Professores, estudantes e técnicos das Universidades Estaduais da Bahia param nesta nesta quarta-feira

As Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), UNEB, UEFS, UESB e UESC paralisam as atividades acadêmicas nesta quarta-feira, 28.05, e realizam um ato de protesto na Assembleia Legislativa. A ação é para denunciar à sociedade a grave crise financeira por que passa o ensino público superior da Bahia e reivindicar o aumento no repasse orçamentário do estado. A atividade também faz parte do Dia Nacional de Luta em Defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior – IEES, organizado pelo ANDES – Sindicato Nacional.
Na UNEB, por deliberação de assembleia geral docente, todos os campi ficarão com portões fechados. No campus de Salvador, às 7h, professores, estudantes e técnicos farão manifestação e panfletagem na entrada da universidade. Depois, às 9h, acontece uma mobilização na Assembleia Legislativa da Bahia, com ampla participação da comunidade acadêmica das quatro universidades. Para a atividade são esperados centenas de manifestantes.
Segundo a diretoria da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB), a reivindicação das UEBA é por, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos. O atual repasse de recursos do estado não chega nem a 5%, o que limita o trabalho dos professores em relação ao ensino, pesquisa e extensão. Assim, quem arca com as consequências são os estudantes. Faltam laboratórios adequados, infraestrutura e materiais didáticos. Servidores técnicos e docentes enfrentam também déficit no quadro de vagas, o que sobrecarrega o profissional e leva à precarização do trabalho. Os alunos sofrem ainda por ausência de restaurantes universitários e residências estudantis.
Na UNEB, segundo informações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, devido a atrasos da Secretaria Estadual da Fazenda, há três meses não acontece o pagamento da Bolsa PAC aos professores. A PAC é um auxílio fornecido a parcela dos docentes afastados para cursos de pós-graduação, com o objetivo de custear parte das despesas com pesquisa. Já na UEFS, na semana passada, até os serviços de telefonia fixa (ligações locais e interurbanas) foram suspensos por atrasos do estado no pagamento.
As UEBA pedem socorro e o governador Jaques Wagner se cala. A comunidade acadêmica, unida, tenta sensibilizar o estado que, apenas neste ano, segundo dados do próprio governo, cortou 12 milhões de custeio e investimento. Na luta de professores, alunos e técnicos por maior orçamento para um ensino público superior de qualidade, uma greve unificada das três categorias não está descartada.

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