços de Atenção Primária à Saúde e Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto I.
DE acordo com a professora Andrea Souza, coordenadora do projeto, “a promoção da saúde e a prevenção de doenças e de problemas comuns na velhice são importantes durante o processo de envelhecimento e na vivência de uma velhice ativa e saudável. Estar bem informado sobre como realizar o autocuidado nas condições crônicas, prevenir eventos que podem reduzir a saúde física ou psicoemocional e estar motivado para adotar ou manter um estilo de vida saudável são ações fundamentais para viver mais e melhor.”

sábado, 10 de agosto de 2024

Século XXI: a cara da destruição

“O Ecocídio, o Etnocídio e o Genocídio são armas de destruição em massa que, somadas, anunciam uma civilização que, como imperativo ético, não se sustenta, pois os seus alicerces estão baseados na política da destruição e a morte”, escreve Alfonso Insuasty Rodríguez, professor universitário, membro da Rede Interuniversitária pela Paz – REDIPAZ, em artigo publicado por Desinformémonos, 06-08-2024. A tradução é do Cepat.
Eis o artigo.
No século XXI, os alicerces da hegemonia ocidental estão acelerando o seu colapso, desmoronando-se face a uma política global de destruição. No mundo atual, grande parte da riqueza gerada no hemisfério norte provém da apropriação de rendas da natureza transferidas do sul. Ao longo da história, as elites dominantes e as corporações, apoiadas pelo aparelho estatal, sequestraram o interesse geral para garantir a sua continuidade e privilégios, por meio de estratégias de exploração e atraso dos povos.
Essas práticas permitiram que certos estados, elites e corporações acumulassem riqueza e poder à custa de outros povos e nações. As políticas de expropriação e exploração do ambiente têm sido ferramentas fundamentais para as potências hegemônicos, levando à destruição de culturas, povos e ambiente natural. Hoje, esta lógica persiste, levada ao extremo com o uso de tecnologias avançadas que ameaçam a própria existência da humanidade.
A transferência de riqueza e poder segue a lógica espacial capitalista, afetando tanto os centros quanto os territórios periféricos. A crise da economia mundial evidencia uma tendência crescente de expropriação da periferia, que agora enfrenta desafios como a transição energética, a digitalização, a inteligência artificial e as guerras híbridas. A destruição acelerada da natureza e a violência contra as culturas e comunidades são sintomas de um sistema econômico em crise profunda, buscando perpetuar o seu domínio através da exploração intensiva de recursos e da opressão dos mais vulneráveis.
O Ecocídio
A civilização ocidental sustenta seu modelo de desenvolvimento em um crescimento ilógico e ascendente, aprofundando a exploração de recursos naturais, mesmo diante dos alertas de relatórios como o do IPCC, que indicam a ultrapassagem do limite de depredação da terra, precipitando uma crise ecológica sem precedentes (IPCC, 2023).
As florestas, fundamentais para o equilíbrio ecológico e a biodiversidade, estão sendo devastadas. O desmatamento e a conversão de terras para a agricultura industrial e a extração de minerais destroem habitats e espécies, comprometendo a capacidade dos ecossistemas de regular o clima e conservar a água (FAO, 2022).
O IPBES Global Assessment Report (2019) indica que aproximadamente um milhão de espécies estão em risco de extinção, muitas delas dentro de décadas. A atividade humana alterou significativamente 75% do ambiente terrestre e 66% do ambiente marinho. Os principais impulsionadores desta perda incluem mudanças no uso da terra e do mar, exploração direta de organismos, mudança climática, poluição e espécies invasoras.
Segundo o Living Planet Report 2022 (WWF), as populações de vertebrados diminuíram em média 69%, desde 1970. As espécies de água doce sofreram uma queda de 83%. Na América Latina e o Caribe, a diminuição foi de 94%. Os fatores desta diminuição incluem a perda de habitat, a superexploração, as espécies invasoras, a poluição, a mudança climática e as doenças.
O relatório Biodiversity and Ecosystem Services (2021) destaca como a perda de biodiversidade afeta as comunidades humanas, especialmente as mais pobres e indígenas, que dependem diretamente da natureza para a sua subsistência e cultura. Esses grupos sentem os impactos de forma mais aguda.
As potências globais, os governos e as entidades internacionais observam com alarmante passividade, enquanto estes processos destrutivos se aceleram (Córdoba e Burbano Narváez, 2023). As terras disponíveis são vistas como os últimos rincões para a exploração, conforme apontado tanto pela FAO quanto pelo Banco Mundial.
O relatório da FAO projeta a necessidade de alimentos para uma população mundial que ultrapassará 9 bilhões, em 2050 (FAO, 2009), e calcula a quantidade de terras férteis que resta disponível. O Banco Mundial, por sua vez, facilita a passagem dessas terras para as mãos de investidores e empresários, sob a lógica da acumulação e da espoliação, garantindo a destruição.
O etnocídio

Uesc promove Calourada Acadêmica para recepcionar estudantes

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) promove, de 12 a 15 de agosto, a Calourada Acadêmico-Esportiva e Artístico-Cultural Unificada 2024.2. O evento conta com uma programação diversificada para integrar e acolher os novos discentes ingressantes da Instituição.
Coordenadas pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), juntamente com as Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), de Extensão (Proex), de Ações Afirmativas e Permanência Estudantil (Proape), e com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), as atividades buscam incentivar a participação de toda a comunidade acadêmica.
Nestes quatro dias, a programação inicia com a Aula Inaugural, no dia 12 de agosto, às 9 e às 19 horas, no Auditório do Centro de Arte e Cultura da Universidade, que será proferida pelo Prof. Dr. Luiz Otávio de Magalhães, reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), sobre o tema “Universidade, conhecimento e engajamento em tempos de cultura digital”.
Aviso - A Pró-Reitoria de Graduação lembra aos estudantes quanto à proibição da prática de trotes para recepcionar os calouros, conforme a Resolução Consu Nº 05/2008, aprovada pelo Conselho Universitário, em 30 de setembro de 2008.

