quarta-feira, 30 de maio de 2012

Santa Casa de Itabuna tem Comissão de Doação para transplantes

Após a realização dos primeiros transplantes de rins nesta nova fase do Serviço de Transplante Renal da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, a instituição entrou definitivamente para as estatísticas positivas do Sistema Estadual de Transplantes, coordenado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Incrementando o serviço e cumprindo obrigatoriedade do Ministério da Saúde, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) foi ativada na Santa Casa de Itabuna. A Comissão tem como finalidade reduzir o número de pacientes em lista-única de espera e ampliar a prática de captação de órgãos e tecidos.
Assim, a ampla divulgação do trabalho da Comissão na Santa Casa de Itabuna, bem como da equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO), com sede no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, deverá refletir diretamente no aumento do número de órgãos e tecidos transplantados na região. As equipes estão capacitadas para prestar esclarecimentos sobre transplantes realizados com doador vivo ou doador cadáver. 
 
A Bahia possui cerca de 3.000 pessoas em fila de espera para transplante e um índice médio de 60% de negativa familiar para a doação de órgãos e tecidos. A falta de informações adequadas sobre o processo de doação e transplante de órgãos ainda é um dos principais obstáculos para a ampliação do número de doações de órgãos. 
A Cihdott está disponível no Hospital Calixto Midlej Filho, sempre no período matutino, sob direção da enfermeira Jacqueline Ceo (3214-9164). Os demais turnos são cobertos pela equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO), no Hospital de Base, e contato 24 horas através do telefone 9945-4600.
Sobre doação de órgãos e tecidos
De acordo com a enfermeira da Cihdott, Jaqueline Céo, para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito, bastando que a família do potencial doador esteja ciente da sua vontade. A remoção de órgão ou tecido somente será realizada mediante autorização familiar por escrito. “Não existe possibilidade de doação de órgão sem que a família documente a vontade e autorização para o procedimento”, declarou Jaqueline Céo.
Ainda de acordo com a enfermeira da Comissão, quando for constatada a morte encefálica do paciente, seguida da autorização familiar, um ou mais órgãos e tecidos poderão ser aproveitados e salvar vidas de pessoas que aguardam na fila de espera. Já na doação pós-morte, no caso de parada cardíaca, só podem ser doados os tecidos e as córneas.

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