sexta-feira, 20 de abril de 2012

Impasse impede fim da greve dos professores

Franco Adailton - Dez dias após o início da greve dos professores – dois deles marcados pela ocupação de dezenas de educadores na Assembleia Legislativa (CAB) – o governo e a categoria não chegaram a um entendimento, nesta sexta, 20, sobre o imbróglio salarial que afeta o calendário de cerca de 1,5 milhão de estudantes no Estado.
Mesmo a Justiça tendo decretado a greve ilegal, o impasse promete se arrastar até a próxima semana, quando os deputados irão votar o Projeto de Lei 19.779/12, que converte a remuneração do professor com nível médio em subsídio de parcela única, “vedado o acréscimo de qualquer gratificação”.

Os professores também recusam a oferta de equiparação dos proventos ao piso nacional, proposta em 22,22%, somente para os que possuem grau secundarista, o que deixaria de fora cerca de 32 mil docentes graduados na licenciatura, especialização, mestrado e doutorado, segundo a APLB-Sindicato.
Piso - Para o titular da Secretaria de Educação do Estado (SEC-BA), Osvaldo Barreto, nos moldes atuais, não haveria perda salarial para os professores em nenhum nível. “Nosso piso, de R$ 1.586, já é acima do nacional. Há o reajuste anual, em torno da inflação, além da avaliação por mérito. Para 2013 e 2014, a Lei 12.364 garante 3% e 4%”, enumerou.
A vice-coordenadora da APLB, Marilene Betros, pede à Justiça que aprecie o agravo de instrumento para impedir o corte de ponto dos professores. “Vamos continuar a greve. Não podemos abrir mão de conquistas históricas”, disse, relutante.

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