Febre Oropouche leve a novo surto de microcefalia no Brasil, temem especialistas

Por muito tempo negligenciado,
vírus já foi detectado em 20 estados.
Foto: Divulgação/Fio Cruz
Quase uma década depois da explosão de casos de microcefalia no Brasil devido ao zikavírus, o país tem no radar uma nova ameaça, já que especialistas sinalizam temer que a febre oropouche possa aumentar, novamente, os casos de malformação em bebês.
O alerta se evidenciou depois que o Ministério da Saúde confirmou esta semana o caso de um bebê nascido no Acre com anomalias congênitas associadas à transmissão vertical (de mãe para filho) de oropouche, que morreu após 47 dias de vida. Os exames pós-parto constataram que a mãe, de 33 anos, havia contraído o vírus oropouche. Ela havia apresentado sintomas da doença no segundo mês de gestação.
De acordo com o G1, o Ministério da Saúde também confirmou um caso de aborto espontâneo causado pela infecção do vírus e investiga outras oito suspeitas de malformação e óbito fetal entre bebês de mulheres que foram diagnosticadas com a oropouche.
Especialistas relataram ao portal ainda não saber qual a real prevalência dessas alterações congênitas. "O potencial de aumentar existe, mas a extensão desse aumento é difícil de afirmar", avalia José Luiz Proença Módena, virologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Já o epidemiologista José Geraldo Ribeiro pondera que o risco de uma epidemia em larga escala de oropouche levar a um surto de casos de microcefalia da mesma magnitude do que ocorreu com o zikavírus é pouco provável, "mas não impossível". "Qualquer vírus capaz de gerar malformação é uma preocupação", acrescenta.
Vale lembrar que em 2017, durante a 69ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o microbiologista da Universidade e São Paulo (USP) Luiz Tadeu Moraes Figueiredo previu que o oropouche se tornaria um problema de saúde pública no país. Na época, ele identificou casos em macacos contaminados em Minas Gerais e no sul da Bahia.

Uesc inicia segundo semestre letivo

O segundo semestre letivo 2024 da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) começa segunda-feira, dia 12 de agosto, para os cursos de graduação e pós-graduação. O início do período terá Aula Magna ministrada pelo Professor Dr. Luiz Otávio de Magalhães, reitor da Universidade Estadual do Sul da Bahia, com o tema “Universidade, conhecimento e engajamento em tempos de cultura digital”.
A solenidade está marcada para as 09 e as 19 horas no Auditório Paulo Souto e será presidida pelo reitor Alessandro Fernandes, para quem “a relação entre universidade, conhecimento e engajamento em tempos de cultura digital é um tema de grande relevância e complexidade. As transformações profundas que a era digital impôs à sociedade em geral e ao ambiente acadêmico em particular, exigem uma reflexão aprofundada sobre o papel das instituições de ensino superior nesse novo contexto”.
“A universidade do futuro será um espaço de aprendizado contínuo, colaborativo e conectado com o mundo. Ela precisará formar profissionais capazes de lidar com a complexidade e a incerteza do mundo contemporâneo e terá a responsabilidade de promover a construção de um futuro mais justo e sustentável”, conclui Fernandes.
Luiz Otávio de Magalhães - Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Campus de Franca), mestrado em História Social e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professor Titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Membro do Conselho Estadual de Educação - Bahia, atuando na Câmara de Ensino Superior, no período de 2008 a 2018. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Grécia Antiga, abordando principalmente os seguintes temas: Grécia Antiga, Democracia Ateniense, Historiografia Grega, História e Literatura, Cultura Escrita e Oralidade no Mundo Greco-Romano. É professor do programa de Mestrado em Letras: Cultura, Educação e Linguagens, da Uesb, com estudos, pesquisas e orientações abrangendo história e literatura, oralidade e escrita. Foi editor responsável da Revista Politeia: História e Sociedade, no período de 2001 a 2017. Atualmente é Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

6ª temporada do Programa Univerciência estreia na TV UESC

O Programa e a transmissão será todas as terças-feiras
O Univerciência é o primeiro programa brasileiro de TV e Internet dedicado à popularização da ciência produzida no Nordeste do país. O programa vai estrear a 6° temporada neste sábado dia 10 de agosto, às 13h30, pela TV-UESB e TVE-Bahia. O programa supera a marca de 300 pesquisas divulgadas e mais de 1000 pesquisadores entrevistados nos 9 estados do Nordeste brasileiro. A TV-UESC, da Universidade Estadual de Santa Cruz, é parceira do programa e a transmissão serão todas as terças-feiras, a partir do dia 12 de agosto às 14h, pelo canal do youtube.
Criado em 2020 pela TV-UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), o Univerciência é uma parceria entre o Canal Futura, TVE-Bahia e cerca de 50 instituições públicas de ensino superior do país, que conta com conteúdo colaborativos com alcance e repercussão nacional, através da veiculação em 25 TVs públicas, educativas, culturais e universitárias, e nos canais das emissoras e das universidades na Internet. Desde a criação do programa, em 2020, a TV-UESC participa da parceria.
O Univerciência surge com o objetivo de popularização do conhecimento científico, ressaltando a importância da divulgação das pesquisas desenvolvidas pelas instituições de ensino técnico e superior do Nordeste. Com uma linguagem acessível e de fácil entendimento do público, o programa mostra o processo de desenvolvimento das pesquisas e seu impacto social.
Neste ano 2024, a EBC - Empresa Brasil de Comunicação - via TV Brasil, passou a fazer parte do programa, com transmissão nacional e potencial de audiência de até 180 milhões de pessoas nos 27 estados brasileiros. Em toda cadeia de produção do programa, estão envolvidas cerca de 800 mil pessoas entre estudantes, docentes e técnicos das instituições produtoras e atinge um público, em média, de 8 milhões de pessoas nas redes sociais.
Nessa 6° temporada serão exibidos 15 programas de 26 minutos, que trazem resultados de pesquisas com temáticas variadas de diversas áreas da ciência. O programa pode ser assistido em diferentes dias e horários nas diversas emissoras de TV aberta, e é disponibilizado semanalmente na Internet por cada TV e universidades participantes.
O Univerciência pode ser visto em sinal aberto nas seguintes emissoras: na Bahia, pela TV-UESB, TVE-BAHIA e TV-ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia); no Ceará, pela TVC; no Espírito Santo, pela TVE-ES; em Goiás, pela TV-UFG, no Maranhão, pela TV-UFMA e TV-IFMA; em Minas Gerais, através da Rede Minas; em Pernambuco, através da TVU Recife e da TV-PE; no Piauí, pela TV-Antares e TV Assembleia; no Rio Grande do Norte, pela TVU RN; em Santa Catarina, através da TV-UFSC; em São Paulo pela TVT; em Sergipe, na TV-Aperipê; no Canal Educação da TV-Brasil; e ainda pela TV-Brasil, Canal Saúde, para a Região Metropolitana de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; e no Canal Futura. Esses três últimos canais também estão disponíveis através de operadoras de TV por assinatura e por parabólica para todo o Brasil.
Com o avanço contínuo da ciência e a crescente demanda por conhecimento acessível, o Univerciência se destaca como uma iniciativa para a divulgação de pesquisas e inovações do Nordeste brasileiro, e fortalece o papel da divulgação científica para o público.

