O DCE- UESC - Carlos Marighella acaba de participar (19/04) da Assembléia dos professores da UESC, a qual decidiu pela continuidade da greve. Momento em que o DCE além de propor a unidade dos três movimentos (ADUSC, AFUSC e DCE) entregou moção de apoio à greve dos professores e servidores da UESC.
Moção aprovada ontem, terça-feira, na reunião de diretoria da entidade, reunião que aprovou também a realização do Conselho de Entidades de Base – COEB para o dia 26 /04, terça-feira, em que os Centros e Diretórios Acadêmicos discutirão sobre a greve dos professores, uma possível greve dos estudantes e sobre a construção de um seminário de Assistência Estudantil.
O diretor de Assistência Estudantil, Thiago Souza, ressalta a necessidade de se travar um diálogo aberto com os estudantes sobre a greve e sobre os motivos da mesma, os quais atingem professores e estudantes. Porém a pauta sobre Assistência Estudantil é um forte argumento para a deflagração de uma greve de estudantes. “Só na nossa gestão já tivemos três reuniões com o governo e até o momento não obtivemos nenhuma resposta”, Thiago Souza.
Vai em anexo à moção de apoio do DCE à greve dos professores.
Moção de apoio a greve dos docentes e funcionários da UESC
Alegando “o princípio da eficácia na gestão dos recursos públicos”, o Governo do Estado da Bahia implantou, em fevereiro de 2011, o decreto 12.583 e a portaria conjunta n° 001 das secretarias de Administração, Fazenda e Planejamento do Estado, que em suma representaram mais uma tentativa de controle ainda maior da universidade por parte do Poder Executivo estadual. Como se não bastasse a falta de iniciativa em criar e aprovar uma lei substitutiva à lei 7.176/97 (fruto do carlismo e que engessa substancialmente a autonomia universitária), o governo insiste nessas recorrentes investidas contra o tão importante direito da universidade de decidir internamente os seus próprios rumos, respeitadas as instâncias de representação democrática dos segmentos da comunidade acadêmica. Além disso, fica evidenciada a opção por uma concepção perigosamente pragmática, que encara a Educação como despesa a ser evitada (e não com investimento de retorno certo!), impondo severos cortes nos momentos de desajustes financeiros do Estado.Compreendendo a importância da unificação da luta educacional como um todo, o DCE-UESC condena toda e qualquer ameaça para a Educação na condição de patrimônio público de inestimável valor. Nesse sentido, endossamos a reivindicação dos professores e servidores, no intuito de fortalecer o movimento educacional e frear investidas contra a autonomia universitária e, principalmente, contra a Educação. Sabemos que o momento é propício à ampliação da luta pela assistência estudantil, mas é impossível desassociá-la da luta por uma universidade que efetivamente cumpra seu papel público.Portanto, apoiamos a greve enquanto direito conquistado e reconhecido dos trabalhadores para obter melhorias em suas condições. Um instrumento que se torna infelizmente necessário quando o diálogo não surte efeito na busca de soluções. É preciso responsabilizar o Governo do Estado – e não os trabalhadores – pela não resolução do impasse, pois é inadmissível que se sacrifique a vida da nossa universidade por conta de estratégias governamentais que simplesmente não levem em conta sua importância.
Viva a Luta dos Trabalhadores!
Viva a luta dos Estudantes!
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