terça-feira, 15 de maio de 2012

No Piauí seca é a maior da história e vai até 2016

O senador Wellington Dias (PT), que participa de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado nesta segunda-feira (14), proposta pela deputada estadual Liziê Coelho (PTB), fez um alerta ainda mais grave sobre situação da seca no Piauí. Segundo o petista, que concedeu entrevista ao Jornal do Piauí, a estiagem irá durar até 2016 e será a maior de todos os tempos.
“É a maior estiagem da história. Já está cientificamente provado e ela deve se estender até 2015 e 2016, com irregularidades. Isso nos mostra um grande desafio”, pontua.
Segundo o senador, hoje há mais condição de se estabelecer uma rede de abastecimento de água, além de fornecer recursos às pessoas afetadas através do Bolsa Família, Bolsa Estiagem, entre outras ações, como a prorrogação dos contratos de crédito a agricultores. Dias informa ainda que a presidente Dilma anunciou o atendimento emergencial pra as cidades nordestinas atingidas.
Crescimento
O secretário estadual de Defesa Civil, Ubiraci Carvalho, informa que os 152 municípios piauienses que ficam no semiárido estão sofrendo com a seca. “Os que solicitaram foram 112, mas hoje de manhã chegaram mais três. Já os reconhecidos pela Defesa Civil nacional são 94. Estes são os que poderão receber recursos do Governo Federal”, pontua, acentuando a necessidade do reconhecimento das demais cidades.
Carvalho afirma que o exército estava sem recurso para fazer o trabalho de abastecimento através dos carros-pipas, mas que o governo estadual já interveio e forneceu verba. “Hoje, 67 municípios estão recebendo (o recurso) e a Defesa Civil estadual vai suplementar e complementar essas ações”, aponta.
O secretário diz que o Ministério da Integração garantiu que não irá faltar água no estado. “Mas nos preocupa bastante a partir do mês de agosto. Não temos locais preparados para deixar água só para animais. Agora é carro-pipa, mas é preciso consertar poços, equipar poços, preparar o abastecimento”, descreve.
Gado
A deputada Liziê Coelho diz que “a União deve muito para o Piauí; nunca nos deu uma obra estruturante. Precisamos de recursos para plantar, construir adutoras e distribuir a água”.
A parlamentar afirma que o estado não precisa apenas de medidas imediatas, mas de longo prazo, para que o convívio com a seca.
Liziê diz que uma de suas grandes preocupações são os agricultores que estão se vendo obrigados a vender seus animais a preço muito aquém do que eles valem. “O produtor ou vende ou vê sua criação morrer. Há muitos criadores da região norte que estão indo até lá para comprar animais a baixo custo. Já solicitei que seja criado um Balcão da CONAB em Paulistana para ficar mais perto dos agricultores”, pontua.

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