Física quântica explora teoria de que realidade é simulação

E se a realidade não for nada mais do que uma simulação extremamente complexa? Em experimento controverso, pesquisadores testam essa possibilidade em laboratório.
Embora altamente especulativa, teoria, 
se comprovada, poderia mudar radicalmente 
a compreensão da realidade
Foto: Photoshot/dpa/picture alliance

Um grupo de físicos liderado por Thomas Campbell, ex-cientista da Nasa, está investigando uma teoria que pode revolucionar a compreensão do universo: a hipótese da simulação, que propõe que a realidade pode ser uma simulação complexa.
A equipe de cientistas, que também inclui Farbod Khoshnoud, da Universidade Politécnica Estadual da Califórnia, em Pomona (CalPoly), está atualmente na vanguarda dessa teoria controversa. A hipótese é que o universo poderia funcionar como um videogame, gerando uma realidade "sob demanda" para observadores conscientes.
Experimento da dupla fenda
Tal hipótese, há muito teorizada por filósofos e popularizada pelo filme sucesso de bilheteria Matrix, de 1999, baseia-se numa interpretação não convencional da mecânica quântica, especificamente no famoso experimento da dupla fenda.
Nesse experimento, quando a luz é disparada através de duas fendas, observa-se um padrão de interferência, indicando que a luz age como uma onda. Entretanto, ao observar a luz com detectores, esse padrão desaparece, sugerindo que a própria observação afeta o comportamento das partículas. Em outras palavras, as partículas subatômicas parecem se comportar de forma diferente quando observadas, algo que tem intrigado os físicos.
Campbell sugere que esse fenômeno pode ser um de que a realidade só é "renderizada" no momento da observação, da mesma forma que um jogo de computador só gera as partes do mundo virtual que o jogador está vendo na medida em que ele joga.
Experimentos para testar a hipótese da simulação
Para verificar essa hipótese, a equipe desenvolveu uma série de experimentos, descritos em seu artigo On testing the simulation theory, publicado em 2017 no The International Journal of Quantum Foundations, que são variações do experimento da dupla fenda.
"Duas estratégias podem ser seguidas para testar a teoria da simulação", explica a equipe no artigo, também publicado no servidor de preprints eletrônicos arXiv. " (1) Testar o momento da renderização; (2) Explorar requisitos conflitantes de preservação de consistência lógica e prevenção de detecção para forçar o mecanismo de renderização de RV a criar descontinuidades em sua renderização ou produzir um evento de assinatura mensurável em nossa realidade que indique que nossa realidade deve ser simulada."
Num dos experimentos mais simples, eles propõem armazenar dados sobre a trajetória das partículas e os padrões que elas formam em pendrives separados e, em seguida, destruir aleatoriamente alguns deles antes que alguém veja os resultados.
Se os padrões de interferência só aparecerem quando os dados da trajetória correspondente tiverem sido destruídos, eles argumentam que isso poderia indicar que a realidade está sendo gerada no momento da observação.
A equipe propôs outras versões mais complicadas do experimento, que estão disponíveis em seu artigo.
Experimentos baseados na mecânica quântica
sugeriram que a observação poderia afetar o 
comportamento das partículas Foto: Roman
Budnikov/Zoonar/picture alliance
Consciência, um elemento essencial da realidade
De acordo com um comunicado recente, a teoria da simulação de Campbell difere do conceito de "simulação ancestral" proposto pelo filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que formulou a hipótese da simulação. "Nossa hipótese difere da de Bostrom por considerar a consciência como um elemento essencial da realidade, e não como resultado da simulação", diz Campbell.
"Se todos os cinco experimentos funcionarem como esperado, eles desafiarão a compreensão convencional da realidade e revelarão conexões profundas entre a consciência e o cosmos", acrescentou o cientista especialista em física aplicada da Nasa e do Departamento de Defesa dos EUA.
Para financiar esses experimentos, Campbell criou uma organização sem fins lucrativos, o Centro para a Unificação da Ciência e da Consciência (Cusac, na sigla em inglês). Segundo um comunicado de imprensa, ele também arrecadou fundos por meio do site de financiamento coletivo Kickstarter para realizar a pesquisa.
Teoria especulativa e controversa
É importante observar que essa teoria é altamente especulativa e controversa. Muitos físicos acreditam que há explicações mais plausíveis para os fenômenos quânticos que não exigem a suposição de que a realidade humana seja uma simulação.
Nesse sentido, é improvável que esses experimentos forneçam uma prova definitiva da hipótese. No entanto, há cientistas que persistem em suas pesquisas nessa área, como Melvin Vopson, da Universidade de Portsmouth.
Vopson explorou a possibilidade de que uma nova lei da física poderia sustentar a teoria do universo simulado, um conceito que chamou a atenção de figuras como Elon Musk. Esse campo, parte da física da informação, sugere que a realidade poderia ser composta principalmente de unidades de informação, semelhantes a bits. Numa pesquisa anterior, Vopson propôs que a própria informação possui massa e que as partículas elementares contêm informações sobre sua identidade, de forma análoga ao DNA humano.
Embora as teorias possam ser radicais demais para muitos, o mundo científico continua a observá-las com uma mistura de ceticismo e curiosidade. Independentemente do resultado, o que parece claro é que a pesquisa de Campbell capturou não apenas a imaginação dos cientistas, mas também do público em geral. E não é de se admirar: a ideia de que a realidade poderia ser uma simulação, que tem sido um tema recorrente na ficção científica, está finalmente sendo explorada nos laboratórios de física.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Academia de Letras de Ilhéus realiza Sessão da Saudade para Soane Nazaré de Andrade

A Academia de Letras de Ilhéus (ALI) realiza, no dia 5 de agosto, segunda-feira, às 18h30min, a Sessão da Saudade em homenagem ao acadêmico Soane Nazaré de Andrade, um dos fundadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), falecido em 27 de julho de 2023. A solenidade, aberta à comunidade, será realizada na sede da entidade, situada à Rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, no centro histórico.
Sob a presidência do acadêmico Pawlo Cidade, a saudação ao homenageado será feita pelo confrade Josevandro Nascimento, que abordará a vida e a obra de Soane Nazaré, ressaltando os três livros escritos por ele. Nascido em 5 de agosto de 1933, em Uruçuca, à época chamado Água Preta e pertencente ao município de Ilhéus, Soane é filho de Adjovânio Andrade e Selika Nazaré Andrade, tendo como irmãos, Deir, Gilta, Denílson, Vera, Suzana e Antônio.
Os pais mudaram para cidade de Ilhéus quando ele tinha seis anos de idade. Estudou na Escola Afonso de Carvalho e no Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne - IME. Em Salvador, no Colégio da Bahia e na Faculdade de Direito da Bahia, onde se formou, em 1953. Casado com Heloisa Cavalcante Andrade, tiveram quatro filhos: Ana Virgínia, Luís Frederico, Soane Jr. e Maria Valéria.
Soane Nazaré foi professor no IME, diretor da Penitenciária do Estado da Bahia; fundador, diretor e professor (Direito Constitucional e Direito Político) da Faculdade de Direito de Ilhéus (FDI); Chefe de gabinete do Ministro das Comunicações, Carlos Simas, de 1968 a 1969; delegado do Brasil na Conferência das Comunicações, em Genebra, Suíça, em 1969.
Fundador da antiga FESPI (Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna), onde foi o seu primeiro reitor e professor de Direito Constitucional, que originou a Uesc. O campus da atual Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que completou 50 anos, tem o seu nome. Soane também foi idealizador da Universidade Livre do Mar e da Mata (Maramata), criada em Ilhéus para difundir ideias de preservação ambiental. Tornou-se membro da Academia de Letras de Ilhéus a 25 de junho de 1981, ocupando a cadeira 32, que tem como Patrono Pethion Villar e fundador, Flávio de Paula.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Professoras da Uesc participam de seminário Internacional

As professoras coordenadoras do Projeto de Pesquisa e Extensão Ser Mulher - Serviço de Referência dos Direitos da Mulher, Aline Setenta e Natália Silveira, estão representando a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) no Seminário Internacional Fazendo Gênero, promovido pelo Instituto de Estudos de Gênero da Universidade Federal de Santa Catarina, no campus da UFSC, em Florianópolis.
O evento, que foi aberto em 29 de julho e o encerramento no dia e de agosto, é considerado o maior e um dos mais importantes eventos acadêmicos do assunto na América Latina. Esse ano conta com mais de seis mil pesquisadoras e pesquisadores do Brasil e do mundo.
O “Fazendo Gênero 13 contra o fim do mundo: anticolonialismo, antifascismo e justiça climática” tendo a proposta de ser um espaço interdisciplinar de diálogo, trocas e possibilidades de formação de redes transnacionais, que incluam pesquisadoras/es, artistas e também ativistas de movimentos sociais, articulando uma aproximação entre a academia e as experiências de mundo marcadas pela diferença e pela diversidade, nos atravessamentos de pesquisa, arte e ativismo.
“O Seminário é um importante espaço de convivência entre acadêmicas e ativistas que possibilita a troca de experiências de pesquisa e extensão com foco em gênero e sexualidade, temas relacionados atuação do Projeto Ser Mulher e reforça sua relevância para o Departamento de Ciência Jurídicas e toda Uesc,” destaca a professora Dr. Fernanda Viana Lima, diretora do DCJur.

Febre Oropouche: sobe para 839 o número de casos na Bahia; Ilhéus é a cidade com mais diagnósticos

Doença viral é transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim.
Sobe para 839 o número de casos de
Febre Oropouche na Bahia
Foto: Flávio Carvalho/WMP/Fiocruz
(Por g1 BA e TV Bahia) Subiu para 839 o número de casos confirmados da Febre Oropouche na Bahia. Os dados mais recentes foram atualizados nesta segunda-feira (29), após levantamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A doença foi mapeada em 58 municípios do estado.
O primeiro caso da doença em Salvador foi registrado no dia 10 de abril. Em todo o estado, Ilhéus lidera a lista com 112 diagnósticos positivos. Logo em seguida, estão Gandu, com 82, e Uruçuca, com 68. Todas elas ficam no sul da Bahia.
Confira municípios com casos confirmados da doença:
Salvador (16)
Jiquiriçá (2)
Laje (29)
Cairu (7)
Camamu (41)
Gandu (82)
Ibicaraí (2)
Itabuna (23)
Ubatã (2)
Ilhéus (112)
Uruçuca (68)
Una (1)
Com as atualizações, algumas cidades podem sair da lista ou apresentar redução de diagnósticos positivos, se a investigação concluir que a origem partiu de outro município.
👉 A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.
👉 Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya.
👉Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, apenas medidas focadas no alívio dos sintomas.
Secretaria da Saúde da Bahia registra novos
casos de Febre do Oropouche
 Foto: Divulgação/Sesab

Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou ações de investigação nas regiões em que houve registros. Técnicos da Vigilância Epidemiológica fazem captura do mosquito transmissor para identificar se estão infectados e compreender melhor o cenário.
Por meio de nota, a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, disse que o poder público está em alerta desde o primeiro caso confirmado.
“Toda vez que falamos em agravo de interesse a saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma.
Ainda de acordo com Márcia São Pedro, é importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes. “Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma. Ela destaca que, ao aparecer sintomas, deve-se buscar uma unidade de saúde.
Ministério da Saúde confirma mortes por febre oropouche na Bahia
As duas mortes por Febre do Oropouche ocorridas na Bahia neste ano foram as primeiras registradas em todo o mundo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (25). Conforme o órgão, "até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença".
As mortes já tinham sido divulgadas pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), que fez as investigações. O Ministério destacou que as vítimas são mulheres, moradoras do interior, com menos de 30 anos, sem comorbidades, que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
De acordo com a Sesab, os dois óbitos primeira morte por Febre do Oropouche no estado ocorreram na região do baixo sul. O primeiro foi registrado no dia 17 de junho. A paciente tinha 24 anos, morava em Valença, e a morte aconteceu no mês de março.
Na segunda-feira (22), foi registrada a segunda morte. A paciente tinha 21 anos. O óbito aconteceu em maio deste ano, mas só foi divulgado depois porque, assim como no primeiro caso, diversos exames precisaram ser feitos para que a causa fosse confirmada.
A Sesab detalhou que as mulheres foram internadas com febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômito, diarreia, dores em membros inferiores, dor retroorbital, dores musculares, além de fraqueza, falta de energia e cansaço.
Os sintomas evoluíram com sinais mais graves, como sangramentos nasal, gengival e vaginal, hipotensão, queda brusca de hemoglobina e plaquetas até o óbito

Pela primeira vez em Ilhéus, Márcio Micheli

Imersão Inteligência Emocional | 2 a 4 de agosto | Centro de Convenções
A proposta de realizar a Imersão em Inteligência Emocional – Método EVO/Impacto de três dias, transmissão presencial, conduzida pelo renomado palestrante Márcio Micheli, surge em resposta a uma crescente demanda por habilidades socioemocionais no contexto atual. A cidade de Ilhéus, na Bahia, apresenta um ambiente propício para tal iniciativa, considerando seu histórico cultural e educacional vibrante, bem como a necessidade de desenvolvimento pessoal e profissional de sua população jovem e adulta.
Nos últimos anos, a inteligência emocional tem sido amplamente reconhecida como um fator crucial para o sucesso pessoal e profissional. Em um mundo cada vez mais dinâmico e interconectado, habilidades como autoconhecimento, controle emocional, empatia, e relacionamento interpessoal tornaram-se essenciais. Ilhéus, com sua rica diversidade cultural e histórica, oferece um cenário ideal para explorar e desenvolver essas competências, proporcionando aos seus moradores uma oportunidade única de crescimento e aprimoramento.
A imersão é direcionada a indivíduos com idade igual ou superior a 16 anos, abrangendo estudantes de instituições de ensino, funcionários de órgãos públicos, comerciantes, empresários e membros de entidades religiosas. A proposta visa criar um impacto amplo e diversificado, beneficiando diferentes setores da sociedade. Parcerias com escolas, universidades, secretarias municipais, associações comerciais e religiosas garantirão um alcance e engajamento significativo.
A Imersão em Inteligência Emocional – Método EVO/Impacto em Ilhéus demonstra ser um caminho bastante positivo para promoção do bem-estar emocional e a eficiência nas relações interpessoais e um bom recurso para melhoria do IDH local e as condições de violência da cidade. Ou seja, esses indicadores servem como base para a concepção da proposta de imersão, consolidando um modelo de treinamento intensivo e eficaz.
O diferencial desta proposta em relação a outras iniciativas similares reside em sua abordagem holística e personalizada. Ao invés de se limitar a palestras e workshops pontuais, a imersão de três dias oferece um ambiente contínuo de aprendizado e prática, permitindo aos participantes internalizar e aplicar os conceitos de inteligência emocional de maneira mais profunda e duradoura.
Adicionalmente, a proposta inclui atividades práticas, dinâmicas de grupo, e indicações de sessões de mentoria individual, assegurando que cada participante receba atenção personalizada e suporte contínuo. Isso não só enriquece a experiência de aprendizado, mas também garante resultados mais sólidos e aplicáveis no dia a dia dos participantes.
A imersão de inteligência emocional proposta representa uma oportunidade valiosa para o desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores de Ilhéus. Com um enfoque inclusivo e abrangente, a iniciativa promete fortalecer a coesão social e promover um ambiente mais harmonioso e produtivo em toda a cidade. A colaboração com diversas instituições locais será crucial para o sucesso desta empreitada, garantindo que os benefícios alcancem todos os segmentos da comunidade.


Ilhéus recebe a Turnê "Camerata NEOJIBA na Bahia", com o violinista francês David Grimal e o pianista baiano Ricardo Castro

Dois dos maiores músicos da atualidade, o violinista francês David Grimal e o pianista baiano Ricardo Castro, viajarão pela Bahia numa turnê inédita, acompanhados pelos talentosos jovens da Camerata NEOJIBA. O concerto de abertura será realizado em Ilhéus, no dia 5 de agosto, com entrada gratuita.
A Turnê “Camerata NEOJIBA na Bahia” levará um repertório inspirador, com peças de compositores europeus e brasileiros de diferentes épocas.
O público poderá apreciar o "Concerto para violino, cordas e contínuo em ré menor", de Bach, a "Sinfonia de câmara para orquestras de cordas", de Shostakovich, o prelúdio das "Bachianas Brasileiras n.4", de Villa-Lobos, além de composições contemporâneas do baiano Elomar Figueira Mello, natural de Vitória da Conquista.
A apresentação de estreia da turnê ocorrerá na Catedral de São Sebastião, no centro histórico de Ilhéus, às 19 horas. O acesso é livre, sujeito à lotação do espaço. Os concertos continuam em Itabuna (6/8), Vitória da Conquista (7/8), Lençóis (9/8) e Salvador (11/8).
Oportunidade única
Esta será a primeira vez que Grimal e Castro, diretor-geral do NEOJIBA, se apresentam juntos no interior da Bahia. É uma oportunidade única de assistir aos músicos, que acumulam prêmios internacionais ao longo da carreira e costumam se apresentar com as melhores instituições musicais do mundo.
A Camerata NEOJIBA, formada especialmente para a turnê, reúne músicos selecionados entre os integrantes do naipe de cordas da Orquestra NEOJIBA, principal formação do programa. O grupo tem 14 instrumentistas, que também atuam como multiplicadores.
Os artistas tiveram a oportunidade de desenvolver um trabalho intenso de preparação com Grimal, que além de ser um famoso violinista é também professor. Atualmente, ele ensina na Escola Superior de Música de Saarbrücken, na Alemanha, e a partir de setembro de 2024 assume a cátedra de violino do famoso Conservatório Superior de Paris. Grimal também é o criador da inovadora orquestra sinfônica “Les Dissonances”, que realiza concertos sem maestro. Durante a turnê, os músicos seguirão esta mesma filosofia e tocarão sem regente.

A Turnê “Camerata NEOJIBA na Bahia” conta com patrocínio do Nubank, através da Lei de Incentivo à Cultura.

Confira a programação completa:
Concertos da Turnê Camerata NEOJIBA na Bahia
Ilhéus (05/08)
Catedral de São Sebastião (Centro Histórico, s/n), às 19h
Classificação livre

Itabuna (06/08)
Teatro Candinha Dória (Av. Fernando Gomes, n. 665-701 - Nossa Sra. das Graças), às 19h
Classificação livre

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Destaque em “Impuros”, ator ilheense Vinicius Patrício fala sobre nova temporada da série e revela expectativas para voltar ao teatro: “Mágico”

(Redação Alô Alô Bahia - Luana Veiga) A série “Impuros”, que estreia a sua quinta temporada no Disney+, traz como um dos destaques o ator ilheense Vinicius Patrício, que interpreta o personagem Juninho, um jovem do morro do Dendê envolvido com tráfico de drogas que, após ver a morte de perto, decide dar um novo rumo para a sua vida. “O Juninho encontra no evangelho a base para sua mudança. Mas sair da vida do crime não é tão fácil. Vejo essa quinta temporada como mais uma tentativa dele em cumprir sua missão, mesmo vendo seus planos sempre esbarrando nas ordens e desejos do Evandro”, explica o ator.
O baiano de Ilhéus, que hoje tem 35 anos, começou a atuar na série em 2018, quando tinha 29, e revela que a transformação temporal do personagem impactou diretamente na sua transformação profissional. “O amadurecimento do Juninho se reflete também no meu amadurecimento. Os diretores e roteiristas captam essas transformações e trazem pro desenvolvimento da trama. Eu vejo o meu personagem na primeira temporada como alguém vítima de uma realidade que lhe foi imposta. Já na quinta, eu o vejo como um agente transformador”, ressalta.
Além de voltar ao ar com “Impuros”, Vinicius prepara para estrear em “Tudo em volta está deserto”, que fica em cartaz de 3 de agosto a 1 de setembro, no SP Escola de Teatro, em São Paulo. A peça, que tem dramaturgia de Vitor Julian e direção de Christian Landi, se inspira em eventos ocorridos no ano de 1971 para contar a história de um grupo guerrilheiro que assassina um empresário financiador da ditadura em resposta à prisão, tortura e massacre daqueles que foram considerados subversivos pelo sistema.
No espetáculo, o artista baiano interpreta Zé, um jovem guerrilheiro que se junta a um grupo revolucionário na cidade de São Paulo e decidem assassinar um empresário financiador da ditadura militar. “A história não tem a pretensão de ser documentária, mas busca capturar aquele tempo e provocar interesse por um período recente e tão importante para a história do Brasil, afirma o ator, que não esconde a felicidade de voltar aos palcos, ao mesmo tempo que estará no ar em mais uma temporada de “Impuros”.
“Trabalhar no audiovisual é mágico e a realização de um sonho. O alcance que a série tem me possibilita contar histórias grandiosas pra um público enorme. Por outro lado, já fazia um bom tempo que eu estava afastado dos palcos, e o teatro é a base da minha formação. O teatro é vivo. Temos a possibilidade de nos experimentar diversas vezes numa mesma cena. E cada vez, cada dia, cada plateia vai ser uma experiência diferente. Não vejo a hora de estrear”, completa.

