quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Otto Alencar promove eventos no interior visando 2014


Otto Alencar  já promove no interior, eventos em inaugurações de obras. 
A campanha já começou.

LUÍS AUGUSTO GOMES - A eleição de ACM Neto em Salvador tira do governador Jaques Wagner uma das principais seguranças que ele tinha para deixar o cargo em abril de 2014 e candidatar-se a deputado federal, pois lhe reduz as chances de fazer o sucessor, pressionando-o a comandar o processo sentado na poderosa cadeira.
Essa situação já faz surgir nos meios políticos as primeiras avaliações, sendo a mais importante a de que, “se tiver juízo”, Wagner vai lançar tão cedo quanto possível a candidatura do vice-governador Otto Alencar.
A derrota de um candidato com raízes populares, como o deputado Nelson Pelegrino, demonstra que o governador não poderá escolher um nome do “bolso do colete”, condição em que se enquadrariam o secretário Rui Costa e – “pior ainda” – o secretário José Sérgio Gabrielli.
Vice tem boa estrutura e bases aflitas – O deputado Marcelo Nilo foi citado como um político com capacidade de aglutinação e forte representação nos municípios, além de ser uma figura de expressão no Estado como presidente da Assembleia. Entretanto, Otto tem trânsito mais amplo “nos dois lados” da política baiana e “conhece muito bem o mapa político” estadual.
A candidatura de Otto, segundo comentários presentes em variados segmentos políticos, é uma realidade que se impõe à revelia do vice, que, sem autorizar articulações, apenas trabalha para reforçar sua estrutura, como na eleição de 71 prefeitos pelo PSD e mais 43 em outros partidos.
A mobilização nas bases está tão intensa que há um grupo de prefeitos do PSD atuando com um deputado para discutir os caminhos a serem trilhados até 2014, incluindo uma agência de publicidade e pesquisa para o apoio técnico necessário.
Oposição só tem nome impossível de Neto – Até agora não se falou seriamente numa candidatura da oposição. Apesar de referências até obrigatórias nesta fase a ACM Neto, não se poderia esperar, mesmo que ele não o tivesse declarado, que o prefeito eleito cumprisse 15 meses de mandato e deixasse a Prefeitura atraído por algum canto de sereia.
Há quem defenda apaixonadamente a ideia, na certeza de que Neto fará um início de governo esfuziante e saltará aos olhos da opinião pública como a solução para a Bahia. Isso é impossível com o passivo de problemas de Salvador, sendo mais provável que a missão seja delegada a terceiros.
No DEM, um nome seria o do prefeito de Feira, José Ronaldo, que já exerceu o cargo por oito anos e deixou um legado que a população acaba de reconhecer nas urnas. Além disso, tem no ex-deputado Luciano Ribeiro (PMDB) um vice-prefeito escolhido por ele, supostamente confiável em caso de sucessão.
O partido tem ainda o ex-governador Paulo Souto, que estaria mais inclinado a disputar uma cadeira de deputado federal, e o ex-deputado José Carlos Aleluia, para um projeto em que, a princípio, a vitória não estivesse no horizonte.
Nos demais aliados, sobressai o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), que nas prospecções iniciais em todo o Estado só está abaixo de ACM Neto, enquanto no PSDB desponta o deputado Antonio Imbassahy, com menos possibilidade de representar a unidade oposicionista.

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