Taxistas mobilizados para garantir acesso ao Porto

Segundo a Codeba – Companhia das Docas do Estado da Bahia, cumprindo a legislação portuária internacional só terão acesso ao cais do Porto de Ilhéus ônibus contratados pelas duas empresas que vão operacionalizar a chegada dos navios, a LR, de Salvador, e a Encantur, de Ilhéus.
O Taxistas e proprietários de vans, em Ilhéus, garantem que estão formalizando denuncia ao Ministério Público reivindicando o direito de ter acesso ao Porto de Ilhéus durante as paradas de navios transatlânticos previstos para atracar na cidade durante alta estação.

A Codeba ratificou ao representante do Sindicato dos Taxistas de Ilhéus - Sinditaxi, que a decisão atende a critérios de segurança internacionais, evitando um fluxo mais intenso de veículos na parte interna do porto. Para o presidente do Sinditaxi, Nelson Oliveira, “a desculpa não convence. Tem segurança para os ônibus e não há para veículos menores? Por acaso o Taxista é terrorista, é ladrão? ", questiona.
Ano passado, essa mesma discussão resultou em manifestações realizadas próximo à entrada principal do porto e até na porta do Palácio Paranaguá. Muitos turistas ficaram nos navios por não conseguirem sair da área portuária. Para as operadoras o pacote incluído o custo do transporte – ônibus disponibilizados pela própria operadora - muito mais barato e seguro para o turista.
Já os taxistas rebatem afirmando que as empresas querem ganhar duas vezes: trazendo o turista e oferecendo transporte, com direito a exclusividade pelo serviço que, teoricamente, deveria pertencer a quem tem alvará no município para efetuar o serviço. As operadoras contratam os serviços da Águia Branca que sequer tem garagem ou ponto de apoio em Ilhéus. Toda arrecadação vai para outra cidade.
Segundo o presidente do Sinditaxi : "eles(operadores) conversam com os passageiros e pedem que não usem o serviço de taxis por que a frota é velha e eles(turistas) ainda serão enganados".
O movimento de passageiros oriundos de transatlânticos chega a significar um bom adicional nos ganhos dos taxistas da cidade. “Muitos são contratados para, além de pilotar, servir como uma espécie de guia pela cidade. Querem tirar um direito que é nosso, mas vamos reagir", garante Oliveira.
As críticas do presidente do Sindicato dos Taxistas atingem, também, Codeba além da Prefeitura. Nelson Oliveira garante que chegou a participar de reuniões com representantes portuários no sentido de buscar uma alternativa que não prejudicasse a categoria. Mas, segundo nada foi feito.