Como os avós podem ajudar na criação dos netos

Acervo da Pastoral da Criança
( Pastoral da Criança) A Pastoral da Criança, desde a sua fundação, incentiva e valoriza a convivência harmônica entre avós e netos. Sabemos que a partilha de experiência entre as gerações traz uma riqueza de saberes, cultura e espiritualidade que beneficia o desenvolvimento infantil. Além disso, essa convivência traz benefícios para a saúde emocional, mental e até mesmo física de ambos. Os avós também são um grande apoio em muitas famílias, já que muitas vezes contribuem na criação e rotina dos netos, sem, no entanto, interferir nas responsabilidades que são próprias dos pais.
“Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriu que crianças que têm um forte vínculo com seus avós são menos propensas a ter problemas emocionais e comportamentais. Os pesquisadores acreditam que existem vários motivos pelos quais os avós podem ter um impacto positivo no bem-estar dos netos. Eles podem oferecer amor, apoio e orientação, além de fornecer uma perspectiva diferente sobre a vida.” (Fonte: Educa Mais Brasil)
ENTREVISTA COM: Dra. Yara do Rocio Bonat Trevisan: psicóloga, com especialização em gerontologia que atua em Curitiba, estado do Paraná. psicóloga, com especialização em gerontologia.
Qual é a importância dos avós para os netos?
A convivência com os avós em um ambiente acolhedor, amoroso, possibilita muitas aprendizagens para os netos, desde ensinamentos práticos, como, por exemplo, fazer algum trabalho manual, até compreender o processo de envelhecimento humano e a importância de respeitar os mais velhos. Os netos se beneficiam de uma atenção especial e da possibilidade de ter conhecimento sobre a vida e o mundo, diferentes do que é dado pelos pais e pela escola. Os avós têm muita experiência de vida para transmitir aos netos, podem dar o exemplo de atitudes, de cuidado e proteção, podem mostrar o valor de uma família. Numa época em que as pessoas tendem a ser mais individualistas, esses são valores a serem preservados. Os avós formam uma rede de apoio para toda a família e isso fortalece os laços familiares e a segurança emocional aos netos.
Qual é o papel dos avós na família de hoje e como evitar que esse papel se sobreponha com aquele dos pais?
A família é o primeiro grupo social. É onde a criança aprende como se comportar para conviver adequadamente em sociedade e os avós são uma importante referência. Os avós transmitem os valores familiares, como o respeito, a honestidade, a religiosidade, a importância do estudo e do trabalho. São os guardiões da memória da família, contam histórias da sua vida, dos antepassados, e isso favorece a construção da identidade das crianças para saber quem ela é, para sentirem-se pertencentes àquela família. Ao dar apoio aos pais e ajudar no cuidado, além de unir e fortalecer a família, os avós contribuem para o desenvolvimento emocional dos netos, transmitindo afeto e segurança. Eles têm uma presença educacional marcante na vida dos netos, mas é preciso entender que a responsabilidade da educação das crianças é dos pais e eles devem exercê-la do seu melhor modo. Os avós precisam ter cuidado para não desautorizar os pais e qualquer interferência deve ser feita com discernimento e com cautela. Afinal, tanto os avós quanto os pais querem ser ouvidos e respeitados. Por isso, é indispensável manter o diálogo e o bom senso, estabelecer os limites de cada um, de maneira que a criança se sinta segura, acolhida, sem ter que escolher algum lado.
Como os avós podem contribuir para o desenvolvimento integral dos netos?
Os avós podem contribuir de inúmeras formas para o desenvolvimento dos netos e tudo começa com a construção de um relacionamento de confiança que será a base para participar de diversos momentos da vida deles. Conversar, contar histórias da família, ler, jogar, brincar, ensinar jogos e brincadeiras antigas, ajudar a construir brinquedos, acompanhar as atividades escolares, participar de encontros na escola, onde os avós podem relatar fatos da sua vida e, assim, ampliar os conhecimentos das crianças sobre o passado. Estimular o desenvolvimento de habilidades práticas, como cozinhar, fazer pequenos consertos em casa, trabalhos manuais, incentivar a participação na vida comunitária e religiosa, ensinar a agradecer, pedir licença, pedir desculpas, sempre dando exemplo para os netos de como conviver com respeito e boas maneiras. Também contar piadas, rir juntos, cantar, dançar, levar ao parque, ao teatro, andar de bicicleta, apreciar a natureza, cuidar dos animais, enfim, criar momentos de diversão e aprendizagem, sempre estimulando a imaginação e a criatividade dos netos. São exemplos de situações que irão fortalecer os laços afetivos entre avós e netos, vão criar lindas memórias dessa relação que é única e que poderá se tornar inesquecível para os pequenos, porque ela é cheia de amor e de carinho

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Sul da Bahia: Ong Acari, de Itabuna, denuncia violência contra pessoa idosa e anuncia elaboração de diagnóstico

Ederivaldo Benedito, Mailza Oliveira,
Hozana Viana e Wagner Brito, dirigentes e
 membros da Ong ACARI-Cidadania.
Itabuna, sul da Bahia – Abandono, agressão, tortura física, exposição de risco à integridade, atentado à saúde mental, maus tratos, negligência, pressão psicológica, abuso financeiro e econômico, violência patrimonial e insubsistência afetiva são, de acordo com levantamentos que estão sendo feitos pela Ong ACARI-Cidadania, os principais casos de violação de direitos da pessoa idosa registrados em Itabuna, no sul da Bahia. Sediada no município, a organização não-governamental, criada em outubro de 2004, vem desde fevereiro do ano passado coletando esses dados.
Em Itabuna, conforme o censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística há 186.708 habitantes. Desse total, 32.974, o equivalente a 17,7%, são pessoas idosas. O IBGE aponta que o Brasil tem atualmente mais de 32 milhões de pessoas idosas, o que equivale a 16% da população, num universo de 203 milhões. “Nos últimos anos, a população idosa brasileira vem aumentando exponencialmente. No município, que tem um percentual acima da média nacional, é crescente também o número de casos de violação de direitos”, aponta o trabalho elaborado pela Ong itabunense.
Junho Violeta
O 15 de junho foi declarado Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa pela Organização das Nações Unida e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. Desde 2006, é reconhecido oficialmente pela ONU e pela Rede, e integrada o Junho Violeta, uma campanha realizada anualmente em todo o Mundo. Para marcar a data, a ACARI lançou nesta quinta-feira, dia 13, um manifesto mobilizando a população sulbaiana sobre a prevenção, a identificação e a denúncia dos atos praticados contra a pessoa idosa nos municípios regionais.
“Organizada e unida, a sociedade deve enfrentar todo tipo de violência contra a pessoa idosa não apenas no dia 15 de junho mas cotidianamente e, também, garantir os seus direitos. Qualidade de vida, dignidade, proteção e exercício pleno da cidadania estão previstos em lei e devem ser cumpridos. Precisamos, não apenas identificar e denunciar os atos praticados, mas criar uma consciência social e política sobre a sua existência, disseminando maciçamente no seio da sociedade de não aceitar as violações cometidas como um fenômeno normal”, diz o documento da ACARI.
Ambiente familiar
“Lamentavelmente, a grande maioria dos casos ocorre no ambiente familiar”, destacou o advogado Andirlei Nascimento, assessor jurídico da ACARI. Ex-presidente da OAB-Itabuna, ele acrescentou que, no município, “as pessoas idosas são a segunda parcela da população mais vulnerável à violência, estando atrás apenas das crianças e dos adolescentes. Em muitos casos, os filhos aparecem como os agressores, na casa onde a vítima reside, e também por outros membros como netos, genros, noras e sobrinhos. A família está sendo o palco principal de violação de direitos”.
O levantamento da ACARI aponta também que a maior parte das denúncias é feita por terceiros, porque a violência contra a pessoa idosa é geralmente naturalizada pela própria vítima. “Muitos casos que, na verdade, constitui uma violação, são entendidos como cuidados excessivos, apoios ou excesso de zelo”, lembrou Dr. Andirlei Nascimento. “O grande desafio é ingressar na relação familiar, estar presente junto às pessoas idosas acompanhadas, ouvi-las, acolher suas demandas e realizar os encaminhamentos, contribuindo para o enfrentamento da violência”, garantiu.
Violação de direitos
O advogado criminalista Wagner Brito alertou para o crescimento, nos últimos dois anos, no sul da Bahia, das denúncias de violações de direitos da pessoa idosa em diferentes níveis – individual, institucional e estatal. “É urgente a criação, em nosso meio, de uma rede proteção e executar projetos de apoio e de atendimento a pessoa idosa. Precisamos abordar a violência de forma ampla, considerando não apenas a física, mas também outras formas de abuso, assim como o combate ao etarismo”, afirmou.
Professor de Direito Penal e Processual Penal do Fix-Curso Preparatório para Concursos, Dr. Wagner Brito lembrou que desde outubro de 2003 o artigo 4.º do Estatuto da Pessoa Idosa diz que “nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. Descrito na lei n.º 10.741 de outubro daquele ano, o Estatuto garante, entre outros benefícios, o acesso, a proteção e a prioridade em diversos serviços para pessoas maiores de sessenta anos de idade.
Propostas da ACARI
Diante do atual quadro, a diretora-financeira da ACARI, Mailza Oliveira, afirmou que a proposta da Ong é mobilizar a população sulbaiana e promover um grande debate regional contra o preconceito em relação aos mais velhos. “Temos que colocar em práticas as experiências que têm dado certo na promoção do envelhecimento saudável e ativo, estimulando a participação dos idosos em atividades educativas, culturais e recreativas, garantindo a todos eles qualidade de vida e dignidade”, acrescentou Mailza, que é técnica em Segurança do Trabalho e cuidadora de idosos.
A realização, no início de agosto, na quadra do Colégio AFI-Ação Fraternal de Itabuna, de um seminário sobre garantia de direitos, políticas públicas e envelhecimento saudável da pessoa idosa; a construção do Diagnóstico Social da População Idosa do Sul da Bahia para atender a necessidade da comunidade regional, traduzida em Conferências da Pessoa Idosa e em plenárias do Conselho Estadual da Pessoa Idosa; a reintegração do município de Itabuna à Renadi-Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa são algumas das propostas da ACARI-Cidadania.
Diagnóstico e Seminário
Juiz aposentado e professor de Direito da Uesc-Universidade Estadual de Santa Cruz, Dr. Marcos Bandeira, explicou que com a realização do diagnóstico, a sociedade sulbaiana, por meio da comunidade acadêmica, coletará informações transformando-as em dados que garantem a melhor qualidade de vida desta população. “Para realizar esse reconhecimento/retrato da realidade – que possibilitará permitirá o conhecimento sobre quais os serviços, ações, programas e projetos, benefícios, políticas públicas são disponibilizados – propomos a união de esforços dos organismos públicos e privados para investirem na sua construção”, propôs.
Previsto para os dias 09 e 10 de agosto, no Colégio AFI, o seminário “Pessoa Idosa: Garantia de Direitos, Políticas Públicas e Envelhecimento Saudável” deverá reunir especialistas, advogados, médicos, estudantes, autoridades governamentais, parlamentares e dirigentes de organismos públicos e privados do sul da Bahia. Durante dois dias, eles apresentarão propostas e sugestões para temas relacionados com a pessoa idosa, dentre eles, violação do Estatuto da Pessoa Idosa, noções de Direitos Humanos, mobilidade urbana, gerontologia e etarismo, envelhecimento saudável, Direito de Família, questões previdenciárias, garantia de direitos do idoso, políticas públicas e atuação do Conselho do Idoso.
Política de Estado
“Nós concordamos com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, quando ele afirma que a proteção, a defesa e a promoção dos direitos das pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos devem ser política de Estado. No entanto, não se faz políticas públicas sem o controle social e os Conselhos têm um papel fundamental nesse processo porque funcionam como canais de representação da diversidade da sociedade, possibilitando a participação de diferentes grupos sociais”, afirmou o jornalista Ederivaldo Benedito-Bené, diretor-executivo da ACARI.
Bené ressaltou que “este é o momento de enfrentamento desse desafio, de mobilização da sociedade e construção uma política nacional da pessoa idosa. Uma eficiente política que efetivamente assegure os direitos sociais crie condições para promoção de sua autonomia, integração e participação na comunidade. Sem conselhos municipais e estadual atuantes, eficientes e transparentes não se elabora políticas públicas duradouras e eficazes. Por isso, defendemos que vigilante, unida e organizada, a sociedade deve debater e elaborar propostas relacionadas e denunciar violações de direitos”.
Pastoral da Pessoa Idosa
Presidente da Casc-Comunidade de Aliança Santa Cecília, entidade ligada à Igreja Cecília, sediada em Itabuna, Hozana Viana destacou a iniciativa da Diocese de Itabuna que no início do mês implantou a Pastoral da Pessoa idosa. Criada em 05 de novembro de 2004 pela médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann e pelo médico geriatra João Batista Lima Filho, a PPI – organismo de ação social da CNBB-Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – é um serviço voluntário, ecumênico, sem restrição de raça ou nível social, oferecido pela Igreja Católica.
“A Pastoral tem como objetivo visitar e acompanhar mensalmente pessoas idosas em seus domicílios, principalmente as mais fragilizadas. Há duas décadas vem atuando como um ponto da rede de proteção e garantia de direitos da pessoa idosa. Durante as visitas domiciliares leva dignidade, carinho e atenção às pessoas, que na maioria das vezes, são marginalizadas”, acrescentou. Sediada em Itabuna, a Casc desenvolve ações e realiza trabalhos de assistência com idosos, detentos e egressos do sistema prisional, dependentes químicos, mulheres e crianças.

MP lança projeto Raízes da Cidadania para melhorar indicadores sociais do Estado da Bahia

Assinatura de memorando entre MP e PNUD
marca início de iniciativa transversal que visa assegurar
os direitos fundamentais em suas múltiplas dimensões
O Ministério Público estadual e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) assinaram na tarde desta quinta-feira, dia 13, o memorando de entendimento que marcou o lançamento do projeto ‘Raízes da Cidadania’, uma iniciativa transversal que perpassa cinco áreas de atuação institucional do MP – Direitos Humanos, Criança e Adolescente, Saúde, Educação e Meio Ambiente. “Essa parceria com o Pnud sintetiza uma pactuação de caráter inédito no MP, que trará à Instituição as condições de levar adiante esse projeto ambicioso, para mudar a realidade dos municípios baianos. Será um projeto que será realizado em parceria com os gestores municipais e permitirá à Instituição contribuir para o fomento de políticas públicas”, destacou o procurador-geral de Justiça Pedro Maia. Ele assinou o memorando juntamento com a coordenadora do Pnud no Brasil, Maristela Baioni.
Maristela Baioni ressaltou a importância das instituições e da sociedade civil atuarem para garantir a efetividade dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Observamos um protagonismo do MP para a aceleração dos ODS na Bahia e identificação, inicialmente, dos 20 municípios prioritários no Estado. Nossa expectativa é de ampliar a parceria com o Ministério Público para garantir um mundo mais justo e sustentável”, ressaltou. O memorando delimita as áreas envolvidas e as respectivas atribuições que fundamentam a colaboração entre as instituições, sendo o marco inicial para o desenvolvimento do ‘Raízes da Cidadania’ e de outros projetos e iniciativas futuras do MP baiano junto ao Programa das Nações Unidas.

“Nós sabemos que o desenvolvimento não depende só da renda da população, e envolve também a sustentabilidade e o compromisso com atual e futuras gerações. Essa parceria do MP e Pnud é motivo de comemoração, pois conecta instituições igualmente responsáveis pela construção social”, afirmou o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas.
Na primeira etapa do projeto serão selecionados 20 municípios, com base na análise de indicadores sociais pré-selecionados em parceria com o Pnud, com mapeamento das suas vulnerabilidades socioeconômicas e principais necessidades e oportunidades de melhoria.
Segundo a promotora de Justiça Patrícia Medrado, coordenadora da Gestão Estratégica (CGE) do MP, a insegurança alimentar, mortalidade infanto/juvenil, atenção primária à saúde, enfrentamento aos lixões e a evasão escolar no Município são os indicadores que nortearão o projeto. Ela e a assessora do Pnud no Brasil, Ieva Lazareviciute, apresentaram os objetivos do projeto, que envolve a construção de um diagnóstico a partir de dados de indicadores sociais do estado para a definição dos municípios que serão contemplados como prioridade, visando à concentração de esforços e ações, com a expectativa de resultados mensuráveis em um prazo de dois anos.
Além do PGJ Pedro Maia, estiveram presentes na mesa de abertura do evento o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos Felipe Freitas; o prefeito Bruno Reis; a coordenadora do Pnud Maristela Baioni; o presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), Marcus Presídio; o corregedor-geral do MP da Bahia, procurador de Justiça Paulo Marcelo; o procurador da República Claytton Ricardo de Jesus Santos; a subdefensora pública da Bahia, Soraia Ramos; o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Silva Tigre; a procuradora-geral do Ministério Público de Contas do Estado da Bahia (TCM), Aline Rêgo; o procurador-geral adjunto para assuntos administrativos do Estado, Ricardo Villaça; e o presidente da Associação do Ministério Público do Estado da Bahia (Ampeb), promotor de Justiça Marcelo Miranda.

G7: Papa faz discurso na sexta-feira em sessão sobre inteligência artificial

O Pontífice faz parte dos convidados da cúpula 
 (VATICAN MEDIA Divisione Foto)
(Vatican News) A lista de participantes é longa, mas, além de Francisco, já estão confirmados o presidente do Brasil e dos EUA, além do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o G7 que começa na quinta (13/06), na região italiana da Puglia. O Papa faz pronunciamento em sessão dedicada à inteligência artificial, na primeira vez que um Pontífice participa da reunião de cúpula do grupo, aberta a países convidados.
O Papa Francisco viaja na sexta-feira (14/07) para Puglia, região sul da Itália, para participar do G7 que começa na quinta-feira (13/06). O local que irá receber chefes de Estado de todo mundo durante três dias é um resort, de conceito visionário da família Melpignano, chamado de Borgo Egnazia, que pertence ao município de Savelletri di Fasano, a cerca de 60 Km da capital Bari. Na agenda do Pontífice, o pronunciamento de um discurso na sessão dedicada aos riscos e oportunidades apresentados pela inteligência artificial, como orador principal, aberta também aos países convidados e não somente aos membros do G7.
Uma contribuição, do Papa e da Santa Sé, para ajudar a definir regulamentos em caráter ético e cultural para o tema, tão desafiador diante das novas possibilidades da tecnologia, em um caminho "que leva a dar aplicação concreta ao conceito de algorética, ou seja, dar ética aos algoritmos", já havia antecipado Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália que vai liderar o encontro mundial no país, ao agradecer a presença do Pontífice em vídeo divulgado em abril.
É a primeira vez que um Pontífice participa da reunião de cúpula do grupo, que é formado também, além da Itália, pelos Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha e Japão. Segundo o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, ao falar com a imprensa sobre a participação do Papa no G7 durante evento literário na Universidade Gregoriana de Roma na semana passada, Francisco, além da sua participação com discurso, deverá dedicar tempo a algumas reuniões bilaterais com presidentes e chefes de Estado.
Os bispos da Puglia estão preparando uma mensagem que será entregue aos participantes do encontro com divulgação prevista para os próximos dias. O anúncio foi feito em comunicado divulgado pela Conferência Episcopal da Pugliar reunida na cidade de Conversano, no Oásis de Santa Maria dell'Isola, no último dia 4 de junho.
Os participantes da cúpula do G7
Para o G7 que será realizado de quinta a sábado, de 13 a 15 de junho, na Puglia, são esperados, além do presidente do Brasil, Lula, e do presidente dos EUA, Joe Biden; o secretário-geral da ONU, António Guterres; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; representantes do FMI, do Banco Mundial e do G20. Entre os principais temas, além da inteligência artificial, as questões econômicas, a competitividade com a China, o mercado livre, a segurança alimentar, as relações entre clima e energia, a imigração e a reconstrução da Ucrânia.