Preço dos alimentos dispara em locais atingidos pela seca

Moradores de zonas urbanas do Nordeste enfrentam problemas indiretos da estiagem
Nas cidades do Nordeste atingidas pela seca, agricultores e criadores de gado não são os únicos a sofrer com a estiagem. Na zona urbana, os moradores enfrentam problemas indiretos da falta de chuva, como inflação, queda de movimento no comércio e aumento da inadimplência.
Diferentemente dos agricultores, os moradores das cidades não receberão o Bolsa Estiagem -lançado anteontem pela presidente Dilma Rousseff (PT), pagará R$ 400 em cinco parcelas.
Um exemplo dos efeitos da seca é a disparada do preço dos alimentos.
Em alguns locais, o quilo do feijão mais do que dobrou desde o início do ano. Em Sergipe, Estado com o maior percentual da população atingida pela seca (93,3%, segundo o Ministério da Integração Nacional), Poço Redondo, a 179 km de Aracaju, é o município mais castigado.
Moradora da zona urbana de Poço Redondo, a comerciante Maria Dantas sente a queda nas vendas em sua farmácia e o aumento da inadimplência, que chega a 60%.
"Falta dinheiro. Ou [o criador] vai manter o gado ou vai pagar os compromissos. Aí fica entre a cruz e a espada. Se não mantém o gado, como vai ser depois?", questiona.
Na cidade, o quilo do feijão saltou de R$ 3,70 para R$ 5,95.
O Ministério da Integração Nacional diz que mesmo quem não tem direito ao Bolsa Estiagem será contemplado com programas como Água para Todos e com a instalação de milhares de cisternas, sistemas simplificados de abastecimento e poços, até junho.

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