Dom Mauro Montagnoli - Bispo de Ilhéus, Bahia, Brasil - Vendo a TV me deparei com uma reportagem sobre a questão do acesso do povo cubano à internet, que é zero.
Por que será, meu Deus, que ainda persiste um regime de repressão à livre expressão das pessoas e ao direito fundamental de cada um ser respeitado na sua dignidade?
Por que será que há temor daqueles que tomam o poder para partilhar esse poder com o povo que diziam que defendiam, mas que se torna sua propriedade e seu vassalo?
Tantas vidas foram sacrificadas para que afastassem os Faraóis de todos os tempos e depois esse esforço de libertação se torna instrumento de opressão das pessoas?
Por que será isso, meu Deus? Quem lutou pela libertação do povo hoje se torna seu opressor? Até quando essa situação vai perdurar? Apesar de todos os esforços para uma maior abertura para a libertação do povo ainda se persiste na opressão?
Por que será, meu Deus, que ainda persiste um regime de repressão à livre expressão das pessoas e ao direito fundamental de cada um ser respeitado na sua dignidade?
Por que será que há temor daqueles que tomam o poder para partilhar esse poder com o povo que diziam que defendiam, mas que se torna sua propriedade e seu vassalo?
Tantas vidas foram sacrificadas para que afastassem os Faraóis de todos os tempos e depois esse esforço de libertação se torna instrumento de opressão das pessoas?
Por que será isso, meu Deus? Quem lutou pela libertação do povo hoje se torna seu opressor? Até quando essa situação vai perdurar? Apesar de todos os esforços para uma maior abertura para a libertação do povo ainda se persiste na opressão?
Quem se dispõe a lutar com contra o regime opressor é considerado de “não pessoa”. Qualquer um pode se preso com a alegação que poderá cometer algum delito futuramente. Onde estamos? Como pode acontecer isso? Ninguém pode se acusado de um crime que não cometeu. Não é um absurdo?
A Igreja Católica Apostólica Romana tem feito todo esforço para conseguir junto ao governo cubano o respeito à dignidade da pessoa e à liberdade de cada um de ir e vir e se expressar. Ela tem sofrido muito repressão nas pessoas de seus pastores, bispos e de agentes de pastoral. Mas, ela continua firme no seu propósito de anunciar a libertação que Jesus nos trouxe na sua crucifixão e ressurreição. O Papa Bento XVI no próximo mês de março, nos dias 26 e 27, estará em visita a Cuba com o objetivo de levar o anúncio do Evangelho da vida, da santidade, da verdade, da justiça, do amor e da paz.
É todo o esforço da Igreja Católica para chamar a atenção dos dirigentes do país para o respeito dos direitos individuais fundamentais para a verdadeira convivência social salutar e fraterna.
Até quando, Senhor, esses ouvidos estarão fechados para o clamor do povo sofredor?
Temos a confiança que nos garante a Palavra de Deus e rezamos com Maria, no magnificat: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador... Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seu tronos e exaltou os humildes...” (Lc 1,47.51-52).
Os cristãos têm o dever de se inteirar dos fatos e se solidarizar com o povo cubano que sofre todo tipo de opressão. Não se concebe alguém que crê em Jesus Cristo e possa dar apoio a um regime que oprime as pessoas e não respeita os direitos fundamentais da pessoa humana.
“Em ti espero, Senhor, tu me responderás, Senhor meu Deus. Eu disse: “Não zombem de mim, contra mim não se ensorbebeçam, quando meu pé vacila.”... Não me abandones Senhor, meu Deus, não fiques longe de mim; vem depressa em meu auxilio, Senhor, minha salvação”. (Salmo 38 (37) 16-17.22-23)
Sou solidário com os cubanos que combatem e denunciam um regime tremendamente opressor e que não respeitas os direitos humanos de expressão e de locomoção.
Confiemos no Senhor porque Ele é bom e generoso.
Rezemos pelo povo cubano.
Ilhéus, 10 de fevereiro de 2012
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