O reajuste do valor da passagem do transporte coletivo, em Ilhéus, é uma realidade.
É claro que o poder público tem que ter o bom senso para manter viáveis os serviços essenciais aos munícipes. Mas, também, precisa zelar pelo interesses coletivos especialmente dos concessionantes.
Não é que vemos aqui na terra dos Jorges (o Amado e o da Capadócia).
O transporte coletivo em Ilhéus é operacionalizado por duas empresas que mantêm caixa único e cujas práticas estabelecidas, por elas, que fogem dos objetos primários da concessão. As duas empresas mantêm os munícipes/concessionantes reféns dos seus interesses.
Na cidade circulam a quantidade de veículos que as empresas querem. Nas ruas os ônibus trafegam com velocidade mínima que chegam a contrariar as normas de trânsito, para aqueles que trafegam nas rodovias BR 415, BA 061 a BA 001(Ilhéus-Itabuna, Ilhéus-Uruçuça, Ilhéus-Uma e Ilhéus-Itacaré).
Nos pontos, no centro, os bairros ou na zona rural é um sufoco para os usuários que esperam por ônibus superlotados, com motoristas e cobradores irritados, trabalhando entre a pressão dos empresários e as necessidades dos usuários. Uma panela de pressão.
São comuns as brigas e agressões entre passageiros e funcionários das empresas. Os motoristas e cobradores são obrigados a cumprir regras que, na maioria das vezes, prejudica e humilha os que fazem uso do serviço especialmente, gestantes, idosos e crianças.
Os ônibus são pequenos, a maioria com duas portas, sendo uma no meio, abafados, portanto impróprios para essa região. A maioria deles sujos, as bandeiras, que deveriam indicar de forma clara o itinerário dos ônibus, são confusas (especialmente da São Miguel) e não obedecem a um padrão.
Tudo isso, e muito mais, porque não existe um poder regulador. Não tem quem mande, quem fiscalize. Tem apenas quem autorize e regulamente os valores pretendidos pelos empresários do setor.
Portanto, já que vem o aumento, que se manifeste a população se manifestar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário