segunda-feira, 30 de julho de 2012

JAC Motors suspende fábrica na Bahia

A geração de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil postos indiretos na Bahia com a chegada de uma fábrica da  JAC Motors ao município de Camaçari, na Grande Salvador, pode ficar comprometida.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente da empresa no Brasil, Sérgio Habib, afirmou que os planos de expansão de fábricas e concessionárias da marca no País estão interrompidos temporariamente.
A interrupção perdurará até que seja regulamentado pelo governo federal o decreto que dará às montadoras o direito de importar automóveis com o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido.
Na entrevista, Habib explicou que o alto custo do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), pago pela concessionária, de 36,5%, é alto e inviabiliza os planos da empresa no Brasil. A expectativa é que o imposto seja reduzido para 6,5%, valor pago pelas montadoras nacionais.
 “É natural que uma montadora que tenha interesse em se instalar no País tenha o direito de trazer um certo volume de carros importados no início da operação. De outra forma, fica inviável entrar no Brasil”, justificou o presidente, na entrevista.

De acordo com o assessor de comunicação da Jac Motors, Eduardo Pincigher, não há condições da empresa estar capitalizada para iniciar a construção da planta da fábrica na Bahia, e a suspensão foi tomada como medida deprecaução.
Ele lembrou que a promessa de redução do IPI foi feito pelo governo em agosto do ano passado, quando foi lançado o Plano Brasil Maior,  programa do governo federal para aumentar a competitividade da indústria nacional.
 “O governo anunciou no Plano Brasil Maior e até agora não regulamentou o decreto. Assim que houver essa determinação por parte do governo, nossa ação vai ser revista”, destacou.
Para o secretário de comunicação do governo da Bahia, Robinson Almeida, as articulações do governo federal caminham para que o decreto seja baixado em agosto, conforme o prometido, mas não soube especificar regras e detalhes. Almeida entende o  o anúncio como uma forma de pressão.

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