A Indústria espanhola Pescanova, líder mundial no desenvolvimento estratégico de aqüicultura, quer se instalar na Bahia. A empresa escolheu para isso o município de Glória, maior produtor nacional de tilápia, localizado no Território de Identidade de Itaparica, no Norte do Estado.
A intenção da empresa é investir R$ 95 milhões, e gerar 932 empregos diretos e 4.660 indiretos. Para o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, a implantação da nova indústria é muito importante, mas ele defende que esse processo seja feito com a integração dos pequenos produtores da região, que deverão ter os peixes produzidos por eles adquiridos pela empresa.
A intenção da empresa é investir R$ 95 milhões, e gerar 932 empregos diretos e 4.660 indiretos. Para o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, a implantação da nova indústria é muito importante, mas ele defende que esse processo seja feito com a integração dos pequenos produtores da região, que deverão ter os peixes produzidos por eles adquiridos pela empresa.
Nos próximos dias, a indústria deverá assinar termo de compromisso com o Governo do Estado, a fim de definir a vinda do projeto para o estado. Para tratar do assunto, o secretário Eduardo Salles reuniu-se nesta sexta-feira, (22), com o diretor executivo da Pescanova Brasil, Róman Davila. A empresa está estabelecida nos cinco continentes e instalada no Brasil nos estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco.
Industrializar peixes - Além do secretário, participaram do encontro com o empresário espanhol, o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli; o diretor de Negócios do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Paulo Sérgio Ferraro, que veio de Fortaleza exclusivamente para essa finalidade; o deputado estadual Mário Negromonte Filho; o secretário de governo do município de Glória, Nivaldo Lopes; e o superintendente da Car/Sedir, Dernival Oliveira.
De acordo com Róman Davila, a intenção da empresa é industrializar os peixes produzidos em Glória e em Itacuruba, Pernambuco. A previsão é que o projeto Bahia entre em funcionamento em 2013, e seja construído em três fases. Na primeira, de larvicultura, a empresa quer produzir 12 milhões de alevinos/mês.
A segunda fase é a de engorda em tanques, e a terceira será o processamento. A planta tem capacidade para processar 165,10 toneladas de tilápias/dia, e deverá chegar a 1.780 toneladas/mês. A previsão é de que a produção da Pescanova Brasil chegue a 21 mil toneladas/ano.
O empresário Róman Davila explicou que aposta na tilápia por ser um peixe de carne branca e fácil de produzir, podendo ser considerado o frango do mar. Ele disse que o município de Glória foi escolhido por causa da gravidade e da sinergia com a produção em Itacuruba.
O diretor de negócios do BNB, Paulo Ferraro, disse que a instituição, que é um banco de desenvolvimento, está à disposição para viabilizar o projeto, mas deixou claro que a integração com os pequenos produtores é fundamental e imprescindível. Ele disse que um preço mínimo deverá ser estabelecido para a compra da produção local, devendo a indústria também assegurar treinamento e capacitação dos produtores para garantir a qualidade do pescado.
Para Isaac Albagli, presidente da Bahia Pesca, empresa vinculada à Seagri, a vinda da indústria é muito importante para o estado. A produção prevista, de 21 mil toneladas/ano, representa 17% do que o Estado produz atualmente, colocando a Bahia, hoje em terceiro lugar, na vice-liderança do ranking nacional de pescados. Portanto, um projeto de grande porte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário