Estudantes dos cursos de saúde Faculdade Madre Thaís conhecem realidade quilombola

Com a meta de desenvolver e ampliar o conhecimento para propiciar o bem comum a Faculdade Madre Thaís (FMT) tem se notabilizado por seguir valores e princípios de disciplina e aprendizagem que dão forma à cultura intelectual diferenciada de seus alunos, criando idéias e soluções inovadoras visando a formação de líderes para o mercado. Com esse objetivo tem incentivado aos seus professores a desenvolverem atividades e visita técnicas em comunidades e instituições para que os discentes tenham um aprendizado intelectual diferenciado e bem mais completo. 
A última visita aconteceu na comunidade quilombola João Rodrigues, situada no Km 8 da Rodovia Itacaré - Camamu, no município de Itacaré (BA), envolvendo estudantes dos cursos da área de saúde, principalmente o primeiro semestre de Biomedicina. O objetivo, de acordo com o professor Robson Melo dos Santos "é ampliar a interface existente entre a teoria e a prática nos estudos socioantropológicos de saúde e doença, privilegiando o processo de ensino e aprendizagem num contexto sociocultural." 
Os alunos puderam conhecer a realidade da comunidade cujo roteiro de visita começou com uma caminhada em uma estrada de terra, com cerca de 4 Km (trajeto feito pelos moradores locais), com parada nas moradias mais isoladas para identificar e reconhecer as famílias, o cotidiano destas e para a coleta de dados sobre saúde e doença. "A partir da história oral, contada pelos próprios moradores, os discentes puderam refletir, com base em princípios de alteridade, sobre a concepção de saúde e doença de determinados grupos étnicos e, no caso em específico, os quilombolas de João Rodrigues," relata o professor.
Os trabalhos foram concluídos na sede da Associação de Quilombolas com palestra apresentada pelo morador Manoel Lapa sobre a história da comunidade e da associação. Ele destacou a auto-afirmação da seu povo, os laços e parentesco entre comunidades quilombolas no estado e no país e, principalmente, sobre ás questões que envolvem a saúde e doença, na comunidade, que por estar em uma região de difícil acesso sofrem muito com a ausência da ação do poder público.
"Nesta atividade, os alunos puderam perceber, num contexto etnográfico, a realidade dos moradores, a ancestralidade negra, a ligação com a terra e a cultura própria." assinala o professor Robson. Para a coordenadora do curso de Biomedicina da FMT, professora/Msc, Ana Paula Adry "é de fundamental importância para a formação profissional na área de saúde, o conhecimento dos mais diversos grupos étnicos existentes em nosso território, a exemplo dos quilombolas, tribos indígenas etc. Nesse sentido, as visitas técnicas se constituem num importante recurso metodológico para uma compreensão mais ampla do ser humano."

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